Recordações
Nunca estou só.
Tenho minha companhia,
De minhas recordações,
Da família,
E, principalmente,
De Deus.
DE SAUDADES MORRO
Eu senti uma saudade que renderam
sutis recordações ao coração, coitado
e que, doído, assim, se viu assustado
contra mim sofreguidão arremeteram
Me vi na solidão do que prometeram
um prosar do meu destino já cansado
e que, aqui pelas bandas do cerrado
pesar nos versos que um dia elevaram
Remédio ao mal que sofro, sem pista
cresce a dor, no engano então presente
no rendido suspiro: que pede socorro...
Assim, vejo que não há como resista
toda lembrança na saudade presente
E, de lembrar-te, de saudades morro!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
2021 maio, 22, 11'09" – Araguari, MG
Se um dia teve recordações não saudáveis em um relacionamento,então não foi amor, foi apenas escravidão de um momento de fraqueza.
Ah, as recordações! Sou capaz de ficar horas e horas olhando cada coisinha que está no backup, dando risadas do que já se passou e vendo quantos acontecimentos que pareciam impossíveis de superar, eu superei. Sou incrivelmente grata pelas fotos que tirei e pelos vídeos que gravei, pois eles fazem-me lembrar do quão bom foram momentos que minha memória já não recordava mais. Ser o que sou hoje só é possível graças aos momentos que vivi. O que é ruim não esquecerei, mas também não ficarei torturando-me.
Tudo o que eu disse até agora faz com que me lembre da frase de Bruno Razzec que li alguns meses atrás: "quando a gente começa a se amar, vai dando uma preguiça de sofrer pelos outros". Eu a tenho como uma verdade. Tudo que já vivi deixa explícito que meu sofrimento não merece vir a toma por "qualquer coisa", mesmo, às vezes, ele fazendo totalmente o contrário. Para alguns, pode parecer egoísmo, para outros como eu, soa como uma conquista. O amor próprio é uma conquista, assim como dizer "não" com a mesma naturalidade que se diz "sim".
Fiquei muito feliz ao perceber que sinto essa preguiça. Ela é libertadora. Ela faz com eu encare o fim sem culpa. Ela deixa-me usar pontos finais, quando as vírgulas já estão cansadas. Sofrer pelo outro faz-me vulnerável. E o meu eu vulnerável se prende à migalhas, cuja minha fome não matam, pois tenho certa gula quando o assunto é felicidade. Deveríamos sentir por nós o mesmo desvelo que sentimos pelos que insistem em fazer as malas, e desfazem após nossas súplicas. Na verdade, deveríamos sentir um desvelo superior por nós. Não digo que não deva insistir, porém só o faça se não for um ato contra o seu próprio ser.
Ainda vejo nossas fotos penduradas no mural do meu quarto. Elas me trazem recordações importantes, É deplorável como a vida nos traça modos de ir e vir.
Você, se foi (...)
Ao tocar em suas fotos, resplandece apenas a memória do seu cheiro; leve, adocicado como chá de alecrim nas manhãs frias e incrivelmente, confortável.
São inúmeras as noites em que me desperto, e me lamento de tê-lo perdido. Inúmeras as noites que me revesti de choro e pranto em sentir a minha cama vazia, e não poder tocá-lo. Ainda, quando fechos os meus olhos, me lembro dos seus; claros como o azul do horizonte marítimo, em que flameja vida, amor e um suspiro de paz.
Quem vai me olhar dormir? Quem segurará as minhas mãos? A forma como que pegava na minha mão, somente você sustentava, e me fazia sentir segurança. O que sou sem você? Estou velejando sob o reflexo dos seus olhos, na esperança de um dia tê-lo comigo de novo.
(…)Um dia você sai de casa. Leva a caixinha de recordações com fotos, bilhetes, coisas importantes. E sai tentando achar seu lugar no mundo, tentando se encontrar, tentando pelo menos buscar alguma coisa, nem que essa coisa não tenha nome, nem que você não saiba ao certo para qual lado seguir. Mas você vai, pois sabe que é preciso virar adulto, ganhar o mundo, caminhar, caminhar, caminhar.
Às vezes você se machuca e acha que era bem mais fácil ser criança, pois era tão cômodo aquele tempo em que voltava correndo para casa, chorando, dizendo manhê-briguei-com-a-minha-amiga-na-escola. Então, você descobre que cresceu, que tem roupa pra lavar, tem casa pra cuidar, tem uma vida pra tocar. E isso tudo só depende de você. É você e você mesmo. Você e seus fantasmas. Você e seu anjinho. Você e seu diabinho.
Em um determinado momento, a gente começa a analisar quantas coisas boas já aconteceram. Quantas pessoas legais já passaram pela nossa vida. Quantas pessoas de verdade nos marcaram. Quantas pessoas realmente ficaram. Com quantas pessoas você pode contar, afinal, a vida é um eterno afastamento. E, mesmo que se afaste de todo mundo, você jamais pode se afastar de você mesmo.
"Como é que eu posso dizer:
O passado não traz apenas más recordações, por isso é que quando recordado, dá uma tremenda vontade de lá de novo estar..
E eu...
Sempre terei vontade de lá voltar..."
A morte desperta em nós lembranças efusivas, recordações íntimas. Desperta em nós o quanto somos vulneráveis a cada momento que passa.
Saudade é um punhado de recordações aromatizadas pelo passado no eclipse crepuscular do pensamento.
Santas Lembranças
Tantas recordações
Muitas crianças
Em tantas evoluções
Santas Palavras de Jesus
Do Céu Eternamente a Brilhar
No meu coração clareia e reluz
Ao pensamento sempre Consagrar
Consagrar o Eterno Sacrossanto Ensino
Que vem do Mestre do Saber
O Mestre Divino ensina
Mas o povo não quer compreender
Os avisos e as Santas orientações
Para sempre quero aprender
Norteiam nossas atitudes e ações
No caminho para me desenvolver
Hoje eu completei aquele album
Recordações impostas para sociedade
Dentro de nós, existem belas cidades
Portando belas maravilhas, maravilhada
Não sou bem um Percy Jackson
Mas querem surfar na minha onda
Cuja mesma tu ja és yara
Me hipnotize com seu timbre
Somos meditação para os estressados
Nossos risos cicatrizam feridas intensas
Nossas ditas curam ressacas dosadas
Na intensidade tome um Jack
Coloque nossa playlist sensual
Pra que possamos libertar idéias pesadas.
Recordações que abusam de seu folego é uma constante em nossas vidas, roubando nossa paz e trazendo turbulências indesejadas, algo que insistentemente se repeti no salão de nossas lembranças, pois infelizmente não possuímos as chaves para tranca-las..
“Afundei no oceano
nossas recordações e momentos
pra tentar te esquecer.
Mas o tom azul
o cheiro da praia e as ondas do mar
me trouxeram você.”
A melhor coisa das viagens, é lembrá-las...
Principalmente quando as recordações são boas...
E o lugar realmente valeu a pena...
Principalmente como estamos agora, quando viajar é
algo desaconselhável, em nome do bom senso, que nem todos tem,
pois parece que bateu o desespero para viajar agora...
Osculos e amplexos,
Marcial
Texto escrito depois de um passeio que deixou saudade, em 11/2004,
quando este texto foi escrito...Era outra época, sem pandemia...
HAJA SAUDADE LEMBRANDO PARATY
Marcial Salaverry
Uma viagem a uma cidade como Paraty, tem que ser encarada sob diversos pontos de vista, pelo muito que se há para ver, e tudo de uma beleza impar. Um espetáculo agradável para os olhos. A cidade propriamente dita, é toda ela uma autêntica memória viva. Principalmente o chamado “Centro Histórico”. É bem o centro da cidade mesmo, e em tudo e por tudo, é um mergulho em nossa história.
Antes que a ganância imobiliária transformasse tudo aquilo em prosaicos e confortáveis “boulevards”, para gáudio apenas dos turistas consumistas, o Condephaat houve por bem promover o tombamento de todo aquele casario, bem como a conservação do calçamento em pedras, (chamada de “pedras pé de moleque”) que já é uma autentica relíquia histórica. Pouco confortável para quem percorre suas ruas, mas vale a pena faze-lo. Vale a pena ver e procurar mergulhar nas histórias, e muitas estórias que existem. Não se sabe onde termina a história do que realmente aconteceu, das estórias criadas em torno do que é real. Mas é verdadeiramente fascinante escuta-las todas, seja através dos guias de turismo, seja através dos habitantes.
É interessante ouvi-las in loco. Uma das mais peculiares, fala da noiva que morreu na hora do casamento, e o noivo sonhou que estava viva e quis abrir o caixão, o que foi recusado. Anos depois, o tumulo foi aberto, e notaram horrorizados, que a moça estava com o braço do lado de fora do caixão. História? Estória? Sabe-se lá...
Outro detalhe interessante pode-se notar no meio fio, pois existe um desnível vindo dos dois lados da calçada para o meio da rua. Existem duas explicações, ambas plausíveis, pois uma fala que é para o escoamento natural da subida da maré, que sempre invade esse lado da cidade, e outra, para o escoamento das águas servidas, pois em priscas eras não havia serviço de esgoto. Atualmente sente-se apenas o cheiro de maresia, mas antes...
A chamada cidade nova, tem tudo o que se pode encontrar em cidades voltadas ao turismo, ou seja, pousadas e mais pousadas, hotéis, shopping, etc... Mas o verdadeiro comércio de Paraty está nas lojinhas da cidade histórica, sendo aquele algo mais que atrai os turistas, sempre os chamando para visitas constantes apesar do desconforto de se andar por lá. São centenas de pequenas lojas, com tudo que se possa comprar, ou quase tudo.
Paraty não dispõe de praias para banhos de mar. Para tanto, será necessário o “sacrifício” de procurar as praias das muitas ilhas que existem por lá. Com praias verdadeiramente paradisíacas. Será preciso uma estadia muito longa, ou muitas estadias pequenas, para conhecer a todas.
A Natureza exige um capítulo à parte. Não apenas a beleza que rodeia o lugar, e é visível sem sair da cidade. O sol dá um show especial, corroborado por sua amante eterna, a lua, que não lhe fica atrás em beleza. Mas isso, pode-se dizer que pode ser visto em outros locais. Mas Paraty tem um certo clima que nos envolve numa aura de romantismo.
Mas o passeio de barco, que leva o dia todo, com delicioso almoço a bordo, é algo inesquecível. Não apenas pelo passeio em si, que agrada até mesmo a quem tem medo do mar, pois as águas da baía são super calmas. Até demais para meu gosto, pois sempre prefiro sentir o balanço do mar, mas nem todos pensam da mesma maneira. Mergulhar naquelas águas plácidas e frias, dá um prazer enorme, pois faz quase que uma lavagem em nossos problemas. Ficar boiando, apreciando o céu de um azul incrível, pássaros voando, e de vez em quando um mergulho para visitar os peixinhos, é bom demais. E mergulhar ao lado de incontáveis peixinhos multicores que chegam a mordiscar nossa perna em busca de alimento, é verdadeiramente inenarrável. Há que faze-lo.
O visual das ilhas é um encanto para os olhos. E as histórias e estórias que as envolvem, são um deleite para os ouvidos e para a imaginação. A maioria delas é de propriedade de pobres milionários, que as adquiriram em operações (consta que em sua maioria produtos do famoso Caixa 2) envolvendo milhões de dólares, e construíram casas que são autenticas fortalezas, e sempre no meio das ilhas, para melhor defesa do território, e para fugir da curiosidade popular. A visitação é proibida, pois fazem questão de manter sua privacidade, o que não se pode discutir. Qualquer um faria o mesmo. Até a famosa “Ilha de Caras” só permite acesso com credenciamento.
Essa é a Paraty que vi. Deixo de citar detalhes históricos, quase sempre enfadonhos, pois podem ser encontrados seja na leitura dos folhetos, distribuídos à vontade, seja em sites da Internet.
Pretendo voltar por lá, para ter novamente aquele LINDO DIA, que desejo a todos... Estive lá em 11/2004, quando escrevi esta cronica, e ainda pretendo voltar... Quem sabe um dia... Mas agora, não dá... O bom senso recomenda não viajar, por causa de um certo bichinho que já está famoso...
Abra o baú de recordações e deixe sair todo o sentimento impuro que ao longo da jornada fez morada em seu coração!
Em breve partirei
Não quero recordações
Não quero lamentações
Me deixe partir sem rancor,ódio e tristeza.
Me deixe partir sem lágrimas nos olhos.
Me deixe partir com alegria.
Apenas me deixe partir sereno e pleno.
Em breve partirei
Poema de Neilton Silva Nogueira.
Segunda-feira, começo de semana, bom para arrumar as gavetas das recordações e regar os melhores sentimentos, agradecer à vida e remar sempre em direção a dias melhores, vamos que vamos 🤞🏻💖
"Prefiro dormir com recordações boas ou, até mesmo, desagradáveis do que acordar e passar o dia só sonhando."