Reflexão de Vela
Ela era assim
como um espelho no fundo do lago
para vê-la, e ver-se nela,
afogava-se
e não se pedia por ar, porque dela era o reflexo
Sou solidão
Há tamanha solidão em mim
Que eu posso vê-la no movimento
Lento do oceano
Escuto o exílio
A derrota
A traição
E esse homem
Outros olhos
Outros cabelos
Outros pés
Outros dedos
Penso na minha vida
E comparo a outras vidas
Logo mais você irá se queixar
E se lamentar em seus poemas
Sobre como eu sou
Irá dizer também
Sobre seu pouco caso
Para comigo?
Sobre sua corrida maluca para o passado?
Deito-me na areia
E depois caminho ao redor do mar
Uma hora depois
Começo a me sentir melhor
Deixo que ele
Desmanche os meus cabelos
Enquanto digo “sim”
Nossos sonhos de união
Estão ali:
“Ela levou a furadeira?” Perguntei
“Sim, levou” – Respondeu
Limpo o banheiro
Varro o chão
E às vezes faço uma comida
Um pouco mais saudável
Há – ele me disse segurando o copo
Com suco de uva
Este é o melhor de todos
O oceano espuma
É estranho ter que amar em segredo, vê-la passar, olhar da cabeça aos pés e ficar fixada sempre naquele lindo olhar. Talvez ninguém nunca sabia dos meus verdadeiros sentimentos, mais eu sabendo disso é o suficiente pra te admirar, te desejar mesmo que nunca venha a ser minha. Coração dispara quando há vejo, fico louca de desejo mesmo assim que seja em segredo.
O amor que sinto por você é como uma luz de vela a iluminar o universo. Pode parecer pequeno diante do que você representa pra mim, porém tem brilho, possui calor e é único.
Eu sou aquele que sabe chegar! E sabe sair!
Corro atrás apenas do que vela a pena pra mim!
Sacrifícios meus são contados em palavras!
Porque não a sentimento que compense nenhuma lagrima!
De quando em quando somos vela, Flor. Cera envolvente, barbante envolto; abraçados, nos fazendo em um. Dois, talvez, mas sempre como um só a queimar. Não. És vela, tu, no fato, acendendo-me, em cadeia, os tremeliques apaixonados. Iluminando o meu obsoleto ao qual a entrega se fez à escuridão. Negrume azedo, do coração, insistente em se perfazer; e refazer; fazer… Viu, és vela! Não! Sou vela, na verdade; ainda por cima. Adjudicado ao que tanto renego, romantismo futrica atual: desgastando-me, derretendo-me nas palavras de uma metáfora barata para a Flor. Preso, represo, me prendo; me incinero de, sobretudo, babas a ti, feito doce, lambidas sempre. Remonto-me; remontas-te a mim, depois de derretidos. Somos vela, então; Flor, de quando em quando, somos vela…
Não espere pelo perfeito! Faça sua vida valer a pena.
Ou você quer vê-la passando sem que você mesma faça parte dela?
Viva, chore, brinque, lute,sorria... mais viva por seu interior, e seu exterior os outros mesmos vão ver ele brilhando!
Ela não é só fogo, nem mesmo só gelo. Anda fria por aí, mas é só nela encostar pra vê-la suar e te fazer suar frio. Derreter todo gelo em brasas... chamas escuras no fundo de um olhar .Soar, derreter, desmanchar o que houver de coração.
Acróstico para Máira
Miríades de astros e estrelas
Auguraram o teu nascer.
Irrequieta por vê-las,
Rompeste o véu para tê-las
Ao lado do teu viver
Pétalas em findo,
Escoando furor,
Em vê-la partindo.
Mas só ela vir,
Refaz-se a flor,
E a faço sorrir.
VELA, VELINHA, VELHINHA, VELHA.
Vela que ilumina;
velinha que se comemora, em festa, o tempo passar;
velha, depois de tantas velinhas soprar;
velhinha prestes a se apagar com apenas um leve assoprar,
comemorando o tempo de continuar,quando não sei,em outro lugar. Lugar de tanta luz que velas, velinhas, velhinhas, velhas não terão mais lugar.
Ao vela entre tantas mulheres em sua volta só a uma coisa a dizer REALMENTE VOÇÊ FAZ A DEFERENÇA AOS MEUS OLHOS.
Só quem sente a dor pode vê-la voar como um passáro, mas quem amigo é advinha o erro como um rastro.