Reflexão de Amor
As paixões de hoje são fast food, fazem mal ao coração, não há sentimento, não há comprometimento, acontecem rápido, engordam o ego, e se não gostar, basta desprezar o que passou e conquistar outro lanchinho. É rápido, sacia desejos e o lanchinho antigo que se foda; afinal, você já está saciado mesmo, né?
'SONHOS'
Sempre tive sonhos. Repetitivos. De sonhar com os mesmos lugares. Os mesmos tons. As mesmas pessoas. Os mesmos fantasmas. Paisagens duplicadas. Sonhos bons. De aflições. Já sonhei-os por repetidas vezes. Cinco, dez ou vinte vezes. Talvez mais.
Desde muito tempo, ainda criança, sempre sonhara voando. Com asas. Batendo os braços. Viajei para vários lugares em segundos. Vislumbrando os lugares que ficara sempre abaixo. Com suas luzes amarelas. Centenas ou milhares de árvores verdes. Olhos cerrados pela velocidade do vento. A sensação é extraordinária: Liberdade. Emancipação. Emoção.
Quando acordo e lembro-me que fora o sonho de anos atrás, fico alegre. Pasmado. Sinto-me criança que não degusta doces há décadas. Eles nunca envelhecem. São tão reais. Parece que estive naqueles lugares em uma outra vida. Que fora minha morada. Ou que será. Não sei! Somos tão íntimos...
'DEMÔNIOS'
Antigamente, os demônios ditavam o destino dos homens. Eram maus ou bons. Tinham poderes sobrenaturais. Hoje, seriam os super-heróis do século XXI. Ou talvez seres pérfidos. Ditavam as regras do jogo. Conheci um amigo que dissera que já tinha indo, segundo ele, próximo ao inferno. Quando era ainda um feto, sua mãe havia apresentado-lhe a uma legião de demônios. Imaginei nesse momento, sua mãe lhe segurando nas mãos como oferenda e logo abaixo, milhares deles. Veio-me à mente uma foto do Nazismo, onde centenas de soldados prestavam honrarias a Adolf Hitler.
Ele me dissera que sempre conversara com os sobrenaturais. Pedia coisas que desejava e sempre conseguira tudo com certa serenidade. Um dia tranquilo como tantos outros, quando ele adormecera no seu local de trabalho em hora de almoço, um Anjo aparecera dizendo que iria levar-lhe para uma viagem ao Inferno. Não propriamente, mas aos Jardins do Inferno. Sem cerimônia, o Anjo tomou-o pelo braço, e os dois seguiram velozmente rumo ao seu destino. O vento era tanto que, afirmando ele, os olhos dificilmente abrira pelo intenso vento na face. Lembrei-me de um filme onde um super-herói, dava seguidas voltas em torno da terra com tamanha velocidade.
Chegando ao local propriamente dito, ele pôde ver tamanha violência. Pessoas lamentavam-se. Pediam a morte e ela estava ausente. Os espíritos eram encarregados de prestar os mais horrendos castigos às almas que ali estavam. Açoites seguido de gritos. Dilacerações e sofrimentos faziam um retrato repugnante. Uma mulher pedia com suplício para passar-lhe para o outro lado, pois não aguentava mais tamanho pesar. Ele vira alguns conhecidos, mas, durante todo esse percurso que fizera, não dera uma palavra. Permanecera atônito. As palavras não saíam. Petrificado estivera durante esses minutos que se passaram. Nos instantes finais ao contemplar, no que nós chamamos, loucura, o Anjo lhe avisara que era hora de voltar. Em poucos segundos, ele acordara sufocado. A experiência que tivera iria guardar para o resto da vida.
Passado alguns minutos, lembrei-me de uma prima que tivera uma vida normal até aos dezessete anos. Após, foi diagnosticada com Esquizofrenia. Ela fala com, o que ela diz ser, pessoas. Alguns dizem que ela tem sexto sentido. Irrita-se com facilidade e não gosta da aproximação de pessoas. Lembrei-me também da complexidade do nosso Centro Nervoso. Das pessoas que sofrem de depressão. Da capacidade de criarmos tanto o desejável quanto o indesejável. Lembrei-me também de uma pergunta que me intriga durante muito tempo: somos criações divina ou a religião com seu céu, inferno, paraíso, diabos, demônios e Deuses são criações do homem?
'A RUA'
Rua,
pintada em grafos.
Afasto-me,
irascível.
Rua imperceptível,
serás sempre imortal?
Tu,
que tanto acolhe.
Coração de mãe,
elo sem fim.
E os botequins,
funeral?
Verdade,
flameja condolência.
Asilo, refúgio,
há vida, valor.
Cheiras rancor,
Porque não bestial?
Quebradiça,
a rua espera lá fora.
E aqui dentro,
ausência.
Dor violenta,
explosão de cristais.
Ouvi dizer que seus pais iriam se mudar e que pra muito longe seria.
Não quero parecer fraco, mas não sei se conseguiria.
Viver sem ti, sem teu sorriso, sem teu olhar, viver sem tudo.
Se acaso fores, sei que pra te encontrar, daria a volta ao mundo.
Crescemos juntos, na mesma rua, no mesmo balanço, no parquinho que tinha na praça.
Difícil de aceitar, mas como dizia o ditado, "tudo na vida passa".
O tempo foi passando, e logo fora chegando o dia da mudança.
E eu me tranquei no quarto, chorando, soluçando feito criança.
Estava perdendo a garota, com quem aprendi a ser quem sou.
Me sentindo derrotado, derrotado como quem nem sequer tentou.
Não tinha mais jeito, ela de Leão e eu sou de Áries.
Eu sempre no meu mundo, e ela sempre a procura de novos ares.
Escondi dela e de todos, toda a falta que ela me faria.
Mas quando vi o carro de seus pais indo embora, percebi que jamais voltaria.
Eu perdido, novamente desabei em lágrimas.
Gotas que hoje sobre o que escrevo, enrugam-me todas as páginas.
Cada vez que sonho, ainda vejo o sorriso dela.
Ainda acordo todos os dias, e olho pela fenda da janela.
Dai eu paro e penso:
- Ah que saudade dela.
Não espero que um dia ela leia todos os poemas que escrevi pensando nela.
Mas só quero que ela volte e eu continuarei na janela.
Aquela.
Esperando a mais bela.
Menina, tu sabe.
Que a vida é difícil.
Mas pra viver esse amor, por você eu faço um sacrifício.
Eu me guardo em livros e me tranco no quarto.
Dia desses eu acordo, e de tédio eu me mato.
Me encontro escrevendo aquele que talvez seja o último poema.
O borrão causado pelas lágrimas a essa altura já não é problema.
Te amei, ainda amo, esse sentimento é tão forte.
Mas como eu sou fraco, não resisti e preferi a morte.
Me entenda, menina, não rasgue este papel.
Atrás dele dizia: "Amor, te encontro no céu".
Às vezes olhamos para o infinito, tentando procurar no futuro uma esperança de que tudo vai mudar que as mágoas vão passa, e a depressão não vai volta.
Sempre tive sonhos. Repetitivos. De sonhar com os mesmos lugares. Os mesmos tons. As mesmas pessoas. Os mesmos fantasmas.
PARTIDA
A partida sem o adeus,
sem o abraço, insólito.
Uma parte se foi e a tarde nublada,
marcou um rastro desalento.
Olhares que disseram tudo
quando a admiração ausentou-se.
As bocas que não se abriram,
e o silêncio que tanto falou.
As escassas palavras em turbilhões,
flutuando com a brisa rara.
A esperança arrumou as malas,
pediu refúgio. Asilo.
A nostalgia permaneceu,
as lágrimas pediram ausência.
Já sem discurso, o tempo fugaz,
transcorreu dolorosamente.
A pulsação da música,
extinguiu-se, retórica.
A dor, que tanto sufocou,
esquivou-se da alma.
Os redemoinhos, sem forças para reerguer-se,
não mais existirá, se auto aniquilará.
Restará apenas, uma breve saudade,
da lembrança, de uma breve partida.
'TEMPO...'
No alto, casa de taipa, coberta de palha e uma paisagem deslumbrante à frente. O rio era enorme e provocava admiração. As casas eram próximas uma das outras. O acesso dava-se por uma trilha, onde, na escuridão, dificilmente se saía dele. Nas noites de lua cheia, sempre nos reuníamos, sentados à frente da casa para ovacionar àquele retrato real. Sentados em 'banquinhos', ficávamos a cantar em coro com a ajuda de um velho violão empoeirado. Nas tardes frias e cinzentas, gostávamos do frescor dos ventos. Eles falavam uma língua que só agora, depois de muitos anos, entendemos.
A vida simples do interior, marcaram nossas vidas. Muitos tiveram sua primeira paixão. O primeiro beijo no escuro. A primeira namoradinha. Eu sempre ficara vislumbrado quando via a mulher dos meus sonhos passando. Divina como sempre, esbanjava sensualidade no andar e sorriso. O amor sempre chega prematuro. Eu a amava. Era a dona das minhas direções e dos meus sonhos. Sempre escrevera poemas líricos em pedaços de papéis e imaginava filhos, muitos filhos.
Por essas e outras muitas razões, sempre digo que sou inimigo do tempo. Ele enterra tantas lembranças. Ora por vezes atormenta. Cura uma ferida e deixa tantas abertas. A vida se vai com ele e quando percebemos, ele nos diz que já estamos caído, trancafiados. Ele escreve ferozmente sua própria linha. E nos leva, não importa para onde, seja para as mais altas nuvens ou para a lama que atormenta. Quem somos? Para onde vamos? O tempo, rodeado de desamparo, nos falará ao ouvido.
NO CAMINHO
É no caminho que eu me distraio
É no caminho que ouço os pássaros
É no caminho que eu sinto a falta
É no caminho que me falta a fala
É no caminho que bate o cansaço
É no caminho que sinto o mormaço
É no caminho que passa a multidão
É no caminho que enxergo a solidão
É no caminho que sopra o vento
É no caminho que me esbarro com o desalento
É no caminho que penso em tudo,mas vejo o mundo
com tanta grandeza que a minha tristeza se envergonha de existir…
"Faça tudo aquilo que te deixa feliz, se não estiver se sentindo bem, mude, é normal, tudo só é questão de tempo, você foi contemplado com ele, basta ter paciência. "
Enquanto olho o celular aguardando a sua ligação, uma mensagem,algo que me mostre que você está a pensar em mim. O café vai esfriando, sozinho com meus pensamentos vejo que não devemos aguardar tanto das pessoas. E nem tão pouco nos doar tanto.
Nunca iremos ser capazes de conhecer o traído ou o traidor, pois cada um tem os seus motivos, cada um conhece o seus ego , cada uma leva com sigo os seus medos, seus segredos, e os seus motivos,e isso realmente me assusta e me assusta muito , atingir o ego de uma pessoa, por uma traição, realmente pode mudá-la completamente, e isso mostra que não conhecemos ninguém , o que leva tantas pessoas acharem que são donas das outras, Você mal comanda os seus atos, quanto mais os atos dos outros, estragar a própria vida pela falta de fidelidade do outro, isso e falta de amor próprio, egoísmo, orgulho, egocentrismo ... O que e o amor ? – Alguma coisa que vem e passa , alguma coisa que vem e não vai , ou apenas alguma coisa que alimentamos sem nem sabermos o que é , e achamos ser ?? Não sei , e não vai ser eu quem vai te responder... foi isso que essa minissérie deixo em todos que acompanharam , a reflexão do amor, e como colocamos ele dentro de nós. Atuação 10 , Historia 10 , cenário 10, Trilha sonora 10 , Tudo 10 !! Minesserie Amores Roubados
Cultivar os sentimentos é fazer ajustes e aparar diferenças, não desistir nas dificuldades, não fazer do seu companheiro um poço de defeitos, porquê você também os tem, tendemos a minimizar os nossos e realçar o dos outros. Amar é está sempre com a palheta da vida colorido os bons momentos. Eis o amor.