Reflexão de Vela
Verto os versos na vértebra da poesia, até vê-la envergar ao máximo. Faço do meu jeito: mergulho, entrego-me, sonho. Os olhos se encharcam, a emoção fica ao avesso, faço o meu leito.
As vezes perdemos...
Perdemos a chance por deixa-la passar!
Perdemos a vida por vê-la se ir!
Perdemos amigos por eles irem!
Perdemos as vezes....
Perdemos um amor por não termos coragem!
É verdade que a Lua não tem luz própria e seu brilho depende do Sol. E ao vê-la linda no céu, sequer lembramos que há alguém escondido fazendo-a aparecer. Assim é a vida, há muitas luas por aí se passando por estrelas.
Apesar de que eu já não mais consiga vê-la em minha mente tão nítida como em outras noites, seu perfume ainda vaga perdido na brisa, insistindo em habitar minha memória olfativa. Ainda me lembro dos seus olhos, do seu olhar distante e cheio de questionamentos relutantes em saber as respostas pelos quais buscava. Ainda me lembro da sua risada,não, não era uma risada comum, ela tinha vida. Entrava em meus ouvidos e naturalmente me fazia rir junto, quase que me obrigando a fazer ou falar algo engraçado só pra poder ouvi-la rir novamente. Tal como seu sorriso, não me cansava de olhar para aquele sorriso, enquanto seus lábios, suavemente estendiam-se em seu rosto, dando forma a algo que por menos expressão que pareça ter, de certa forma me fazia querer repetir a visão, quantas vezes eu conseguisse. Ainda me lembro de sua voz, dos sussurros ao pé do ouvido que mesmo sem entender algumas vezes o que ali era dito, não me importava, e não pedia a ela que os repetisse, os arrepios já não me permitiam pensar em mais nada. O toque de suas mãos pelo meu corpo eram quase como o vento em um dia de calor, deslizando suavemente, sem rumo.
Ainda me lembro, seus beijos tinham a capacidade de me levar a lugares onde não havia nada além de dois corpos e uma ofegante respiração nem um pouco interessada em retornar ao seu estado natural.
Ainda me lembro do que senti, assim que ela partiu por aquela velha porta, e assim como quando acordamos de um sonho no qual não tínhamos a minima vontade de acordar,voltamos a dormir esperando que o sonho continue do exato ponto no qual ele terminou quando os olhos se abriram...
A felicidade muitas vezes esta a nossa frente, mas não conseguimos vê-la pois o ser humano já esta acostumado a ser rodeado pela tristeza.
Ouvir do amor da sua vida que não pode mas vê-la doi muito, mas o que doi mesmo é vê-la saindo da sua casa e não poder fazer nada, somente fechar a porta e chorar.
E de tanto dizer "Deixe ir! Deixe ir! " às pessoas que eu mais amava, fui obrigada a vê-las despedindo-se de mim.
Olho para o céu
Vejo aquela estrela
A distância é cruel
Mas ainda posso vê-la.
Não consigo te esquecer
Volta pra min estrela
Eu ainda vê-la
Em todo meu viver.
Te vejo em todo céu
Estrela venha me iluminar
Vivo na escuridão, sem lugar, sem mel
Estrela eu preciso amar
Estrela.
Em todos os cantos posso vê-la
Por favor volte para min!
Eu preciso de você até o fim.
Sei que não sei escrever bem
Mas tento de tudo pra te ter.
Talvez não tenha sido um poema.
Mas eu preciso de você.
Você não mostra a simplicidade da vida pois ela nunca será simples,o que nos torna vê-la dessa forma é a simplicidade de suas atitudes.
Sequestrando sonhos ........
Eu gosto de ver a vida. Gosto de vê-la acordar e perto de adormecer. Gosto de vê-la desvendar e esconder, mas principalmente gosto de vê-la nos olhos de outro alguém. Vejo ternura nos olhos de minha mãe. Vejo paciência nos olhos do meu pai. Vejo esperança nos olhos de meus irmãos. Vejo doação nos olhos de meus amigos. Nos olhos do meu amor eu vejo a parte de mim que não conheço, vejo o lado amável, afável e amoroso que ao largo do caminho fui deixando, e é ele e esses olhos recheados de todas as estrelas do céu e do mar, que me devolvem a doçura, a candura e a delicadeza que andavam adormecidas.
Hoje acordei já era dia, quando minha vida apagou. Em pleno dia, ficou noite, acendi uma vela para ver se meu caminho seria iluminado indicando para onde seguir. A chama da vela indecisa dançava, sem música, com o ritmo do silêncio que te faz pensar. De tão claro a luz da vela escurecia, de tão escura a luz do dia não mostrava sombras, então a tristeza, fazia a ronda. Lá então tão longe parecia, pelas portas que fechei, mas perto estava e me abraçou, um abraço me acalmou, minha dor ficou, mas o vazio se dissipou porque tinha um amigo para segurar minha mão e novamente acender uma luz no meu coração.
BRANCO
Branco feito a neve,
Voando com as asas brancas,
Cor da vela não usada,
Cor do amor paralisado,
Cor da vida infinita,
E vida que deseja simpatia...
Espumas ao longe
Vem a vela dos barcos balançando....
Paro a pensar.
O mar de mare alta
Maresia e ressaca.
Quanto mais o mar bate forte,
Mais eu ligo de ti amar.
Quanto mais o mar saracoteia
mas eu penso em voce.
Marujos ao mar, rede cheia de peixes.
Fartura.
Seis da manha...velas atracando.
E eu, sentindo aquele cheiro de mar alvoraçado
Me pergunto>
Onde estara o meu amor?
Os peixes me olham de dentro das redes....
Parecem assustados....
E eu digo > Nessa vida tem encanto pra tudo!
Ate pra os peixes amordaçados nas redes do pescador.
Pra eles, existe começo, meio e nunca o fim...
Eles saem de seus cantos azuis
Mas nunca perdem o viço.
E viram contos.
O mar me enfeitiça, sou mordida pelas ondas.
O meu amor nao esta nas redes...Nem na pescaria...
Mas, o meu amor reside, em qualquer espuma.
Seja branca ou sacudida.
La esta o meu amor.
Por que eu sei....eu sei...
Que o que o mar traça
Nao escapa, nem da dor....
Nem do desamor.
O que o mar traça....O mar desvenda.
Barco à Vela
Um
barco à vela,
navega em meu coração.
Deixo que ele navegue,
sobre as águas
azuis do meu oceano.
Para que,
meu marinheiro
se aproxime de mim.
Treze
Vou ascender uma vela para Stº Antonio
Para me livrar dos homens medonhos
Dos casados e enrolados
Vou ascender uma vela para Stº Antonio
Ah! St Antonio livrai - nos de todo mal
Dos machistas e dos feministas
Livrai do mal capital
E das estrelas perdidas
Livrai - nos da escravidão:
A propriedade móvel que dá prazer
Livrai - nos do nosso coração
A liberdade é o nosso prazer
Antonio Santo ,
Nesse dia treze
Esqueci da simpatia
Que uma velha amiga de dizia...
Treze é o numero dos barbudos
Dos homens de esquerda
Simplesmente cairão em meio às laminas
Que compraram - te um dia?
Ah! Stº Antonio livrai - nos desses
Que pela direita
Deixam cair suas barbas
Já perdidas... à esquerda homens!
Permita que sua arte seja um trabalho. mas, antes de tudo, faça com que as pessoas ao ve-la, lembre de voce.