Recordação

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"Só entendemos a magia da infância quando nos tornamos adultos."
(J. M. Jardim)

Espero que o tempo possa curar essa dor.
Quando lembrar de mim, lembre que ainda te amo.

Um cravo faz sempre falta a uma rosa....cuidemos do amor até alcançar a felicidade e o tempo encherá de aroma de jasmim os nossos corações incendiando as nossas recordações.

"Vem-me, não sei porquê, uma angústia recente,
Uma névoa de sentimentos de tristeza
Que brilha ao sol das minhas angústias relvadas
Como a primeira janela onde a madrugada bate,
E me envolve com uma recordação duma outra pessoa
Que fosse misteriosamente minha". (Ode marítima)

Fotografias! Elas aparecem do nada e te faz lembrar do passado, elas podem estragar, podem desbotar, mas as lembranças ainda ficam vivas!

'' As vezes o Passado e o Futuro são mais presentes do que você imagina''

Cada fase de nossa vida nos deixam uma recordação, sejam boas ou ruins.
Tenho muito a contar do passado, e quero registrar o presente bem melhor para no futuro eu mudar de opinião.

Minha terra, richiamo

Ah! Quem há de gabar, recordação impotente e escrava
O que o presente diz, o que a saudade escreve?
- Cutucas, sangras, pregadas nas lembranças, e, em breve
Olhas, desfeito em espanto, o que te encantava...

Passou, andou, e é num veloz turbilhão, a ilusão forjava;
Ilusões. Um dia na inocência, hoje já não mais serve,
A forma, e a realidade espessa, a lembrança leve,
De pureza, canduras, numa quimera que voava...

Quem a prosa achará pra poetar o conteúdo?
Ai! Quem há de falar as saudades infinitas
Do ontem? e as ruas que omitem e agiganta?

E o suspiro muda! e o olhar surdo! o andar mudo!
E as poesias de outrora que nunca foram ditas?
Se calam nas recordações, e morrem na garganta...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
20 de janeiro, 2019
Araguari, Triângulo Mineiro.
Paráfrase Olavo Bilac

O cajueiro

O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância: belo, imenso, no alto do morro, atrás de casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu.

Eu me lembro do outro cajueiro que era menor, e morreu há muito mais tempo. Eu me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-são-jorge (que nós chamávamos simplesmente “tala”) e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, “beijos”, violetas. Tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao lado de casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.

No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos, trêmulo de sanhaços. Chovera; mas assim mesmo fiz questão de que Carybé subisse o morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras terras um parente muito querido.

A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira; e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa. Diz que passou o dia abatida, pensando em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram; mas depois foram brincar nos galhos tombados.

Foi agora, em setembro. Estava carregado de flores.

Para uns somos Recordações e para outros somos Saudades.

Antonio S. Sousa

Eu vou mudar minha vida , quero retirar dela tudo que me traz mágoas e tristes recordações.
Quero me tornar mais forte ainda para olhar o horizonte com a certeza que nada mais vai me machucar.
Chega de lágrimas, desilusões, e noites mal dormidas.
Afinal , isso tudo que nos acontece no dia a dia , é apenas uma forma que Deus usa para nos ensinar que o que vale a pena realmente é estar em Paz com nossa conciência porque tudo passa, nada é ou será eterno.
Nem a Vida é...
Um dia estarei presente apenas na lembrança de quem me conheceu, conviveu comigo e me aceitou como realmente fui e mesmo as lembranças ,serão pequenas recordações que não mudarão em nada a vida de quem a leva.
E se até tudo isso acabar , alguém me ferir , podem ter certeza, não vai doer!
Não mais...
18/01/2016

DIVAGAÇÕES

De janela aberta
Em plena madrugada,
Ouço a chuva amena
Que me traz recordações:
Recordações de hoje
De ontem
Da infância
Do ventre materno
De outras vidas.

São tantas e tão confusas
Que já não sei
Se são minhas só;
Ora sou um menino,
A correr descalço
Pelas ruas da infância;
Ora sou um romano
Das conquistas galenas;
Ora sou um velho
Curvado sobre o cajado,
Contando aventuras
Que já viveu;
Ora sou um animal selvagem
A dominar seu reino;
Ora sou um penhasco
Avançado sobre o mar;
Ora sou o próprio mar,
A multiplicar mil vidas.
Pelos três reinos me vejo passar:
Como uma semente,
Uma flor,
Um cetáceo;
Como um menino,
Um homem,
Um deus.
Como uma chama a iluminar
A noite que se acabou!

Quem guarda recordações felizes de sua infância estará salvo para sempre.

Hesitas

Quando é, dormindo, será dia?
Quando é, noite, serei recordação?
Eu alma, a minha alma, fria
Alheio o pulsar do coração
Não sei, nada sei desta arrelia
Ou se despertarei da escuridão
Onde terá sol, ou terá só magia
E se assim, acordado, serei são

Planeja o tempo, o fado em parceria
Passará a dúvida, serei oração
E nesta angústia que me agonia
Serei curiosidade sem revelação
E na velocidade vem a vida, ironia
Descendo as ladeiras da vitalidade
Inspirando hesitas na minha poesia
De uma única certeza, um dia. Sem ser brevidade!

Luciano Spagnol

Ouço passar o vento e ele me traz recordações da infância. Que saudade daquele tempo onde tudo era tão simples, tão inocente. Ah menina! Se hoje pudesse voltar e te dar um conselho, diria: acalma-te, escuta o vento, diminui o passo, caminha sem pressa e vai de encontro a tua felicidade.

Tudo o que eu queria era esquecer. Mas mesmo quando eu pensei que tinha, as recordações continuavam emergindo, como pedaços de madeira que bóiam até a superfície depois de um naufrágio.

Deixe-me entrar em sua mente e carne.
Deixarei de mim tatuado
na alma uma recordação indelével!

Enfim é Natal! Para muitos data de festividades, para outros data de recordações daqueles que já se foram.
Não importa como será o seu natal. Apenas extraia deste dia, a essência do verdadeiro simbolismo natalino.

Natal não é um momento nem uma estação, é um estado de mente em perfeita harmonia com a emoção.

É enaltecer sua fé, ainda que sozinho com aquele que um dia foi nossa salvação. FELIZ NATAL

RECORDAÇÕES

Pela janela do ônibus vislumbro a velha rua da minha infância,

As casa, as calçadas de cimento partido, tudo como antes...

Sem grandes mudanças, a não ser as pequenas árvores, que cresceram

Os antigos amigos e as brincadeiras que também se foram,

Mas há outras crianças brincando, nas mesmas ruas que brinquei.

A velha casa lá... batida pelo tempo, mas em pé, assim, como eu, marcada

Pela vida, mas vivendo cheia de lembranças.....

O ônibus vai passando e eu recordando.

O tempo bom, a vida sem problemas, a felicidade inocente do primeiro amor,

Passo no ônibus pela minha antiga rua.

E vou passando pela minha vida, levando lições amargas, mas também muitas lembranças boas das coisas e pessoas que vieram e passaram…

E levo comigo a esperança de coisas novas e boas que ainda virão…

"Não ande apenas por lugares que já conhece, eles só lhe trarão recordações. Tente buscar novos caminhos, poderá colher muitas flores."