Reflexão de Vela
Ser poeta é enxergar na sombra de uma vela
numa noite sem luz, a dança periférica
Da sofrida dona de casa da favela
É saber retratar tudo, mesmo que de cara pra viela.
"Muitas vezes fiquei no escuro, na penumbra do meu eu. Enquanto acendia uma vela pra fazer uma prece, alguma lâmpada mágica no meu peito clareava tudo outra vez. Era Deus, eu pensava, sempre foi e sempre será." (Ju Fuzetto)
Mais belo que ver uma flor já aberta e linda e depois vê-la murchando e perdendo a vida é poder acompanhar seu florescimento e a beleza crescendo dentro daquele vaso na sua mais pura natureza.
Quanto tempo a gente espera, alguém pode acabar cansando.
É como o apagar de uma vela, rápido e sem descanso.
A Vida e como Montanhas, Você pode ve-la mas tem que ter muita coragem para erguer a cabeça e viver.
Não seja uma vela! O que quero dizer com isso?! Não brilhe por alguns instantes, com prazo de acabar. Seja sempre iluminada(o) não como uma vela mas sim como o Sol. Irradie seu brilho por onde for. Que cegue aqueles que tentam te "apagar". Tolos não vão conseguir, confiança, fé, persistência, sonhos, e acima de tudo Deus está contigo, não iras apagar, não és uma vela!
" Não podemos contar com a vela a noite toda, uma hora algum de nós deve tomar a frente e abrir caminho de encontro ao Sol dos próximos dias"
sorrir
vê-la
sorrir
amável
ser
e sentir
lutar
não desistir
sorrir
e a Cristo
pedir
mais uma
oportunidade
sugir
não evitar
em partir
apenas
para ti
e vê-la
sorrir.
assopre a vela, corte o bolo, faça um pedido. Posteriormente se sinta mais velho, mais experiente, se sinta um filosofo pensando no tempo que ainda resta, no que vale a pena apostar suas fichas. Nessa hora abrace seus amigos, seus familiares, olhe seu cachorro, gato ou periquito como se soubesse que tudo e todos englobam o dom da vida, o dom de viver. Que tudo faz parte... Nessa hora, que a vela é apagada, depois do com quem será, é que vem a hora psicodelica, para quen sabe o que é se sentir mais velho, para quem sabe o que significa ficar mais velho e suas consequencias.... É aí que você lembra que tem brigadeiro para comer...
"A vida é tão frágil que pode ser comparada à uma vela acesa, que com um só sopro pode ser apagada!"
Sou como a vela buscando o ar para continuar viva, ao mesmo tempo com o ar que busco sou consumido pela minha própria luz.
Talvez realmente tenha sido preciso eu ficar preso nesta escuridão toda, para perceber a importância de minha própria luz, luz esta que durante o dia ofuscada, durante a noite ilumina o caminho.
Viver, por que?
Se viver é acender uma vela toda manhã e rezar para que uma bala perdida não cruze o seu caminho na rua, não queremos viver, por que? Se viver feliz é conquistar a felicidade o indivíduo que não é feliz é considerado falho. Se viver contente é ser contente por ser feliz, você é falho, porque viver é conquistar, e não conquistamos, vivemos. Se conquistarmos o inconquistável ainda temos o que conquistar? Temos! A vida!
"E você para mim será sempre como a brisa...
as vezes passo dias sem senti-la, ou vê-la
A balançar docemente as folhas da arvores...
E ai então, como a brisa... você vem,
Suavemente tocar meu rosto...
Serenamente acariciar meu corpo...
Suavizar meu coração.
E como a brisa... as vezes também não vem...
Mas fico lá, esperando pacientemente...
Pois sei, que assim como a brisa...
Algum dia... certa hora... você volta...
e vem, abrandar minha alma,
E suavizar meu coração.'
A mítica das horas
E porque ela chegava, ele saiu
e foi vê-la no fecho da tarde
E como ela lhe abrisse o fecho da saia,
ele fechou nos olhos a forma sinuosa
com que ela lhe sorriu,
vendo vagamente o chegar da noite
Vela, veleiro, vinho...
Vela, vida, veleiro, vinho...
A vida é feita, daquilo que escolhemos acreditar
Desde a infância até a decrepitude da velhice!
Alguns são "velhos jovens" outros são "jovens velhos";
Muitos outros se tornam...
Vela, veleiro, vinho...
Vela, vida, veleiro, vinho...
A vida é feita, daquilo que escolhemos acreditar...
O inacabado volta como “fantasma” na escuridão, e vela atormentando o antigo destino, a quietude mais pura e singela relaxada de um coração.
O inacabado torna pela madrugada, e adentra a alvorada pelas esperanças mais aflitas de uma ilusão, e a contra gosto inconsciente, trás as cadeias das emoções. Seja pela luz do sol ou da lua, independente da estação, chuva ou sereno molhado, arado, retorna como rimas os flagelos das paixões.
Só a alma pode ser encantada de delírios e alucinações, meia volta, retorna os velhos fantasmas, como em encruzilhadas e paralisam a vida na estação!
Não há trem no caminho, avião ou navio, que nos sequestre das próprias solidões. É coisa do coração ficar sozinho, preso ao ninho, com lembranças, memórias que alcançam a própria infância, para entender o “mito” da recordação!
Todo” fantasma” volta, mas nem sempre assombra…
Katiana Santiago