Reflexão de Vela
Ah, minha querida! Quem me dera,
num dia ensolarado,
poder velejar contigo
num lindo mar de águas transparentes, seria um sonho realizado,
um momento agradável pra guardarmos na mente,
uma brisa suave iria nos acompanhar
e um sentimento de liberdade
iríamos partilhar,
mas enquanto isso não acontece,
o que me resta é sonhar.
Somente Deus, do alto das suas nuvens pode soprar o vento contrário ou favorável ao meu velejar, mas cabe a mim, somente a mim ajustar as velas
Para velejar no barco da felicidade às vezes é necessário formar o lago navegável da nossa existência com a profusão das nossas lágrimas
Cruzar um oceano em um veleiro pode parecer um objetivo sem sentido para quem apenas deseja chegar do outro lado. Velejar é lento, muitas vezes é desconfortável e pode parecer glamuroso, mas, definitivamente, não é. Agora, quando você está lá, no meio do NADA e, ao mesmo tempo, tão preenchido por TUDO, sentido na pele o poder da natureza, você se dá conta de que a definição de "sentido" é algo que não importa para mais ninguém, além de você mesmo.
Quanto tempo te esperei
já nem sei...
cruzei os mares
busquei outros ares
te encontrei.
E agora o que farei
com este mar que entre nós está?
Já sei...
sairei a velejar...
navegarei, navegarei
até em teus braços descansar.
..."O tolo luta contra o tempo, o descrente muda a sua rota e o sábio ajusta as suas velas."... Ricardo Fischer
"Aquele que não tem tempo pra contemplar um sol a brilhar
que não buscar uma linda cachoeira para se banhar
um mar e um amor, e o pensamento a velejar
não sabe o que é viver, em vão esta a vagar!" Yuri Rodrigues
O mar e você
Como não amar, o ir e voltar
Levando dores e trazendo a calma
Plenitude e inconstância,
Traz a vontade de viver dia após dia,
E é isso que me guia
Não saber do seu amanhã, me faz viver o hoje ao teu lado intensamente,
Sem pensar na maré,
Baixa, calma e lenta
Alta, forte e estonteante, é o teu jeito de ser, assim, me faço velejante em seu amor, aprendendo e indo, remadas para frente, tristezas para trás,
É o teu efeito sobre qualquer um que se banhe em você,
Me purifica a alma, me liberta a mente, me faz sonhar, seguir a diante,
Sabendo que voltar é preciso, pois o meu amor é grande, mas se encontra apenas em teu cais.
As pessoas que não soltam suas amarras, certamente não irão longe. É preciso soltar a âncora que nos prende e deixar o nosso barquinho velejar...
Sem medo!
Traçada a melhor rota, não importa a distância. O destino da sua viagem só depende de você. Irão surgir ventanias, ondas e tempestades; e então, a vontade de desistir será grande.
Talvez você imagine que irá naufragar.
No mar da vida é assim que funciona. Serão muitas opções para poucas escolhas.
Acostume-se mas determine sua rota.
Você pode escolher: navegar ou naufragar?
Vou velejando, viajando vagarosamente. Vem! Venha ver verdade, verás vicissitude valorosa, vitoriosa. Vontade vossa?
Nós somos como veleiros. Alguns se prendem a âncoras do passado e lá ficam com as velas tristemente amainadas, e, ao oposto, há os que soltam as correntes, içam as velas e navegam produtivamente no presente.
DANÇA DAS TUAS TRANÇAS
Menina
Deixa eu entrar na dança
Que amarra as tuas tranças
Menina
Deixa eu entrar na dança
Que amarra as tuas tranças
Oh meu bem, não conte pra ninguém
Se eu brincar na tua orelha
Viro brinco ou refém
E do teu nome eu fiz meu o-xi-gênio
Respirando sonhos livres
Estou esperando tu chegar
E do teu nome eu fiz meu o-xi-gênio
Quero desenhar teus beijos
E em teus braços velejar
Eu sinto que sou um barco velejando em constante maré brava sem direção.
Eu sinto as vezes que o mar aonde meu barco faz morada por vezes parece que vai me afogar.
Revira, revira, revira e remexe será que vai naufrágar?!
Respira garota, foi só uma tempestade aguento firme pois a calmaria é breve e logo a fúria irá voltar.
Veloso
O poeta vê sem o véu para ver o azul do céu.
Vê-lo a velar pela chama duma poética vela
bela, é vê-lo veloso a velar através do céu de
santa boca, em versos simétricos a versejar e
jamais por versos ocos, tampouco, por qualquer
motivo barroco, e sim, pelo amor bondoso. Zeloso
zela pelo verso eclético ao som poético e valoroso,
mesmo que fique um louco embevecido e rouco.
Lanoso, piloso, veloso com véu, sempre no seu céu
a versejar pra dedéu incorporado ao desalento léu.
Na pureza da simplicidade suas mensagens atin
gem o ápice da verdade em poéticas imagens.
Muitas vezes no caminho da poesia se herético
irmão a cometer maior heresia no ato de mo
rer sem ser a hora, porém, agora no seu
doído padecer está a perder a vida
pelo carcomido sentido, então
chega a mensagem poéti
ca a lhe renovar o elo
do motivo de viver
sem esmaecer.
Não encurte.
Curta a sua
vida curta
sem es
more
cer.
Assim, ressurge da heresia à fênix da cinza.
Renasce com viva alegria de reviver, apesar
de duro padecer, avaliando a efêmera vida.
Ao deixar a curta vida até o dia de partida.
O poeta nasce para poetar, assim vai na vida a
velejar num barco de vela embaraçada de poemas
dia e noite, diadema a pendoar sobre qualquer mar, às
vezes veleja sobre doces nuvens brancas com sua anca
sobre a brisa a qual lhe avisa que a tempestade está para
chegar sobre sua calmaria, mas que não deveria se de
sesperar, e esperar pelo amor poético que viria para
acalmar com sua bondade qualquer tempestade
pela força delicada da poesia, em sua honrosa
potestade qual viria para lhe abençoar com
verdadeira alegria ao poetizar poemas
ou se diria poesias a sobejar contos
de fadas na sua futura fantasia,
à corsário empunhando sua es
pada, nem que seja para cor
tar a saborosa azeitona de
sua empada, quiçá, cor
tar estradas ao marulhar
do mar onde ondas cruzam
encruzilhadas, o poeta en
contraria o seu lugar,
porém, sempre ve
loso, velando o
seu velejar
glorioso
sob o
feitio
de
poesia.
jbcampos
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É preciso um intercambio interior para ampliar as linguagens e sentidos.
Sair das ondas das aparências e velejar nos mares profundos da identidade.
Compreender que cada um está num grau diferente de evolução nos ajuda a não mais forçar a barra com ninguém, a cometer menos erros consigo mesmo e consequentemente com as outras pessoas e principalmente a permitir que somente quem alcançou o mesmo grau de compreensão continue a velejar no seu barco.
Um velejador que cruzava o mar na Marsélia, certa vez disse ao jovem ajudante que lhe acompanhava:
- "Mais vale trafegar em mares baixos com cautela que conquistar a terra prometida com sequelas."
E seu ajudante então indagou:
- Por que está a me dizer isso, senhor?
E ele então respondeu:
- As marés são como os acontecimentos, assim como os ventos são como o tempo. Não é necessário que apressemos as situações para chegarmos onde almejamos. Veja esse trajeto que estamos cruzando. É calmo e tranquilo, e chegaremos a tempo para entregarmos nossa encomenda, e ainda em segurança. Mas se fôssemos pela noite, como sugeriu, correríamos o risco de pegar aquele grande temporal que nos levaria a ter problemas com o carregamento. Poderíamos chegar antes do tempo previsto e sermos recompensados, mas também podíamos não chegar. Então do mesmo modo é a vida.
Não nos deixemos cegar e seduzir pelos mares revoltos de nossas ambições e desejos. Sejamos, sim, pacientes e maleáveis com os fluxos das circunstâncias, pois aquilo que mais cobicemos jamais será alcançado com voracidade e insensatez.