Recordações
"Quero me banhar num mar de emoção,que emana do coração,com a certeza de boas recordações.Quero a natureza ajudar a preservar,com atitudes simples que qualquer um pode tomar,sem prejuízo para futuras gerações!".
(Rodrigo Juquinha)
Se um dia teve recordações não saudáveis em um relacionamento,então não foi amor, foi apenas escravidão de um momento de fraqueza.
Ah, as recordações! Sou capaz de ficar horas e horas olhando cada coisinha que está no backup, dando risadas do que já se passou e vendo quantos acontecimentos que pareciam impossíveis de superar, eu superei. Sou incrivelmente grata pelas fotos que tirei e pelos vídeos que gravei, pois eles fazem-me lembrar do quão bom foram momentos que minha memória já não recordava mais. Ser o que sou hoje só é possível graças aos momentos que vivi. O que é ruim não esquecerei, mas também não ficarei torturando-me.
Tudo o que eu disse até agora faz com que me lembre da frase de Bruno Razzec que li alguns meses atrás: "quando a gente começa a se amar, vai dando uma preguiça de sofrer pelos outros". Eu a tenho como uma verdade. Tudo que já vivi deixa explícito que meu sofrimento não merece vir a toma por "qualquer coisa", mesmo, às vezes, ele fazendo totalmente o contrário. Para alguns, pode parecer egoísmo, para outros como eu, soa como uma conquista. O amor próprio é uma conquista, assim como dizer "não" com a mesma naturalidade que se diz "sim".
Fiquei muito feliz ao perceber que sinto essa preguiça. Ela é libertadora. Ela faz com eu encare o fim sem culpa. Ela deixa-me usar pontos finais, quando as vírgulas já estão cansadas. Sofrer pelo outro faz-me vulnerável. E o meu eu vulnerável se prende à migalhas, cuja minha fome não matam, pois tenho certa gula quando o assunto é felicidade. Deveríamos sentir por nós o mesmo desvelo que sentimos pelos que insistem em fazer as malas, e desfazem após nossas súplicas. Na verdade, deveríamos sentir um desvelo superior por nós. Não digo que não deva insistir, porém só o faça se não for um ato contra o seu próprio ser.
"Voltando nossa mente ao passado encontramos recordações boas e ruins, as boas devemos tentar absorver e repetir os bons momentos vividos, já as ruins devemos só lembrar como experiências de aprendizagem e maturidade de vida."
A melhor coisa das viagens, é lembrá-las...
Principalmente quando as recordações são boas...
E o lugar realmente valeu a pena...
Principalmente como estamos agora, quando viajar é
algo desaconselhável, em nome do bom senso, que nem todos tem,
pois parece que bateu o desespero para viajar agora...
Osculos e amplexos,
Marcial
Texto escrito depois de um passeio que deixou saudade, em 11/2004,
quando este texto foi escrito...Era outra época, sem pandemia...
HAJA SAUDADE LEMBRANDO PARATY
Marcial Salaverry
Uma viagem a uma cidade como Paraty, tem que ser encarada sob diversos pontos de vista, pelo muito que se há para ver, e tudo de uma beleza impar. Um espetáculo agradável para os olhos. A cidade propriamente dita, é toda ela uma autêntica memória viva. Principalmente o chamado “Centro Histórico”. É bem o centro da cidade mesmo, e em tudo e por tudo, é um mergulho em nossa história.
Antes que a ganância imobiliária transformasse tudo aquilo em prosaicos e confortáveis “boulevards”, para gáudio apenas dos turistas consumistas, o Condephaat houve por bem promover o tombamento de todo aquele casario, bem como a conservação do calçamento em pedras, (chamada de “pedras pé de moleque”) que já é uma autentica relíquia histórica. Pouco confortável para quem percorre suas ruas, mas vale a pena faze-lo. Vale a pena ver e procurar mergulhar nas histórias, e muitas estórias que existem. Não se sabe onde termina a história do que realmente aconteceu, das estórias criadas em torno do que é real. Mas é verdadeiramente fascinante escuta-las todas, seja através dos guias de turismo, seja através dos habitantes.
É interessante ouvi-las in loco. Uma das mais peculiares, fala da noiva que morreu na hora do casamento, e o noivo sonhou que estava viva e quis abrir o caixão, o que foi recusado. Anos depois, o tumulo foi aberto, e notaram horrorizados, que a moça estava com o braço do lado de fora do caixão. História? Estória? Sabe-se lá...
Outro detalhe interessante pode-se notar no meio fio, pois existe um desnível vindo dos dois lados da calçada para o meio da rua. Existem duas explicações, ambas plausíveis, pois uma fala que é para o escoamento natural da subida da maré, que sempre invade esse lado da cidade, e outra, para o escoamento das águas servidas, pois em priscas eras não havia serviço de esgoto. Atualmente sente-se apenas o cheiro de maresia, mas antes...
A chamada cidade nova, tem tudo o que se pode encontrar em cidades voltadas ao turismo, ou seja, pousadas e mais pousadas, hotéis, shopping, etc... Mas o verdadeiro comércio de Paraty está nas lojinhas da cidade histórica, sendo aquele algo mais que atrai os turistas, sempre os chamando para visitas constantes apesar do desconforto de se andar por lá. São centenas de pequenas lojas, com tudo que se possa comprar, ou quase tudo.
Paraty não dispõe de praias para banhos de mar. Para tanto, será necessário o “sacrifício” de procurar as praias das muitas ilhas que existem por lá. Com praias verdadeiramente paradisíacas. Será preciso uma estadia muito longa, ou muitas estadias pequenas, para conhecer a todas.
A Natureza exige um capítulo à parte. Não apenas a beleza que rodeia o lugar, e é visível sem sair da cidade. O sol dá um show especial, corroborado por sua amante eterna, a lua, que não lhe fica atrás em beleza. Mas isso, pode-se dizer que pode ser visto em outros locais. Mas Paraty tem um certo clima que nos envolve numa aura de romantismo.
Mas o passeio de barco, que leva o dia todo, com delicioso almoço a bordo, é algo inesquecível. Não apenas pelo passeio em si, que agrada até mesmo a quem tem medo do mar, pois as águas da baía são super calmas. Até demais para meu gosto, pois sempre prefiro sentir o balanço do mar, mas nem todos pensam da mesma maneira. Mergulhar naquelas águas plácidas e frias, dá um prazer enorme, pois faz quase que uma lavagem em nossos problemas. Ficar boiando, apreciando o céu de um azul incrível, pássaros voando, e de vez em quando um mergulho para visitar os peixinhos, é bom demais. E mergulhar ao lado de incontáveis peixinhos multicores que chegam a mordiscar nossa perna em busca de alimento, é verdadeiramente inenarrável. Há que faze-lo.
O visual das ilhas é um encanto para os olhos. E as histórias e estórias que as envolvem, são um deleite para os ouvidos e para a imaginação. A maioria delas é de propriedade de pobres milionários, que as adquiriram em operações (consta que em sua maioria produtos do famoso Caixa 2) envolvendo milhões de dólares, e construíram casas que são autenticas fortalezas, e sempre no meio das ilhas, para melhor defesa do território, e para fugir da curiosidade popular. A visitação é proibida, pois fazem questão de manter sua privacidade, o que não se pode discutir. Qualquer um faria o mesmo. Até a famosa “Ilha de Caras” só permite acesso com credenciamento.
Essa é a Paraty que vi. Deixo de citar detalhes históricos, quase sempre enfadonhos, pois podem ser encontrados seja na leitura dos folhetos, distribuídos à vontade, seja em sites da Internet.
Pretendo voltar por lá, para ter novamente aquele LINDO DIA, que desejo a todos... Estive lá em 11/2004, quando escrevi esta cronica, e ainda pretendo voltar... Quem sabe um dia... Mas agora, não dá... O bom senso recomenda não viajar, por causa de um certo bichinho que já está famoso...
Abra o baú de recordações e deixe sair todo o sentimento impuro que ao longo da jornada fez morada em seu coração!
A morte desperta em nós lembranças efusivas, recordações íntimas. Desperta em nós o quanto somos vulneráveis a cada momento que passa.
Saudade é um punhado de recordações aromatizadas pelo passado no eclipse crepuscular do pensamento.
À vezes nos pegamos vagando pelo passado, de onde boas recordações superam as más, porém as más são como um balde de água fria sobre nós, numa manhã de inverno.
Para que nos blindemos de tais circunstâncias, devemos deixar o passado no passado, de onde ele nunca deveria ter saído.
Se insistirmos em cultuar um passado infeliz, nem teremos chance de nos localizarmos num futuro.
Poderemos tirar proveito sobre este episódio, pela experiência positiva ou pelo sofrimento, a escolha será sempre nossa.
Nós só dependemos de nós mesmo para uma mudança, pois se permanecermos tropeçando sempre na mesma pedra, sem encontrar outro caminho, ela irá rolar conosco precipício abaixo.
(Teorilang)
Será que o desgaste da memória me vai deixar sem recordações? Neste pensar é como se tudo me estivesse fugindo das mãos! As feições perderam o desenho... é difícil a inexorável passagem do tempo!
Recordações
" Dentro do turbilhão de ideias, fatos e acontecimentos que encontramos nos escaninhos de nossa mente, existe uma coisa que nada destrói: a recordação de um passado distante. Os acontecimentos de ontem se esvaem de um cérebro cansado, porém as imagens de nossos primeiros passos, ficam gravadas indelevelmente em um ponto intocável do pensamento" Sinceramente nem sei como iniciar, não consigo uma forma, talvez a emoção e a expectativa de uma nova realização. Consciente de que " A Mulher forte não é aquela que encontra sempre rosas em seu caminho e sim aquela que as semeia" aqui estou eu, tentando passar para os leitores o que mais profundo trago na alma, âmago coração.
Vivemos de recordações e memórias.
Estas, que foram em tempos, momentos partilhados, com amor e carinho, por pessoas unidas e companheiras. Grandes Seres Humanos portadores de tantas vivências e histórias outrora vividas. E que histórias! De arrepiar e da mais pura humildade.
Hoje tudo é supérfluo... Antigamente tudo era tão diferente..
Mas nós aprendemos muito com estas histórias de vidas agrestes e árduas... Porque temos de aprender a dar valor a tudo o que temos... Se hoje temos foi porque alguém já sofreu para isso.
Às vezes pensamos em tudo menos nestas tristes e reais situações que os nossos familiares passaram.
Infelizmente a vida é efémera... Esta é a certeza. A grandeza do espírito é eterno... Esta é outra certeza... Uma opinião que vale o que vale...
Vivemos de momentos que depois passam a ser recordações.
Vivemos num corpo que não é nosso. Passa a ser pó... O que é eternamente nosso é a alma, o espírito... O que nos faz levitar... O que nos transforma em seres humanos.... O que nos faz sonhar com a chegada ao paraíso! A passagem é dura, com turbulências, com feridas que nos marcam o corpo, com peripécias inesperadas.... Tudo isto fica nesta terra..... Cuidar da alma é afinal o sentido da vida.
Um dia, um lugar, uma esperança, várias recordações.
Me recordo do dia que o sol sorriu para mim. Ah! Que dia inesquecível.
O tempo não passava , podia sentir a brisa suave.
Ele nunca esteve tão presente em minha vida, eu realmente o descobrir.
Um dia para recordar
Uns trazem o colorido, outros o crepe da dor. Outros o violáceo das recordações saudosas, outros o róseo das primaveras saboreadas vida afora...
Talvez -
Talvez,
quando tudo,
de fato,
for apenas mais uma das
suas muitas recordações
adolescentes,
perdidas na memória,
talvez (num dia qualquer),
você vai me ler, se ver
e chorar.
E então vai sorrir...
Sabendo que foi
minha grande inspiração,
sendo minha melhor
lembrança,
e minha maior
saudade.
(Talvez).