Reflexão de Amor
Nós sempre buscamos a perfeição e fazemos de tudo para alcançarmos, porém o simples sempre és verdadeiro e o verdadeiro sempre foi perfeito.
"O tempo que se perde"
"Um dia voce vai olhar e vai ver que jogou algo fora...
E pela janela se foi o futuro...
A esperança em outrora...
O coração rasgado que era seu somente...
Marcou a carne e roubou a alma que sonhava inocente...
Morre a flor junto a lembrança...
Trai a carne quando assassinam a esperança...
Para o coração quando se enxerga o tempo que passou...
Eu morri!
Voce me matou!"
"Nicanor Bessa - Poeta de periferia"
'RELATIVIDADE'
No espaço curvado, qual o sentido das rugas? E o silêncio dos artigos escritos, da relatividade aparente? Cabelos grisalhos esplainando as linhas dos dias distorcidos, veemente. Tempo branco como neves derretidas, neófitos por descobertas, curas, contrapartidas...
Retina encoberta, reflexão da visão nas novas originalidades criadas. Noites no sótão à procura de respostas. Talvez a fórmula da vida escritas em funções matemáticas. Das deflexões tão sonhadas que chegara nas pernas, nas falas, nas relações 'bestiadas'...
Dos eclipses cobertos de nuvens, surgiram as verdadeiras vertigens. No cálido clarão opaco das lentes ficara o cientista, filósofo, químico, físico, matemático. Sedentos por novas saídas. Extraordinários heróis fungicidas. Perdidos nas erudições do ontem, do hoje, do amanhã, das causalidades não ditas...
'TREMAS'
Pinto tremas,
Diluo poemas,
Pulmões em papéis,
Aquarelo clichês,
Descrevo raios,
Painéis de porquês.
Suspiro ilusões,
Anagramas...
Cromatizo torrentes,
Cicatrizes,
Infortúnios,
Mares escaldantes,
Chegadas.
Pintalgo argilas,
Cheiros/ecos
Labaredas molhadas...
Rabisco ventos,
Acordes,
Matizo desejos,
Trapiches,
Simetrias,
Beijos,
Tardes/Fotografias,
Sonoro despertar...
Riscos/traços,
Largas melodias,
Emblemas,
Embaraços.
Escrevo nos lagos,
Nas chamas,
Vulcões,
Perplexas melancolias...
Plagio o meu 'eu',
O amor em abstrações,
Abraços,
Relevos
Reproduções,
Quarto vazio.
Objetos/estrelas.
Na face do tempo,
Crio paixões,
Novos tremas.
Proposições,
Teoremas...
'TAPAJÓS'
Agitando pássaros.
Roça perplexão,
Calmaria.
Por do sol ardente.
Correntezas cultivando sementes,
ilhas...
Cético aos horizontes.
Rebelando Jacarés, Iemanjás,
Moradas.
Profundeza altruísta.
Talento anarquista,
Desenhada...
Inverno e verão contíguos,
Contemplativos,
Fazem de ti devoto.
Pupila de margens.
Belas paisagens.
Sobejo de botos...
Alimenta ribeirinhos.
Poemas.
Adjetivos.
Seio esplêndido.
Boquiaberto, cinzento.
Fugitivo!
És Tapajós.
Morada dos povos.
Sombrio.
Exageradamente modesto.
Infinitamente digesto,
Desafios...
Rio de almas.
Índios.
Banzeiros.
Sonetos de árvores
Quilômetros em artes
Chuvas, animais, mosteiros...
'Coisas boas e ruins... nada permanece! Restam apenas as boas lembranças e o forte aprendizado. Tudo passageiro no rio que corre. Reconheça que foi eterno enquanto durou! Esteja aberto às novas possibilidades. Afronte novos desafios. É a partir deles que a vida torna-se saborosa... 'Intrigante' na medida em que você aprende a se doar...
“Sabe, penso que procurar a felicidade deve causar cegueira extrema, pois quanto mais a procuramos, menos percebemos que ela nos ronda incansavelmente”
Existem dois pontos cruciais e que acontecem em todo relacionamento: O primeiro, quando ambos se gostam e querem construir um futuro juntos e o segundo, quando apenas um ama pelos dois e sempre esse um, acaba saindo sem forças alguma para embarcar em um novo relacionamento!
NADA MAIS A SER DITO
Do que serve palavras vagas?
Até poetas calam-se quando é preciso
Se há beleza em palavras,
Há também em silêncios
Quer prova?
Te mostro as estrelas
E virou-se,
Sem nada mais a dizer
Na sua alma uma dor
Uma amagura, aflição
Mas mentia fingindo que não tinha
Mais nada a dizer
E naquele momento ele soube que:
Nunca tantas coisas quiseram ser ditas
Nunca tantas palavras quiseram ser pronunciadas
Mas nuncas elas se calaram
Se oprimiram
E se transformaram em completo silêncio
-A.L
OLHANDO PELA JANELA
Olho para o mundo e o desenho em minhas letras
As pessoas não se enxergam
Não se olham, quando muito, se apedrejam
Como me veriam?
Enquanto observo por minha janela
Crianças puras, leves
Esperando para serem envenenadas
Por mágoas,dores e decepções
As quais chamamos de educação
Gigantes de terno e uniformes
Que escondem dentro de si
o mais profundo dos medos:
Libertar-se
Choro, por que não sei mas quem sou
Nem pra onde vou
Porque até agora sou
Minha melhor companhia
Que me agasta e revolve
Mas me dá uma esperança mínima
Continuo a viver
Triste, alegre...
Não sei, sei que faço isso todos os dias
Com olhar poético de um garoto
Coragem de um homem
Amanhã recomeçarei
Chove lá fora
Mas a verdadeira tempestade está dentro de mim.
-A.L
Nunca mude para pior para algo que não te leva a nada por querer tal pessoa. Se ela for boa pra você então ela é quem mudará o seu mau costume, do contrario, certamente sofrerá.
Todos os pensamentos, discursos e teses sobre Paz são inúteis, se não vierem anteriormente envolvidos em auto-análise da postura íntima e imediatamente seguidos de ação pacífica consciente e constante.
A vida pode ser comparada a uma escada curta de três degraus, onde o nascer, crescer e morrer é análogo à 1, 2 e 3 não estamos mais aqui.
►Ela Quer Alguém
Ela só quer alguém que saiba valorizá-la
Alguém que fará de tudo para agradá-la
Alguém que irá abraçá-la quando ela se sentir sozinha
Ela deseja uma pessoa que ilumine
Quando estiver na tristeza sombria.
Ela não busca a perfeição
Apenas alguém para cuidar do seu coração
Que se preocupe com o seu bem estar
Alguém que, se ela cair irá levantá-la
Talvez versos românticos dedicá-la?
Ela deseja alguém para seguir na estrada
Um alguém quer irá acompanhá-la
Não posso esquecer, alguém que irá apoia-la
Na busca de um abrigo para esconder dos problemas
E também resolver, alguém para protegê-la.
Ela sonha, talvez não com o vestido branco
Em alguém para recolher as lágrimas de seu pranto
Alguém que, com sinceridade diga "Eu te amo"
Talvez esse seja o seu sonho, mas se não for
Não existirá carinho sem o amor.
Como qualquer pessoa, quer ser cobiçada
Mas também merece ser respeitada
Não quer ser ignorada, insultada, magoada ou maltratada
A jovem, a adulta ou a idosa
Só querem ser amadas.
Essa rima é para elas, belas donzelas de diferentes épocas
Conquistadoras, sofredoras, acolhedoras, e também protetoras.
Surfar é um caminho para o auto conhecimento. Quando estamos esperando a onda, ao olharmos para cima vemos o céu, ao olharmos a frente vemos o horizonte infinito, ao olharmos para os lados vemos o contexto presente e nossa semelhança... Ao olharmos para baixo vemos nosso próprio reflexo brilhando na água.
#filosofiadosurf
Ela chegou como a brisa da manhã, vento calmo mas logo se tornou furacão e tempestade...
Como águas tranquilas de um riacho me fez relaxar e me abrir, então com as tempestades as ondas me sufocaram e me afundaram...
Trouxe os melhores perfumes da primaveras, fez dançar as cores do arco íris, mas logo o céu ficou cinza e os perfumes se foram...
Gritou o amor pelas ruas, fez saber em toda cidade, mas quando abri a porta ela já tinha entrado pela janela...
Amor não é precipitação tão pouco forçado ou empurrado...
Amor é equilíbrio,
É sentir e ser sentido,
Não é troca e sim doação,
Não é mérito e sim merecimento,
Não é tudo e sim essência,
Não é fim e sim princípio,
Não é mar e sim nascente,
Não é hoje e sim sempre...
Amor que o sol toca e a lua ilumina,
Amor que reflete nos olhos,
Amor que não precisa de palavras.
'CASAMENTO'
Era magro como os arbustos secos.
Olhos turvos.
Sorriso deformado no caule.
Pele escura queimada ao sol.
Desprezível na altura.
Camisa de botões aberta acima até embaixo,
surrada.
Na parte de baixo,
vestira algo como um bermudão maior do que lhe coubera,
amarrado com uns cipós enfraquecidos.
Facão enferrujado,
andar distorcido...
Morava nas matas,
sentia-se dono.
Receoso de diálogos.
Mãos calejadas e aspecto casando.
José plantava moisaicos,
cozia na lenha molhada.
Asfixiava peixes com as mãos.
Engolia banho de rios.
Pouco insinuava na terra seca que morava.
Colhia o que lhe davam,
tinha poucos afetos...
Intacto na linha do tempo,
José não tera casamentos,
conjugou-se com as quimeras,
chapéus de palhas.
Vivera a vida acaçapado,
perdidos entre matas.
Cantando entre pássaros,
criando melodias de uma 'vista perdida'.
Lá no fundo,
não afirma ser feliz ou se a vida é um tédio.
Sabe-se que tem nome forte,
e uma ostentação no respiro,
nada cotidiano visto por fora...