Reflexão de Solidão
Eis um porco-espinho
Aceitando ficar só
Sem ninguém ao seu redor
Que te toque ou sinta dó
Eis um porco-espinho
Descobrindo o seu caminho
Na solitude fez um ninho
Pra então viver sozinho
sem esperança
Nuvens de indecisão toldam o horizonte.
De novas ideias secou a fonte.
Indefinição... indecisão...
Não sabe pra que lado segue o coração.
Tropeços demais pela vida.
Sozinha... completa solidão sem guarida.
Longe de todo acolhimento.
A falta de um ombro amigo virou um tormento.
Sem esperança... só desesperança há.
Como então continuar?
Onde buscar força e coragem?
Difícil está se manter em viagem.
Meu silêncio tem inúmeras palavras.
E acredite, elas não são boas para serem ditas, muito menos ouvidas.
Você deixou nosso amor entrar em estado vegetativo, no respirador sofrendo e esperando uma força que seja, que pudesse de fato fazer ele viver. Aqui ele ainda nao morreu, mais logo eu tiro o oxigênio e mato ele de vez!
Eu acredito no amor
Eu acredito no amor puro
No amor verdadeiro
No amor que move céus e terras pra ver vc feliz
Eu acredito no amor
Mas não naquele amor que te
Destrói silenciosamente
Desse eu tenho medo, nojo, pavor
Apesar desse amor, eu ainda acredito no amor puro
Aquele simples ato de se importar verdadeiramente.
Eu normalmente estou certo em relação as pessoas, e isso é horrível, pois quero acreditar que as pessoas são mais do que esses poços de previsibilidade e não matam todas as imprevisibilidades em suas cabeças, por medo de reações previsíveis de outras pessoas previsíveis.
Tenho me amado profundamente, sorrido das minhas próprias bobagens, me acolhido, aceitado a lentidão de um processo longo de cura, mas confesso que não é em tudo que isso pode ser possível. Sinto falta de um afago, de uma troca de olhares, dos beijos e das carícias que tenho evitado. Eu não consigo me permitir viver algo raso com quem quer que seja. Tenho medo das consequências e do enorme vazio que isso me causará. Quem sabe um dia eu encontre o amor que nunca tive, alguém que me respeite e não queira nunca me perder e se esforce para isso. Estou cansada de amar sozinha a vida toda, implorar para que fiquem, eu nunca mais farei isso. Quem sabe um dia eu encontre esse amor recíproco que eu sei que mereço. Eu não tenho escolha, apenas aceitar que não tenho os abraços, afagos, carícias, beijos e companhia de uma pessoa que eu ame e que me ame também.
Na universidade, um mundo sem cor,
O caminhar solitário, um triste labor.
Mas o conhecimento, pode ser gerado,
Sem que a dor seja sempre seu fado.
A alma perdida, buscando seu lugar,
A solidão, difícil de suportar.
Mas no desafio, há uma luz a brilhar,
No encontro de mentes, o saber a desvendar.
A universidade, sem alma aparente,
Esconde segredos, saberes latentes.
O conhecimento, não precisa ser penoso,
Pode ser uma jornada de prazer generoso.
Encontre camaradas no mesmo intento,
Descubra juntos o sentido do aprendimento.
No diálogo, nas trocas construtivas,
Encontre alegria em novas perspectivas.
Que a universidade se revista de calor,
Que o conhecimento seja um manancial de amor.
No encontro de mentes, em harmonia,
Que o caminhar solitário se dissipe um dia.
Que o saber seja um processo compartilhado,
Onde a solidão se transforme em abraço afetado.
E que a universidade, com alma e sinfonia,
Seja um lugar de trocas, de amor e poesia.
Para ter uma existência prolixa em amizades, logo após saudar um conhecido é necessário perguntar: no que devo concordar contigo hoje?
DIAS FELIZES
Dias felizes ao teu lado se tornaram um abismo escuro e sem esperança.
Dias felizes ao teu lado se tornaram a lágrima fria escorrida pelo rosto, pálido e sem sentimentos.
Dias Felizes ao seu lado se tornaram o motivo de me olhar no espelho e ver refletida a solidão.
Hoje, os dias felizes se tomaram um poço de saudades, escuro, vazio e sem cor.
E, na minha mente, me encontro sozinho novamente, sem saber onde estou, triste comigo mesmo e sinto rancor de mim próprio por não ter mostrado a tempo o meu verdadeiro amor.
“Você chegou na beira do abismo e voltou. Eu continuo a olhar o abismo, esperando ele olhar de volta.”
“Enquanto está chovendo, não espero o Sol chegar,
mas aproveito esse momento para experienciar.
Admirando as gotas que caem e molham o meu jardim,
pois há alguém sempre comigo, segurando um guarda-chuva junto de mim.”
Eu acredito que uma jornada solitária pode facilmente ser interpretada também como uma viagem contínua para o próprio mundo, idas e vindas, muitos encontros e desencontros, aprendizados e recaídas com a própria essência, gerando uma solitude genuína que é bastante necessária para se constranger a tristeza presente na solidão, uma benção de Deus verdadeira ao ser alcançada, uma forma de aquietar o coração durante este tipo de jornada.
Cada passo que se avança é relevante, porém, o descanso não é retrocesso, o bom ânimo não é uma constância, fé no Senhor, forte lampejo, uma luz que é de dentro pra fora e acendê-la é um gesto de amor primordial, principalmente, nos difíceis momentos que tanto assustam à semelhança de uma luta entre o bem e o mal, sendo essencial uma conduta sensata, questão de sobrevivência, afastando-se do que é banal, mantendo a fé acesa.
O tempo de duração do caminhar é relativo, particular, diferente dos outros, ainda desconhecido até que venha a terminar, portanto, pode mudar o rumo, mas deve sempre tirar o máximo de proveito, vivendo e agradecendo, muito mais do que reclamando, conjugando constantemente o verbo amar, demonstrando muita gratidão ao Senhor, então, quando e se vier alguém para partilhar, continuará caminhando com amor.
O dia cai, mais uma noite agonizante. Perco as esperanças num instante, amor distante... Abro a janela e vejo o brilho do luar. Quantas noites vou ter que sonhar? Noite sem fim. Tanta dor causada em mim. Revolta, não volta! O pensamento sufoca. Por que você não volta? Revolta, a dúvida sufoca. Noite sombria, só busco harmonia, novo dia...
Espero que nesse dia, você se arrependa,
De ter me deixado partir, de ter me esquecido,
E que a solidão te acompanhe por toda a vida,
Como um fantasma que te assombra, te atormentado.
Situação de Rua II
Uma águia trocando o bico a garrido
Além da alta montanha o reclama,
Esperando sozinha, sem alarido,
Aquém seu instinto oproclama.
Alguém pedindo a outrem um ouvido
Sussurra sobre o ombro um problema,
Tentando sozinho, sem ter um abrigo,
Por um diálogo, para esquecer um dilema.
Como aliviar as dores na solicitude
Dos passos da vida, se em atitude,
Uma criança quer mais que um abraço???
Na escuridão de um rua sozinho,
Um andarilho, menino sem ninho,
Como a solidão de um grande pássaro!
Muitas das vezes, aceitamos a todos os convites possíveis para que, talvez, o ruído físico das pessoas a nosso redor seja capaz de abafar o ruído abstrato da nossa mente, que pode ser estridente, potente e intimidador. Estar imerso na solitude pode ser desafiador: lidamos com nossas tristezas, medos e angústias. Isso pode, no entanto, ser divino: nos ajuda a invocar nossa criatividade, nosso autoentendimento e a compreensão do nosso lugar no mundo, perante as outras pessoas.
Que não tenhamos receio em fazer esse exercício importante para a manutenção do nosso olhar sóbrio em relação ao caminho que percorremos na vida.
“Todas as Noites”
Em noites frias, vazias
Imagino-te
E calorosamente, pleno
Espero-te.
Série Rascunhos
por Chris Gonçalves