Refletir sobre Sofrimentos
" Quando uma pessoa idosa chega na velhice,onde ela mais precisa de seus filhos...é onde eles agora com seus empregos e famílias,não tem tempo para lhe ajudar e nem para dar-lhes atenção..e assim a cada dia vai pesando sobre eles..a dor,a tristeza,a idade,o abandono,a solidão,as limitações do corpo já cansado e pesado...marcado por uma vida toda de dedicação e sofrimentos para dar aos filhos,uma vida digna e decente"
Ao se ver em meio aquele mar implacável tentou acordar, não poderia realmente ter acontecido. Aquilo não era real... até que não pudesse mais deixar de ser. Então pegou seu remo e se pôs contra a correnteza amaldiçoando tal destino. Aquilo funcionou... até que suas forças já não mais bastassem. Portanto só lhe restou encontrar outra saída. Pois a esperança ainda não o deixara descansar. Assim clamou pelos deuses e por quem pudesse ouvir suas súplicas. Aquilo o fez ser ouvido por quem o podia ajudar: ninguém. Agora abandonado até mesmo pela esperança não via outra opção senão sofrer pelas águas que jamais invertera seu curso. Aquilo doeu... até que o sofrimento já não mais lhe pareceste devido. Finalmente pôde sorrir contemplando a beleza do que podia ver à frente: nada...
"Arthur Schopenhauer, disse: 'Se a marca da primeira metade da vida é o anseio insatisfeito pela felicidade, o da segunda é o receio da desgraça, pois, a essa altura, reconhece-se mais ou menos nitidamente que toda felicidade é quimérica, enquanto o sofrimento, ao contrário, é real.'.
Toda realidade, ao ser sentida, já não é -para o homem, na relação com o homem- ela mesma, e sim, uma sensação, uma interpretação sensorial. O homem subjetiva a realidade, 'dosa', dá à ela, 'medidas de intensidade', de maneira que, Shophenhuer, não está plenamente com a razão. A vida é um 'caldeirão fervilhando, resultando em encantamentos, magias..., enquanto bruxas criam suas receitas'. Não se tem garantias sobre 'o que os elementos jogados no caldeirão irão resultar'; coisas boas e coisas ruins podem resultar. Na realidade, o que chamamos de 'coisas boas' e o que chamamos de 'coisas ruins' referem-se, simplesmente, à predominância, do bem ou do mal, pois não há separação, sendo, sempre, uma e mesma coisa, como 'extremidades alcançadas por um pêndulo movendo-se'. Não há como furtar-se a isto: a vida pode ser mais ou pode ser menos saborosa à medida em que, a pessoa, experimenta coisas amargas, e vice-versa.
O novo -independentemente de positivo ou negativo- só pode vir mediante o choque de realidades que, em alguma medida, sejam opostas."
Renovação
A Páscoa é um tempo de renovação,
Mas que renovação é essa afinal?
Se a vida é só sofrimento e aflição,
E a morte é inevitável e fatal?
Entre a luta do bem contra o mal,
Não há esperança de paz e união,
A vida é um eterno carnaval,
Onde impera a dor e a desilusão.
Mas eu não me curvo ao desespero,
Nem desisto da luta interior,
Acredito que há um caminho certo,
Através da nossa evolução,
Podemos alcançar a nossa redenção,
E transformar a nossa vida em luz e amor
Resplendor Divino
Em meio ao desespero,
minha emoção vacilou,
Ao me envolver com o pecado,
Meu coração de Deus, se desviou.
Como Jó, enfrentei provações,
meu espírito estava abalado,
No entanto, na hora mais escura,
Minha fé permaneceu inabalável.
Em meio ao sofrimento,
na palavra, encontrei a luz,
Um vislumbre da graça divina,
Em meio ao caos, reluz.
Em meu quebrantamento,
a presença de Deus habitou,
E desprovida de todo ressentimento,
minha alma consolo encontrou.
Em momentos de desespero,
clamei com fé em oração,
Buscando conhecimento e conforto,
para suportar minha aflição.
E na quietude, eu senti
Seu abraço precioso,
Um bálsamo calmante,
um toque divino e glorioso.
Embora as provações persistissem,
meu espírito encontrou alento,
Pois nas poderosas mãos do Senhor,
encontrei avivamento.
Através das adversidades,
Seu nome foi glorificado,
Um testemunho de Seu poder,
Foi em minha vida identificado.
Como Jó, eu questionei,
Mas, na rendição, minhas dúvidas transformadas,
O sofrimento eu suportei,
E minhas feridas foram por Ele, curadas.
Pois seus caminhos são misteriosos,
além de nossa percepção,
Mas quando confiamos em seu poder,
Ele consola nosso coração.
Um farol de esperança,
onde a fé foi amplificada.
Nas profundezas da minha dor,
Sua misericórdia foi revelada.
Enquanto eu cantava louvores,
Seu amor se desdobrou,
Pois como Jó, em meio ao sofrimento,
Sua graça me alcançou.
Entre o amor e a morte, tenho medo do amor pós Jesus ensinou que o amor e eterno e quando não correspondido deixa marcas eternas, a morte é apenas um sono profundo.
A INEVITABILIDADE
A vida, um palco iluminado sem luz
Um amanhecer obscuro
Um falso sol "entardescente" com sinfonia de morte
A queda que deveria fortalecer, renascer, vem juntamente com um ciclo vicioso, sem sentido, com múltiplas quedas a seguir.
Nascer para morrer
Levantar para decair
Sorrisos que "sobreescrevem" a dor, tentando mascarar aquilo que jamais será esquecido, superado.
Chorar lágrimas diamantadas
Um riso que tenta editar uma chuva de dor
Olhar sincero de quem não tem nada a perder, de quem não pretende seguir adiante
Pois, é isso!
O dançar sem música, na valsa do desfiladeiro da inevitabilidade da vida, a morte.
(A.C) -> 22/08/2024
Às vezes precisa doer de um jeito para você não se permitir passar pelo mesmo processo novamente. Porém, deve cuidar para que isso torne um ícone de superação e não um trauma.
Às vezes sofremos e nem ao menos sabemos o porquê de nossas dores. Possuímos dívidas com a humanidade e consigo mesmos. Porém, antes de ajudar alguém, precisamos aprender a ajudar a nós mesmos, primeiro, conhecendo a si próprio. E para isso ser possível é necessário retirarmos a nossa armadura, nos desprendendo das amarras do orgulho, ego e medo. E quando aprendemos a nós conhecermos de verdade, passamos a compreender o sentido de nossa existência, e assim sentimos nosso fardo se torna mais leve de se carregar e assim seguimos nossas vidas com mais leveza e sabedoria.