Reflexão de Amor
Sobre a verdade
Digo que é a massagem que tranquiliza a consciência
A única forma de abrir caminho para o bem
A única maneira de virar a página
E começar a escrever um novo começo feliz
'TROPEÇOS'
Tropeçamos nas indecisões/decisões. Cores sem tintas. Abstrações. Painéis lúgubres. Quadro sinuoso, sem repouso. Metáforas em pincéis. Colinas...
Tropeçamos nas sombras do último vagão. Nas dores que tornaram-se horrores. Fumaça embaçando a visão. Peito fatigado sem proteção, morada. Fatalidades abertas, enferrujadas...
Tropeçamos nos rios estrangulando faróis. Maresias sem beira-mar, paraísos. Na práxis do tempo. Textos vazios. Chuvas ácidas, atormentando sangrias veladas....
Tropeçamos para nos tornarmos gigantes. Conquistadores do mundo glacial, abrasador e determinista. Para contemplarmos as estrelas soltas no infinito, com suas luzes intactas que nos enchem de sentimentos, acendendo os faróis desprovidos. Subjeção de estarmos vivos, abraçando o tempo remanescente, vindouro, incisivo...
"A conheço tão bem, quanto a vida conhecia a água, a destruição conhece o fogo e o ódio conhece o amor... Por que quando se ama nunca se esquece."
Um pensamento positivo pode mudar o seu dia como um abraço pode transformar uma pessoa.
Não negue carinho e atenção ao próximo. De um bom dia a seus vizinho um abraço nos seus pais familiares, amigos, não tenha medo de dizer o quanto eles são importante na sua vida, pois fazer uma pessoa se sentir bem e fazer o bem a si mesmo.
Pequena mulher. Grande garota.
A garota insistia em fugir da realidade, apesar de já conhecer e sofrer as consequências. Insistiu. Mesmo sabendo que no fim teria que voltar a realidade e a queda seria maior ainda.
Criando mundos perfeitos, pessoas perfeitas, amores perfeitos a seu gosto, e voltando a cruel realidade... se a vida fosse realmente Idealista, ela já teria vivido seu belo conto de fadas... Amor? Amor existe em seu mundo imaginário..., mas porque não existe em seu mundo real? Será que ele insiste em se esconder? Será que ele está amando outra pessoa? Será que ele ainda existe? Será que algum dia ele existiu? São tantos “serás”. São tantos “porquês”. São tantos sonhos, criados e destruídos, idealizados e suprimidos.
Que vida é esta mulher?! Que vida é esta, onde não podemos sentir?!
Que vida é esta garota?! Que vida é esta, onde sentimos?! Que sentido há em sentir?! Que sentido há em viver a busca de um amor?! Não sabes que este tal sentimento não existe e nunca existiu?!
Mulher, ó grandiosa mulher, tú insistes em dizer-me que não há sentido em viver?! O que é viver sem sentir? O que é sentir sem viver?!
Me diga você, minha doce garota, minha doce criança que ainda não conhece o sabor amargo que é viver a procura de algo inexistente, teu amor, teu sentir.... Não há de existir, nunca existiu!
Mulher, o que te faz pensar que ele nunca existiu? O que te faz odiá-lo tanto? ...
Doce garota... Vivi mais que você, já fui garota, depois que aceitei a verdade que é a inexistência do amor, virei mulher. E sei o que digo: Amor nunca existiu e nunca irá existir!
Senhorita, experiente e vivida senhorita, escutai o que tenho a dizer. Não conheces o prazer? Não ver o brilho no olhar de uma mãe ao ver seu filho? Não enxergas a alegria do pai ao lado de sua amada filha a dançar alegremente?! Não consegues ver?! Tudo isto é amor!
Criança.... Não falo deste amor.... Este é instinto animal. Falo do amor entre homem e mulher, falo no amor que tu dizes existir e que nunca existiu. Falo de dois animais de DNA diferente se apaixonando e se completando como se fossem um só, falo da luxuria e do desejo, falo do poder e da força, falo da chama de alegria eterna.... Falo deste amor que nunca há de existir.
Mulher, sabes tanto sobre o amor... Por acaso já sentistes? Por acaso encontrastes teu amor?!
Es surda, criança negligente? Já falei e exclamei diversas vezes que nunca cheguei a encontrar este tal amor.
Es surda, mulher arrogante? Não escutas teu coração? Não sabes o que ele está a gritar dentro de ti?!
Não criança.... Não o escuto, ele não há de ter boca para falar!
Não senhorita... Ele fala, a senhora que não há de ter ouvidos bons que o possa escutar! Estas a gritar, daqui a onde estou posso ouvir!
Se ele está a rugir como um leão dentro de mim, fale! Diga-me o que ele tanto exclama?!
Escute... Ele diz.... Sim, eu já amei, sim, eu já me jurei a outro ser.... por favor, devolva-me ao meu dono! Mesmo ele sendo o meu ladrão, agora sou dele... É dele teu coração! Quem sois tal ser?!
Eu é que te interrogo, criança, quem sois este?
Sois seu amor... onde tal ser se encontra, deves fazer o que teu coração manda.... Deves devolve-lo o seu dono!
Que dono sois este, criança?! Já cansei de o procurar! Ele não existe e não há de existir, o que me resta é desistir.
Desistir, senhorita? Como conseguirá dormir com os urros de teu coração? Como conseguirá descansar com a dor de teu coração que está quase para pular para fora e ir em busca ele mesmo por seu dono?!
Que tipo de amor é este, garota? Que tipo de amor machuca? Que tipo de amor é esse que desespera? Que tipo de amor é esse que tem um dono?! Sois escrava dele?! Que tipo de amor é esse que destrói?!
Sois o amor que dissertes. Sois o verdadeiro amor.... Nunca te disseram, senhorita? Nunca lhe contaram que amor é sinônimo de sacrifício? Nunca lhe informaram que amar é sacrificar a si mesmo por quem ama?! Nunca lhe contaram?
Me contas agora... Garota.... Que tipo de amor é esse que não é reciproco?! Que tipo de amor é esse que não pode ser domado?! O que sois este sentimento tão complicado e doloroso de sentir?! Que sentido há em amar.... Em amar sozinha?!
Sois este amor que sentiste? Sois este amor que conheceres? Sois este amor que encontrastes? Ferida mulher.
Se fostes? Sábia criança.... Se fostes... O que deveria fazer, se não para de procura-lo, parar de enxerga-lo... Para de senti-lo...
Este amor que encontrastes, ingênua mulher, é como o amor das estrelas pelos humanos.... Está distante.... Está impossível. Estes sois o perigo do amor, pois como uma rosa que tem suas pétalas o amor também tem seus espinhos, o amor também há de machucar, há de te fazer chorar e até sangrar... isto é amar..., mas não se enganas, amor é tudo isso, porém só flora quando é reciproco, ainda machucará, mas também exalará todos os perfumes da sua existência. Mesmo o amor das estrelas, até o delas pode se realizar, pois há uma lenda, que quando uma pessoa é amada por uma delas ao fechar os olhos pela última vez, vai para o seu lado, brilhar e amar como ela fazia.
Estais certas, doce criança. Devo ser amada por uma destas estrelas, pois em todos os caminhos que percorri nesta estrada que chamamos de vida, não encontrei este amor que diz. Se encontrei algum dia, ei de ter amado errado, ei de ter doído mais do que exalado, ei de ter mais espinhos do que pétalas.
Sim, há de ter errado, mas quem falhou não foi teu coração, foi teus olhos, foi tua mente, foi teu ser..... Não o escutou, o coração nunca falha, se errar foi pelo simples fato de ter escutado errado. Teus ouvidos, teus olhos, teu ser por inteiro não é mais teu, é o erro que todos cometem, escutam o que as bocas dizem e não o que o coração suplica... Acaba, que nos perdemos dentro de nós mesmos, depois de tanto escutar os outros, não conseguimos mais nos escutar. Ficamos, cegas, mudas e surdas.
Falei-me ó grande garota.... Falei-me o que devo fazer para voltar a ver, ouvir e falar?
Antes de tudo tens que aprender a escutar.... Escutais teu coração, escutai tua voz interior e nada mais a derrotará, nada mais a fará errar... E tua alma será novamente tua.
E como faço isso, garota? Como devo fazer para ter minha alma novamente?!
Deves fazer apenas uma coisa... Lembrar-se de quem era antes das bocas falarem como deverias ser. Lembrai de como foi construído teu eu, libertai-me de dentro de si.... Volte a ser uma garota, destrua os muros que construiu em volta de ti e eu lhe ensinarei a fazer pontes, para sua garota interior andar e concertar todo o teu eu.... E depois tu mesmo a ensinará a clarear lugares escuros de sua mente.... Ensinará a ela que devesse acender mais do que apenas uma vela para iluminar sua alma, dirás que se uma vela apagar as outras estarão acesas. Porém tomas cuidado, fala para ela que é necessário deixar uma escuridão entre as velas... Caso contrário as mesmas incendiaram tua alma e por fim ela não existirá mais.
Se eu fizer tudo isto, experiente criança... O que acontecerá?
Encontrará seu amor, não será mais uma mulher em uma realidade fictícia onde não existe amor. Será uma garota que encontrou seu amor, viveras em um mundo com sonhos imaginariamente reais! E sua realidade será sua antiga ficção. Vivemos no mundo que escolhemos viver, tudo depende de nós mesmos, tudo depende de você. Então, o que me diz? Preferiras ser uma mulher sem alma, em um mundo falso cheio de pessoas imaginarias que oferecem ilusões ou preferiras ser uma garota com alma, ser você mesma em um mundo utopicamente real onde existe pessoas reais que oferecem sentimentos reais?
E-eu... Preciso pensar um pouco mais...
Pense, quem está certa? Quem está errada? Quem definiu o que é certo ou o que é errado? Quem definiu o que é bonito ou feio? Foi você ou as outras pessoas? Você é o que é ou o que as pessoas querem que você seja?
Mas estas me dizendo para fazer exatamente o contrário do que diz?!
Respire, pense.... Quem está vivendo em um mundo imaginário, onde não existe amor, onde as pessoas não sentem, onde o amor tem mais espinhos do que pétalas? Sou eu ou você?
Sou eu..., mas o que devo fazer, criança? O que devo fazer para viver neste teu mundo?!
Não podes viver em meu mundo deves apenas.... Criar o teu.
Criar o meu? Onde? Como? Nós moramos no mesmo mundo, não tenho como criar um para mim.
Não, pequena mulher, vivemos em dois mundos diferentes, nós não somos todo mundo, cada um de nós é um mundo, cada um de nós pode criar o seu. Para isso não é necessário usar ferramentas, maquinas ou até mesmo terra... A única coisa necessária para criar seu mundo é escutar seu coração. Escuta-o, o que ele diz?
Ele me diz para ir atrás do meu amor, ele diz para eu correr atrás de seu dono e devolve-lo.
Como você vai encontra-lo? Compreensiva mulher.
Irei ver, ouvir e falar.... Irei ser eu mesma, lembrarei de quem eu era.
Porque deves fazer isto?
Para conseguir escutar meu coração e recuperar minha alma.
Por que tens que recuperar sua alma?
Porque roubaram-na de mim.
Como isso aconteceu?
Foi quando eu censurei meu coração para ouvir o que as bocas me diziam.
Por que você fez isso?
Porque eu vivia em um mundo onde a única coisa que importava era a opinião dos outros.
Por qual motivo vivia neste mundo?
Não sabia como construir o meu.
Por que não sabia construir o seu mundo?
Porque eu não escutava o meu coração.
E o que seu coração diz?
Que devo encontrar o meu amor.
E por que deve encontrar o seu amor?
Porque é com ele que construirei meu mundo.
O que é seu mundo?
Meu mundo é eu mesma.
E por que precisa do dono de seu coração?
Porque ele é parte de mim, não há como construir meu mundo se eu não estiver inteira.
Quem é o dono de seu coração?
Sou eu. E devo me encontrar para construir meu mundo. Para construir meu mundo precisarei escutar meu coração, para escutar meu coração deverei recuperar minha alma e a mesma só poderá ser recuperada quando me lembrar de quem eu era e para de ouvir as bocas e obedecer ao meu coração.
A mulher que virou garota.
Que viverá no mundo em que ela quer viver, independente do que digam, ela escutará seu coração e fará o que achar ser o certo. Sentirá, chorará, pois, toda rosa tem seu espinho. E todo espinho tem sua rosa. Doce criança. Obrigado por me dizer o que tinha perdido, por me fazer enxergar a que tinha cegado, para fazer falar a que tinha calado, por fazer-me aprender a escutar meu coração.
No mesmo instante a garota se despediu da outra garota, que encontrou uma mulher que falou o que a garota tinha falado anteriormente... A garota transformou a mulher em garota e assim se seguiu até as estrelas descerem dos céus para encontrar seus amados.
NÃO ENTENDO. NÃO DÁ (LARA FLORES)
Seu silêncio me enlouquece,
Me entristece, me aborrece.
E me irritar é algo que você nem gosta, não é?
Só pra constar.
Por que você não fala o que tem que falar?
Por que não esclarece sem que eu tenha que perguntar?
Para que me deixar tão aflita?
Não entendo. Não dá.
Ora, por que será que alguém se aproxima, te cativa, expressa estima,
Para depois se afastar?
Não é maldade fazer alguém pensar tanto em você, te querer, te desejar,
Só por fazer? Só pelo conquistar?
Juro que não entendo. Não dá.
Não sei o que pensar.
Medos adolescentes novamente a me apavorar.
E não devo interpretar?
Não tenho palavras que me esclareçam.
E em compensação, as minhas palavras não param de me incomodar.
Não. Não entendo. Não dá.
Também não sei como me portar.
Te procuro? Deixo estar?
Puxo assunto, mesmo sabendo que você vai visualizar e nada responderá?
Não. Não consigo entender. Não está dando. Não está.
Brincadeira perigosa, que eu não quis começar.
Mas você insistiu, espaço alcançou, meu carinho conquistou...
E agora simplesmente desinteressou?
Não entendo. Nem sei se algum dia conseguirei.
Entre um casal, um Eu Te Amo pode deixar o dia ou uma noite mais alegre...
Pena que nem todos sabem disso...
'DISJUNÇÃO'
Carrego teus olhos nos meus,
Perdidos em sombras disfarçadas.
Participo das tuas noites perdidas,
Ludibriada em paixões lufadas...
Abraço-te não mais como a flor que imaginei,
A essência do perfume não mais existe.
Sonhos de outrora encarcerou-se,
Gracejos ficaram tristes...
'Direções' serão outras,
Não há culpados quando a dor é ausente.
Andar-nos-emos outros destinos,
Discorrendo-nos do presente...
Envolto nas pedras que seremos,
Nas almas acorrentadas em fragrâncias.
Seremos como velhos artigos:
'O aMoR oCuLtO eM lEmBrAnÇaS.'
'EU'
Ando descalço no mundo genuíno.
Não porque o abracei,
As terras temporárias são forasteiras.
No meu amplexo já cansado,
Diluo a espera.
No branco sem destino,
Na latência de sentimentos,
A fluorescência ofusca-me,
Assombra-me.
Sou migalhas de um pobre na dor que não cura...
Invento psicanálises nos dias perturbadores.
Adentro o espírito infértil vaga fortuito,
Probabilidades casuais,
Sedento de anseios como as infinitas variáveis no espaço,
Sem cabanas.
Sou inesperado,
Duvidoso,
Eventual tal qual os olhares distantes que se abraçam demorado...
As sátiras deixaram-me,
Corro feito louco,
Sem domicilio.
Abraço o improvável como se abraça os mares.
Os tantos mares que moram em mim,
Chegando tempestuosos,
De súbitos,
Embaçando a ficção aflorada.
Na incerteza,
Crio outros mundos,
Terras ditantes,
Aconchegantes para aliviar as dores.
As dores que outrora,
Tornaram-me identidade,
Sem essência,
Ou analogias...
'VASO'
Ruidoso, feito com as mãos,
Industrializado.
Sou natureza.
Ferro.
Do homem estraçalhado.
Cheiro/argila, cerâmica, madeira, polietileno, resina, palha, sintético.
Castiço...
Quando bem trabalhado, sou admirado, beleza, suspiros.
Decoro, adorno, alinho, ornamento, aformoseio.
Enfeito o imperfeito.
Sitio povoados, vidros temperados...
Sou dos cantos.
Dos lados.
Artificial.
Nas paredes pendurados...
Sou do arcaico, do homem abstrato, sarcástico, quadrado, redondo.
Aromo onde passo.
Encanto com minhas formas diferenciadas.
Tenho sabor tateado.
Expressão do humano: transparente, engraçado, pintado em infinitas cores.
Cristalizado ou inexpressivo.
Sem desígnios ou escritos, serei intuito,
Vaso qUeBrAdO...
As estrelas imbuídas em mim, têm a luminosidade do 'A'. Nesse compasso, aparentemente brilhante, sou trilhas, livros. Promessas, adjacente, distante...
'DESENHO'
Cogito o mundo dos vernizes,
obra de arte,
teu corpo.
Sou breve em rasuro,
representações,
embaralho.
Fragmento telas,
borracho novos quadros.
Fito o linear dos olhares.
Pinto álgebras em giz,
cenários.
Amplificações de afeições,
Painéis,
compassos...
Traço esboços diários,
tuas curvas,
retratos.
Infinito novos dramas.
Torturo faces,
mãos,
papéis,
panoramas.
Inspiro geometricamente tua forma,
incorporo métodos,
desejos...
Nos quadrângulos/côncavos,
sussurro prospectivas.
És partículas,
com seus ângulos moldados à grafites,
tintas,
cores,
sulfites.
Sínteses de contornos harmoniosos,
fictícios,
provisórios.
Tentações...
