Reflexão Humildade
Ser humilde é conquistar o seu sem ter que pisar nos outros para isso, é fazer as coisas sem querer recompensa e, principalmente, conseguir respeitar a diferença entre todos.
Existem momentos que precisamos de: Grande resignação, Extravagante humildade e em Deus aquietar-nos...
Obrigada meu bom Deus pelo dom da sabedoria e da humildade, de poder procurar dar o meu melhor a todas as pessoas sem discriminação de cor, raça, religião ou outros. Agradeço a Deus e alegra-me pensar, que todos aqueles que passaram para um outro plano e que tiveram a oportunidade de cruzar comigo nessa vida, não levaram nenhum desprazer, pelo menos da minha parte. Caso contrário, não seria apenas as boas lembranças e saudades, mas ressentimentos e mágoas de arrependimento, sem dúvida, essa dor seria bem pior... Peço ao pai dos céus, o conforto para todos aqueles que perderam seus entes queridos. Alegrem-se, pois se Deus é infinitamente perfeito, ele não deixaria em semi circulo e os nossos "porques"(?????) um dia serão bem compreendidos. Sei que é difícil, mas vale a pena pensar assim...
A autoconfiança vem de pessoas decididas modestas, educadas, humildes, atenciosas e jamais virão de pessoas arrogantes, orgulhosas, presumidas, presunçosas, pretensiosas e soberbas.
Faça seu caminho apé na humildade admirando cada pássaro, borboleta, todos detalhes para que sua lembrança seja boa e divina, não pegue o primeiro voo de avião pois a unica estória que você ira contar sera de um percurso rápido e sem memoria.
As pessoas sempre dizem para você ser humilde, humilde, humilde. Quando foi a última vez que alguém lhe disse para ser incrível, grande ou demais?
"O ato de pedir dá a possibilidade de receber. É preciso ser humilde, saber receber. É necessário permitir que as pessoas nos ajudem, nos apoiem e nos deem forças para seguir no caminho."
Talento e dinheiro não conquistam o que só a humildade é capaz de atrair: respeito, confiança e admiração.
A HISTÓRIA MAIS BELA E MAIS SOMBRIA
De família modesta, sem dinheiro,
casou-se com humilde carpinteiro.
E tão pobre ficou este casal
que nasceu o seu filho num curral.
O berço deste foi a manjedoura
onde comiam a jumenta e a toura.
De palha solta deram-Lhe o colchão
como se fora a uma ovelha ou cão.
Nunca, até agora, mais modesto abrigo
se dispensou para qualquer mendigo.
Mas este quadro de miséria extrema
é um canto de amor, um doce poema.
Não é por ser nascido num castelo
ou em palácio que se nasce belo
ou que se tem o génio ou o talento,
íman na voz, o sol no pensamento.
A simpatia, a graça, a formosura,
dons afectivos, candidato, ternura,
não fazem privilégio de alta roda,
das damas da nobreza e grande moda.
Dessa pobre Mulher do humilde povo
nasce um Menino que é o Mundo Novo,
a ideia nova, a redenção, a aurora,
a luz do amor, a voz libertadora.
Logo ao nascer era de maravilha
toda a expressão que no seu modesto leito
o crê predestinado a grande feito.
Tanto correu e se espalhou a fama
que até os Reis de muito longe chama
e também veio vê-Lo pressuroso
o tirano, o soberbo, o invejoso,
que logo acharam, para si, perigo
no mísero curral, no humilde abrigo;
que logo, tendo em conta seu regalo,
ao Menino, planearam de matá-Lo,
Mas esta pobre Mãe, triste plebeia,
para o seu Filho todo o mal receia;
Da visita dos maus Ela adivinha
o fim, o vil intuito que continha;
E resolve fugir... espera a noite,
sombra que tudo esconda, onde se acoite;
Numa jumenta cavalgando vai,
com o Filhinho ao colo, aquela Mãe,
levando ao lado atento caminheiro,
como zeloso guarda, o carpinteiro.
Procuram os caminhos mais escusos,
apavorados, trémulos, confusos,
e só pararam atingindo o alvo,
o seu Menino Amado ver a salvo,
quando chegaram a outro país amigo,
onde encontraram protecção e abrigo.
----------
E o Menino cresceu e correu Mundo
e mais cresceu o seu saber profundo,
pois ainda criança aos mestres espantava,
com as sábias respostas que lhes dava.
----------
A Força avassalava a maioria,
o povo, a multidão, tudo sofria;
O Senhor tinha mando e privilégio,
e dava e transmitia o poder régio;
Filho de escravo era também escravo,
que podia espremer-se como um favo,
amoldar-se à vontade do senhor,
sem compaixão, sem atender à dor;
O idolatra da força estava em voga,
era o carrasco que vestia a toga.
-----------
Então Esse de humilde nascimento
começou a pregar seu pensamento.
Era belo e incisivo no dizer,
quem o escutasse era incitado a crer.
Discípulos, em breve, conquistava,
sua doutrina mais se propagava.
O sofredor, o pobre, o deserdado
achavam maravilhas no Seu brado.
O tirano, o soberbo, o invejoso
também veio escutá-Lo pressuroso.
Ele exaltava o humilde, o que sofria;
o império de Seu Pai lhe prometia.
Pregava o amor a Deus, Seu Pai Celeste,
e se exprimia sempre em nome Deste:
«Quem não amar, na terra, o semelhante
ofenderá Meu Pai, no mesmo instante»
----------
E a Mãe no Filho toda se revia,
mas o tirano não adormecia
e novo susto, nova dor a espreita;
ele prepara-lhe a feroz receita:
Entre os amigos de O que prega o Amor,
descobre, encontra o réptil traidor.
O beijo duma boca envenenada
foi o primeiro gesto da cilada.
O beijo denuncia, identifica,
depois surge a chicana, a fraude, a trica;
esbirros são armados em juízos,
a decisão do arbítrio quer raízes,
quer dar-se à burla aspecto de decência,
o traficante joga na aparência.
A causa de principio está julgada,
em bastidor foi a sentença dada,
se pinta a Via Sacra e o Calvário
para servir de fundo no cenário.
A trama urdida só a um fim conduz,
a que se pregue o Justo sobre a cruz.
Aquele que somente amor exprime
se acusa e culpa do mais negro crime;
a gente rica, bem tratada e nédia
nem sequer se apercebe da tragédia;
o povo ladra, no seu louco engano,
cão assolado, a soldo do tirano;
com medo dos terrores, dos castigos,
apavorados fogem os amigos.
Só Ela fica, sem receio a nada,
quer com o Filho ser crucificada.
----------
A Igreja, velha, sábia e previdente,
todos os anos, infalivelmente,
grita ao rebanho, chamar-lhe à memória
essa tragédia, essa sombria história,
pois nela vive o sentimento amargo
de que anda o lobo farejando ao largo;
para evitar o assalto do inimigo
que é bem preciso reforçar o abrigo,
manter, para o combate ao malefício,
espírito de heroísmo e sacrifício,
se for preciso, transportar a cruz,
saber nela morrer, como Jesus!
----------
A Mãe que mais amou e mais sofreu,
ao Filho inteiramente consagrada,
em nuvens de almas se elevou ao Céu,
ao som de hinos de Glória e de Alvorada.
Humilde, frágil, filha de plebeu,
com simples carpinteiro era casada,
curral foi a morada onde nasceu
a Vida que Ela viu crucificada.
Atingiu da beleza a plenitude:
Pela escada subiu do sofrimento
ao vértice do amor e da virtude.
Nunca existiu amor tão vivo e atento!
Mães, que supondes vossa empresa rude,
eis montanhas de fé, rios de alento!
Porto, Abril de 1955
Humildade não é a atenção intencional provocada pelo pensamento pretensioso diante de uma cena para se destacar; não é um momento isolado de aceitação na futilidade de uma descontração; não é o abraçar em pessoas que mesmo distante de superar suas expectativas, ainda assim, dispõe de algum dom lucrável, tampouco, o belo querendo ser simpático cedendo a um fútil segundo um destaque ao feio e necessitado. A humildade está além das nossas atitudes, ela é a transparência da alma, o reflexo do coração, o pulsar benéfico do pensamento caridoso, a manifestação de amor ao próximo, à tolerância ativa e viva da vida em suas diferenças e entendimento e, a aceitação de vê-se como um ser comum e igualitário, porém pleno de princípios e compaixão.
..."Ser humilde e simples sem dinheiro é fácil, o que é difícil de se ver é ser humilde e simples com muito dinheiro."... Ricardo Fischer