Reflexão de Solidão
Tenho muitos motivos para acreditar que sou uma pessoa intolerável e condenado à solidão, pois que minha sensibilidade me faz perceber o que a grande maioria das pessoas que convivem comigo não gostariam que eu percebesse.
Mas, solidão a dois, veja só, nunca foi coerente até te conhecer. Nós somos o remendo que a poesia precisa.
As pessoas preferem achar que sou dramática ao invés de aceitarem que estou na solidão e elas contribuíram pra isso. Não é depressão[a maldita doença do século], nem frescurite e muito menos tentativa de chamar atenção. Só acho que as pessoas não aceitam que você se sinta desgraçadamente só, mesmo tendo ‘tudo’ o que quer. Há uma porção de coisas que precisam saber sobre mim para entenderem porque fujo e volto tantas vezes de algo- o que quer que seja.É muita ousadia…. Vejam só: sabem o meu nome e acham que conhecem toda minha vida e minhas dores.
Espero sempre ansioso pelo seu contato que me faz tão bem nos momentos de solidão;
Nem sempre tenho a honra de poder falar com a minha rainha em um sentimento tão singelo de minha vida;
Mas com toda a luta do seu dia me faz inspirar em você com toda determinação que me tiram a deriva que fica meu perceber;
Juízo é o que preciso fortalecer, pois me perco entre minha loucura que de mãos dada com a paixão procura um coração que possa se alojar;
No entanto esteja a minha espera para juntos buscarmos nossa vitoria;
Não espere de mim muitas coisas. Na maioria das vezes sou solidão. Ainda que eu muito fale, pouco sinto. Nos últimos meses tem sido assim. Bastante palavras, pouco sentimentos. Ou talvez, poucas palavras e nenhum sentimento. Ta tudo tão vazio. Tão preto no branco. Um silêncio sincronizado, uma dor suavizada. Se brincar até acostumo... é esse o preço que se paga ao ser metade da sua própria metade. Você completando a si. É difícil crescer e descobrir que muitas vezes temos que ser a tampa da nossa panela, a outra face da nossa própria face. Ser a loucura, mas também a sanidade. A mentira e a verdade, ser o bom e o ruim. Meu Deus, eu jamais pensei em dizer isso, mas como é ruim ser só. Somente. Eu. Sem mas, nem mais.. entende ?! Por mais amigos que tenhamos, sempre falta alguma coisa. E ai o que fazer quando percebermos que os casos passageiros não vão te trazer resultados, só vão te deixar mais vazio?! te sugar, talvez, o resto de dignidade que te sobra e te deixar ainda pior. É assim que me sinto, amor. Sou criança com alma de adulto. Eu sinto demais para um coração e um corpo tão pequeno. Eu vivo sorrindo, mas é de tão triste que sou. E isso são coisas que você e esse mundinho no qual vivo maquiada para que eu possa participar jamais vão entender. Eu sou só. Mas não por opção ou escolha, mas sim por falta de ambos.
Mario Quintana
Desde a infância
conheceu a dor e a solidão:
a perda de seus pais.
As primeiras produções literárias
no âmbito de um colégio militar
trabalhando para editoras
e na farmácia de seu pai.
Sem casamento, sem filhos
solitário
vivendo em hotéis.
Poeta das coisas simples
dono de uma bela ironia
com profundidade e perfeição técnica
apresenta poemas e frases brilhantes.
Jornalista em quase toda sua vida
tradutor de diversos clássicos de literatura universal
faz sucesso já no primeiro livro.
Das suas poesias os prêmios
as participações em antologias
e em diversos livros escolares
mas em vão tenta entrar na academia.
Saudado pelos poetas,
critica a política na academia
rapidamente os ponteiros passam
então dorme com sapatos.
Já experimentei a lágrima da solidão, a dor da decepção, a alegria da ilusão...Já conheci a felicidade e descobri que era mentira!
Sou vítima do desamor.
Companheira inseparável da solidão. Cúmplice inegável das esperança e eternamente apaixonada de forma não correspondida pela felicidade.
“Solidão é o que sinto agora... é a morte da esperança, é o desencontro, é a falta de um amigo, é o reconhecimento de um erro e o orgulho em não se desculpar...”
Eu te amo!
Te amo com o espanto,
de quem não acreditava no amor.
Te amo na solidão de meu amanhecer.
Um amor com a beleza do silencio
e do grito, de um gesto descontraído,
uma roupa desbotada, um solstício
de primavera.
Eu te amo agora, meu presente...
Não te amava antes.
Te amo agora e para sempre...
Um amar suave como um cair de tarde,
Que às vezes dói, às vezes arde,
Queima na face como uma bofetada.
Um amar criança com cheiro de talco...
Com o frescor da rosa em botão, do orvalhar
da manhã, do serenar de uma noite de lua...
Um amar quente como o fogo da paixão...
Sincero como a dor da saudade...
Simples como a verdade...
Puro como o desejo de um amante...
Maior que o tempo...
Eu te amo...
Como quem nunca crera...
...ser possível amar assim.
Deus, o deserto e a esperança -
Há momentos de solidão na vida que vivemos,
Horas tristes, tristes horas onde nada nos é dado
Que até parece que do amor nada sabemos
Como nada saberemos da cor do nosso fado!
São desertos dolorosos que atravessamos
Que as vezes nos são tão dificeis de passar!
E onde estão aqueles em quem confiamos?!
Todos nos abandonam, à deriva a penar ...
O que nos resta é dor, cansaço e solidão ...
Virar p'ra Deus nossos olhos cheios de nada
Porque de nada está cheio o nosso coração
Num percurso solitário pela estrada.
Mas quando tudo está perdido vem a luz
Renasce em cada um uma nova confiança
Entrega-te nos braços divinos de Jesus
E vive esse Deus, o deserto e a esperança!
Esse estado de solidão interna, eu acredito, resulta do anseio onipresente de um estado interno perfeito inatingível.