Reflexão de Solidão
Pela Solidão
É como se faltasse alguma coisa,
um pedaço de não sei o quê,
uma saudade por descaso esquecida,
uma dor indefinida,
necessitada,
o rastro molhado de uma lágrima perdida,
na hora incerta vertida,
desolada, solitária,
quase não percebida,
no rosto vincado,
muito mais pela idade,
pela solidão
do anonimato da multidão,
de dois sem comunhão,
de um, só, de mim,
procurando o que falta,
às vezes brincando,
às vezes sério até demais,
mas sempre, sempre em vão.
Saudade
E sei hoje na saudade mais pungente o peso da solidão.
Vale mais aquele sorriso torto, que a lágrima fria.
Valem as cartas que gritam que o silêncio pálido.
Bem, quando a voz cala, o tempo para.
Nada a dizer, nem a ouvir, apenas o silêncio surdo.
Sobrou pouco, daquele tudo, sobrou nada.
Alguns poemas, o arranhão na garganta, o nó no peito.
O gosto do beijo quente gelado sem cobertor.
Nossas mazelas, sem perdão .
Coração de pedra, desalmada, desgraçada.
Xícara de família estilhaçada.
Uma passagem só de ida pra Madri.
Opus profundo do amor fecundo.
Aquela música me toca e dança agora só com o vento.
Adeus sem despedida, só ressentimento.
Ainda há tanta dor que não sei mais disfarçar
Será que um dia irá ao menos amenizar.
A solidão é um caminho longo
É algo que ainda estou tentando lidar .
Sinto falta dos abraços
Falta do que iriamos assistir mais tarde, da voz nos chamando para jantar.
Agora é um vazio, sem sorrisos uma imensidão de dor, medo das consciências que ainda virão.
A solidão é fria e escura, tenho tentando não deixar minha lanterna sem bateria ela é a unica esperança de que um dia irei encontrar algo para me conectar novamente, pois eu estou exausta de tanta dor que o mundo nos trás, não estou suportando te perder, não sei se irei suportar me despir pela a última vez
Dessa vez, mesmo com tanta dor, eu decidi enfrentar a solidão, ela será capaz de transmitir o amor que sinto por você!
K.B
Tristeza Amparada (ser Poeta) -
Não sei se quero ser poeta!
Amparado ao ombro da solidão,
não sei se quero estar só,
nos braços dos meus versos,
nas rimas do meu fado,
num pensar sem coração ...
Não sei se quero este sentir d'água,
este estar só, acompanhado,
em dias angulares, de amargas culpas,
tão frias como o mar!
Que ser poeta é morte anunciada,
é saudade, turva saudade,
num peito a palpitar,
num corpo a bombear ...
E afinal a que me dei?! ...
Ser poeta é tristeza amparada!
Se a quero, não sei ... não sei ...
Meu coração precisa entrar em festa
Há muito tempo a solidão me infesta
Sei lá, sei lá
Amor, se mereço sofrer
Sei lá se fiz por merecer
Hoje a alegria quer trocar de bem comigo
E sou capaz de apostar se for preciso
Que nesse papo de amor
Ninguém sai vencedor
Por que trazer pra mesa desamor?
Vem, me dá mais um trago
Deixa amanhã eu pago
Pendure a minha amargura
Hoje ninguém me segura
Quem for falar de tristeza
Não vai sentar nessa mesa
No começo eu achava que era liberdade hoje sei que é solidão...
meus olhos procuram por vc pela casa mas é só ilusão.
Ainda sinto seu perfume, ainda posso ouvir o som da sua voz...
vc se foi e eu fiquei aqui com uma garrafa de vinho e alguns cigarros.
Amanhã eu ja não sei...
Sei que não estou sozinha, mas às vezes me sinto, a solidão me consome parece que estou em um labirinto.
A AMIGA
Não sei se te digo ou se não,
Que contigo eu espanto a solidão.
No início, era só amiga; depois, o remédio pro meu coração.
A solidão é algo ilusório,
Nunca estamos só,
contraditório,
Sei,
Mas, sim,
Existe algo além da nossa breve existência,
Enquanto estamos aqui toda benevolência,
Um Deus vivo de Amor,
Amor verdadeiro,
Nunca passageiro,
Amor sem máscaras,
Essas tão presentes todos os dias,
Roubando alegrias de muitos,
Nunca estará sozinho,
Nesse mundo,
Uma Guerra entre o bem e o mal,
Todos os dias insiste,
Dentro da sua cabeça,
Da minha cabeça,
Somos almas,
O corpo padece por ela,
Ela é eterna,
Mesmo o mal dizendo que só existe essa vida,
Mentira,
Estamos aqui para uma escolha,
Então escolha quem deu a vida por você...
" Nesta solidão que dê minha alma zomba...
...já nem sei se o Sol vai me trazer o dia, ou perpetua - me
sombra "
A vida é sua, eu sei.
Mas não é solo o viver.
Ainda que queiras ser
solidão nunca fez rei.
Sábio seria doar.
Viver é um constelar.
Solidão, que companhia!
Sei que não tenho muito
Mas o meu eu
Sozinho consigo
Vive solitário
Sorrindo grato
Longe de ilusão
Possuindo paz
Desejando
Apenas
Um nada mais.
O corredor
Sei que a minha solidão
Chegarás ao fim
Quando te avistei naquele
Corredor bem próximo a mim
De repente estávamos
Sentados lado à lado
falamos do presente
E do passado!
Meus olhos te olharam
Meu coração palpitava
Sentia que já te conhecia!
E por ti me apaixonava.
Logo em seguida você teve que ir
Fiquei ali te olhando!
Você passando pelo o mesmo
Corredor que te conheci.
Dizem que o tempo tudo cura, mas a verdade e que nem sei como pude. Hoje a minha solidão, eu a chamo por solitude.
Autor: Douglas Almeida Vergilio
... e quando a tarde chega eu choro, sei que a noite não tarda trazendo a solidão e a vontade de te ver.
BAGAGEM
És minha tormenta
passaporte para solidão
Não sei como seguir
A sombra da tua direção
És meu erro
Minha melhor estação
Afaga o meu defeito
Num riso arrependido
De incomparável medo
Não retrocedo, sigo
Canso sem parar
Num corte não desisto
Vou em frente, Sigo
É mais leve que alterne
As prioridades Que carrego
comigo na bagagem
A tarde cinza se finda
E traz consigo saudade
Eu sei, não parece verdade
Mas, essa solidão me anima
Talvez seja pelo clima
Que me deixa solitário
Ou talvez eu seja otário
Na tentativa de explanar
E se auto enganar.
"Você não ama ninguém.
Carência, solidão, sei lá, quando bate, 'cê vem.
Eu que te amo tem muito tempo, já me arrependo de te amar ano que vem.
Tenho minhas dúvidas sobre o amor e minha maior dúvida; Você ama quem?
Será que nesse poço de indiferença, tem amor pra alguém?
Você não ama ninguém.
Por vezes, eu fui só um refúgio, porto de tranquilidade e pra ti não fui ninguém.
E quem não sabe o que é amor é capaz de amar alguém?
Viajo pela noite e me pergunto; Ela ama quem?
Como chuva de verão, com uma torrente, vez ou outra, ela vem.
E nas suas águas, vem o mau e inunda, quem só lhe quer bem.
Você não ama ninguém.
E na madrugada eu me pergunto novamente, uma vez ou até mais de cem.
Pergunta fria, que me feria, será que algum dia, ela amou alguém?
A resposta eu já sabia, tolice minha; Ela não ama ninguém..."