Reflexão de Vela
VELEJAR
Caravelas sob relento
vão velejando sobre as águas
... Em seus ventos...
Calmos tensos...
Roupas sobre o varal.
Ao tempo, nada!
Aos olhos firmamento...
Espaço baixo, espaço alto,
relevo em velejo no mar...
Marujo sujo, aurora cedo,
segredo...
Canta galo o velejar.
Antonio Montes
Título - Velejar
Alguém me tire desse lago congelado, estou cansado e quebrado em cacos. Desejo estar em um barco velejando pelo mar em outro lugar. Tudo se resume a nadar longe daqui, desse lugar que tá um verdadeiro saco. Esse vazio que cobra aquilo que me assola matando tudo a minha volta desejando o seu retorno.
Ser livre é voar sem asas.
É velejar sem vento.
Mergulhar sem precisar de oxigênio.
Não usar gargalheira.
É estar no frio e sentir o seu calor.
É viajar sem um destino.
Entrar na água e não se molhar.
Meu coração é um barco a velejar no seu mar.
Deslizo em suas ondas, flutuo em suas costas e naufrago em você.
O PÁSSARO A VOAR
Abri a janela e vi um pássaro a voar,que mal sabia velejar,
desastrado e desgovernado ele se perdia no mar,tubarões o avistaram
e o seu desespero aumentou.
Assim é o ser humano que se perde pelo ar como palha a queimar,
não se sabe governar a si, e a todos querem governar,
coração cheio de ódio e rancor pronto para descarregar.
A criança em si é amorosa e sabe conquistar,
ansioso é o ser humano, que quer tudo,e no fim perde tudo,
guarde tudo para si e não conte para ninguém.
Apenas velejar por nossos sonhos não os fazem realizados, portanto busque o porto da razão se firme nele, tomando todas as atitudes necessárias, que podem com verdade faze-los(a) curtir a brisa do sucesso sobe o tocar do vento de suas realizações pessoais..
A única condição que não se pode velejar, é na ausência de vento.
Marinheiros experientes avançam mesmo com vento contra.
Em condições adversas, alterando a posição das velas, da rota, não enfrentando o vento diretamente e com disposição, se vai adiante.
Vou fazer um barco pra mim
Pra buscar liberdade no mar
Velejar pelo mundo sem fim
Quantos tesouros posso encontrar?
"Antes de tudo; perdão pela carta.
Essas palavras, são minha carta, para eu velejar seguro, por suas águas.
Águas de ilusões, de palavras doces, e lágrimas amargas.
Eu sei o que me espera na sua enseada.
Eu sei que a cada mergulho, a cada braçada, eu hei de afogar-me, em suas palavras.
Mar de ilusão, suas águas, quando em lágrimas, ao meu eu, enxurrada.
Antes de tudo; perdão pela carta.
Eu sou o que sou, amo ela, amo-a muito mais que o fim de tarde, ou o primeiro raio da alvorada.
Eu sou uma única gota, meu amor por ela, uma cascata.
O que escrevo para você mulher, é apenas uma nota, o que sinto por ti, é serenata.
Declaro apenas o brilho da Lua, meu amor tem a luz de galáxias.
Escrevo palavras bobas em um pedaço de papel, que em papel não descrevem nada.
Perdão pela simplicidade e pela alma parva.
Antes de tudo, perdão pelos erros, perdão pelo amor e perdão pela carta..."
Ah, minha querida! Quem me dera,
num dia ensolarado,
poder velejar contigo
num lindo mar de águas transparentes, seria um sonho realizado,
um momento agradável pra guardarmos na mente,
uma brisa suave iria nos acompanhar
e um sentimento de liberdade
iríamos partilhar,
mas enquanto isso não acontece,
o que me resta é sonhar.
Vou colocar minha jangada no mar e vou velejar até meu amor, apenas para olhar seus olhos, para sorrir seus sorrisos, para beijar seus beijos e para dizer o tamanho da minha saudade.
Éramos como um barquinho de papel, moldados do início ao fim para velejar apenas em uma rasa poça d'água.
Diz Tupi: Ontem, enquanto choravas, resolvi velejar
Responde Tupã: - Fizestes bem! Tantas eram as águas que até um lago navegável surgiu.
(Rodrigo Gael)