Reflexão de Paulo Coelho
Existem certos sofrimentos que só podem ser esquecidos quando podemos flutuar por cima de nossas dores.
Esperar dói, esquecer dói, mas não saber se deve esperar ou esquecer é a pior das dores.
O segredo da felicidade está em olhar todas as maravilhas do mundo e nunca se esquecer da sua missão ou do seu objetivo
O amor é sempre novo. Não importa que amemos uma, duas, dez vezes na vida - sempre estamos diante de uma situação que não conhecemos.
Amar é como uma droga. No princípio vem a sensação de euforia, de total entrega. Depois, no dia seguinte, tu queres mais. Ainda não te viciaste, mas gostaste da sensação e achas que podes mantê-la sobre controlo. Pensas durante dois minutos nela e esqueces por três horas.
Mas aos poucos, acostumas-te com aquela pessoa, e passas a depender completamente dela. Então pensas por três horas e esqueces por dois minutos. Se ela não está por perto, experimentas as mesmas sensações que os viciados têm quando não conseguem arranjar droga. Nesse momento, assim como os viciados roubam e se humilham para conseguir o que precisam, tu estás disposto a fazer qualquer coisa pelo amor.
Pobre de quem teve medo de correr os riscos. Porque este talvez não se decepcione nunca, nem tenha desilusões, nem sofra como aqueles que têm um sonho a seguir. Mas quando olhar para trás - porque sempre olhamos para trás - vai escutar seu coração dizendo: "O que fizeste com os milagres que Deus semeou por teus dias? O que fizeste com os talentos que teu Mestre te confiou? Enterraste fundo em uma cova, porque tinhas medo de perdê-los. Então, esta é a tua herança: a certeza de que desperdiçaste sua vida".
Julgar-se pior que os outros é um dos mais violentos atos de orgulho, porque é usar a maneira mais destrutiva possível de ser diferente.
O amor pode nos levar ao inferno ou ao paraíso, mas sempre nos leva a algum lugar.
O universo sempre nos ajuda a lutar por nossos sonhos.Porque são nossos sonhos, e só nós sabemos o quanto nos custa sonhá-los...
Do sagrado no profano
Tudo em nossa vida pode ser simplesmente uma obrigação, ou pode ser uma maneira de encontrar-se com Deus.
Três operários trabalhavam numa obra, quando um homem aproximou-se. “O que você está fazendo?“ perguntou ao primeiro operário.
“Estou ganhando a vida!“, disse, mal humorado.
O visitante virou-se para o segundo operário e fez a mesma pergunta. “Estou quebrando pedras”, respondeu ele.
Finalmente, o visitante se aproximou do terceiro homem e fez a mesma pergunta.
“Estou construindo uma catedral”, foi a resposta.
Os três faziam a mesma coisa. Mas apenas o terceiro compreendia sua tarefa.