Recordação
Cada pessoa que passa em nossas vidas deixa recordações inesquecíveis. O mundo precisa das melhores recordações, vindas da pureza de nossos corações. Temos mais a ganhar. Que possamos abrir nossos corações para a bondade, para os ensinamentos que Deus nos deixou: Amarás a teu próximo como a ti mesmo. Que assim seja! Quem sabe assim o mundo seria (será) bem melhor.
As recordações, não comem suspiros
não fumam cigarros,
Nem acenam dizendo adeus..
Ah..
as recordações,
não se olham..
não se tocam..
nem se beijam..!
..
Algumas recordações nos trazem os sorrisos mais límpidos e sinceros que existem na alma. Alguns carinhos nos confortam e algumas palavras simplesmente nos abraçam e acolhem! E eu, do lado de cá, é claro que sorrio agradecendo por tantas bençãos que me rodeiam.
Recordação, máquina do tempo incrível, a vontade de voltar é seu combustível,
Formada por partes de boas vivências cativas, partilhadas, é aprazível, demais apreciada.
Excelente para o Passado viajar,fazer uma visita,
não para ficar,
No que passou, não se deve permanecer, mas o passeio necessário para não esmorecer, lembrar de ser grato e seu entusiasmo manter
E para embarcar nesta emoção é preciso zelar, cuidar de sua manutenção.
Em Julho/2003, uma erupção destruiu um local que me deixou lindas recordações...
Passei lindos dias na região do Kivu, e lembro-me desses momentos lá vividos...
Ósculos e amplexos,
Marcial
CERTAS LEMBRANÇAS DA ÁFRICA
Marcial Salaverry
Este não é um capítulo de Um Brasileiro na África que, fugindo de alguma mamãe hipopótamo furiosa, apareceu aqui. Foi algo acontecido um bom tempo depois de eu ter voltado do Congo, mas atingiu diretamente minhas recordações.
Simplesmente, mais ainda do que as mazelas provocadas pelos governantes do Congo que se esmeram em cometer barbaridades, mais ainda do que as atrocidades que o próprio povo comete, em suas ridículas guerras raciais, vi algo que me entristeceu muito. Vi a Natureza cometer algo que pode ser chamado de crime, e um crime cometido pela Natureza é realmente entristecedor. Talvez tenha sido apenas uma reação, ou um aviso para os homens de que também ela sabe punir e se defender.
Lembrando que no livro UM BRASILEIRO NA ÁFRICA existe um capitulo que fala sobre a estadia no Kivu, quando narrei a travessia do Lac Kivu, e tentei descrever as belezas da cidade de Goma, que era um pequeno pedaço de paraíso, encravada no meio da selva africana. Pois bem, a Natureza resolveu acabar com essa beleza, e para tanto, um vulcão, que estava sossegado há centenas de anos, resolveu acordar, e resolveu acabar com essa bela cidade, com essa bela região.
Pelo que vi na televisão, pouco ou nada restou dela para confirmar o que descrevi no livro, pois Goma praticamente não existe mais. O Lac Kivu onde havia depósitos de gás metano, o que proporcionava um movimento semelhante às ondas do mar, certamente não deve mais ser o mesmo. Aquela Natureza exuberante, a mata verdejante, as belas mansões que existiam às margens do lago, desapareceram no caminho da lava fumegante. Pelo que me foi dado ver, a linda Avenue du Lac com as residências de veraneio e seus maravilhosos jardins, cuidados com tanto esmero, também foi engolida pela lava.
E as maiores vítimas, os habitantes de Goma, justamente os Intore, povo de maior cultura do Congo, e os de melhor índole, sofreram prejuízos incalculáveis. Os números oficiais falam em 45 mortos, mas com certeza, como sempre, procuram tapar o sol com a peneira, pois do jeito que ficou a cidade, da maneira como a lava varreu tudo, é impossível que tenha sido apenas essa a quantidade de desaparecidos. Bom seria se reais fossem esses números. Não creio.
Bem, são coisas da Natureza. O homem comete crimes muito maiores contra ela, e de vez em quando ela resolve dar um troco, e mostra sua força, mostra que também sabe destruir. Não é tão cruel quanto o homem, que destrói deliberadamente, mas também sabe fazê-lo. Lamento apenas que uma das minhas mais caras recordações, agora seja apenas uma recordação mesmo, e o mais chato, é que nessa viagem a Goma, ao invés de fotos, tirei “slides”, e estes, sofreram a ação do tempo, e se estragaram, e
assim não tenho portanto nada que possa ser uma "recordação física".... Tenho apenas que fechar os olhos, e lembrar de quando, às margens do Lac Kivu, “matei” a saudade de Santos, ouvindo o marulhar de suas águas, movidas pelo gás metano que agora fez tudo isso. Posso também recordar a visão da janela do quarto no Hotel Edelweiss, vendo a paisagem magnífica que se descortinava e que agora não existe mais. Guenta, coração...
Bem, desculpem-me esta “explosão melancólica”, mas foi mais forte do que eu... Ao escrever este texto em julho/2003 o fiz com a mesma melancolia que agora permeia meu coração, e agora constatei que fechando os olhos, ainda vejo tudo como na época em que lá estive, nos idos de 1971...Creio que agora, (2024), Goma já deve estar reconstruída e modernizada, e espero que assim esteja, pois a região era belíssima...
E nessa esperança, desejo simplesmente que essa lembrança do que foram alguns LINDOS DIAS lá vividos possam agora trazer UM LINDO DIA rememorativo, que divido com minhas queridas amizades...
"Minhas recordações"
Aos olhos de um poeta
Ao amor de Deus
Eu descubro o mundo
E o brilho que só ele me deu
Das extensões da vida
Ao amanhecer do céu
Só és tu ô menina
A flor desenhada em meu papel
De flores em jardins
Tu fostes a que prospera-se
E com seu brilho
Sua incapacidade mataste
Em meio de chuva e sol
Seguinte em frente
Onde achou o amor
Que sempre se teve presente
Da vida banhada de flores,
Herdastes mil cores
Do tempo perdido
Mostrou seu sorriso
E no fim se tudo,
Manter-se segura
Sem mais ninguém
Somente com ternura.
R E L I C Á R I O
Ontem eu arrumei o armário.
Ontem eu revirei todo o relicário.
Recordações do nosso amor.
Você estava tão linda.
Ontem foi dia de saudade.
Ontem eu reencontrei a felicidade.
Recordações do nosso amor.
Você presente em todas as minhas canções.
Ontem eu resolvi voltar.
Ontem eu tive certeza de qual o meu lugar.
Recordações que me levam até você.
Você presente em todas as canções.
Eu decidi que vou voltar pro meu lugar.
Tantas são
As loucuras invadindo
Possuíndo meu ser
Lembranças e recordações
Inteiramente minhas
Destas vidas tão pretéritas
Algumas se perderam nas curvas
Nos fim de linhas
Por onde passei
Dei pontos finais
Nos casos e acasos
Lições eternizadas
Nos versos mais ousados
E os escrevi
Num passado remoto
Dores dilaceraram...
Retalharam minh'alma
Mas eu pedi perdão
Pedi desculpas ao universo
Meus erros crassos
E, jamais se repetirão
Nesta minha caminhada
Daqui em diante
Ponho fim a desilusão
Decreto sua extinção
Fim... que venha o amor
Regado com voraz paixão
Dando alento ao coração
Bate...bate forte no peito
Elevando a sublimação
(15/05/2019)
Quando o tempo for mais curto, desejo olhar para recordações que vivemos, e sentir orgulho de todas escolhas feitas
Preciosa recordação
de boas vivências armazenadas,
que é capaz de causar uma sensação agradável
de que a vida está sendo usada
de uma forma saudável
para a alma e para a mente,
mesmo com algumas falhas,
vivida intensamente.
TEMPOS IDOS
Não sepultes, lágrimas, o que já andado
Tem pena da recordação que sobreviveu
Eu suspiro cada detalhe que não morreu
Os quero perto, concebido, ao meu lado
Não, não desejo o sentimento enterrado
No campo ignorado e tão cheio de ilusão
Que não se soterra, assim, uma sensação
De emoção, e então, dado por encerrado
Ah! não me arranque d’alma este acalanto
Deixai-me cá no conforto que quero tanto
Sem dar adeus aos sonhos meus partidos
Ó singular amor que traz tanta imensidade
Não me abandones cá no sírio da saudade
Agoniante, ao dobre triste dos tempos idos
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 fevereiro, 2022, 12’16” – Araguari, MG
Ainda término minhas noites em pensamentos,pensamentos esses que me trazem alegria e recordações de coisas boas...
Recordação
Eu quero recordar,
Recordar aquele lugar
Tao seco e doirado
Tao belo e requintado
Como uma joia qualquer,
No peito de uma mulher.
As planícies de perder de vista
Tao cheias de vida e de alpista
Onde bandos de aves ainda voam
E nelas, azinheiras se amontoam.
Naquela terra esquecida
E de pessoas, desprovida
Separada do centro, pelo rio Tejo
Ai, que saudades, do meu Alentejo!
Por vezes fazemos uma volta a um passado
já passado e quase esquecido...
E as recordações afloram...
"Que saudade que tenho da aurora da minha vida..."
Existe a coincidencia de datas...
A foto mostra Sampa de 1952,
e o poema mostra o poeta de 1952.
E também uma poesia falando sobre o que é ser paulistano,
e quem for paulistano, que comigo concorde...
UM RETRATO DE SÃO PAULO
Marcial Salaverry
São Paulo sempre teve espírito pioneiro.
Foi daqui que sairam as Entradas e as Bandeiras,
que desbravaram o território brasileiro...
Os grandes acontecimentos, sempre tiveram
São Paulo à testa,
e isso a História o atesta.
Bandeirantes, entradistas,
e também líderes abolicionistas,
foram eminentes paulistas...
Em São Paulo sempre tramou-se a independência,
e tiveram paciência,
para esperar a hora certa...
Entre Santos e São Paulo, D. Pedro recebeu o recado fatal,
e proclamou a independência, afinal...
Assim conta a História,
e São Paulo detém esta glória,
de ter sido aqui finalmente proclamada
a Independência tão sonhada...
Marcial Salaverry
(Este poema foi escrito para o Dia da Independência, 7 de Setembro de 1952,
pelo aluno do Grupo Escolar Arthur Guimarães, Marcial Armando Salaverry,
aluno da Profª Rosina Pastore, encontrado entre algumas relíquias do passado...)
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Este, fala de nossa alma paulistana nos tempos atuais...
E assim, vamos homenagear Sampa por seu niver...
O QUE É SER PAULISTANO
Marcial Salaverry
São Paulo, cidade cosmopolita,
aqui se misturam todas as raças e credos...
Todos são paulistanos,
sejam ou não aqui nascidos,
mas que a cidade adotaram...
Para aqui vieram, e se apaixonaram,
imigrantes de todos os cantos do mundo,
e também migrantes lá do sertão,
todos, sem exceçção,
emprestando sua colaboração
para este crescimento profundo...
Paulistano é aquele que aqui veio para trabalhar,
sabendo que São Paulo não pode parar...
São Paulo não tem preconceito,
e quer de todos o respeito,
que queiram esta cidade amar,
e apenas pensem em trabalhar,
sem pensar em maldade,
apenas desejando viver em felicidade...
Que se dediquem ao trabalho de alma e coração,
esquecendo daqueles que só pensam em corrupção...
PARABÉNS SAMPA PELOS SEUS 468 ANINHOS...
De vez em quando me pego sozinha. Mas quase sempre acompanhada de minhas recordações. Elas insistem em ficar ao meu lado, haja o que houver.
Recordação
Eu as vezes fico lembrando de como nos conhecemos.
Você, cabelos curtos e lisos, calça justa, blusa solta,
uma boneca.
Teus olhos eram doces,teus cabelos castanhos.
Tamanho, eras baixinha um metro e meio talvez tivesses,
um jeito sério, mas não eras séria nunca, brincavas
muito com todos, eras social, e alegre.
Assim te vi, assim te quis, assim te quero até os dias
de hoje.
Teus cabelos,não são mais curtos,e os brancos tens que
esconder.
Baixinha ainda és, séria nunca vais ser, ainda brincas
bastante, só que agora com os netos.
Continuas social, deixastes as calças pelas saias,das blusas
ainda gostas, és linda de qualquer jeito.
O meu querer é o mesmo, acho que ainda maior,te vejo como
te via, moça de olhos meigos, amor de há muito plantado,
continuas o sonho que eu sempre quis pela vida ter levado.
E hoje juntos levamos, o que de bom pelos nossos caminhos,
foi colocado.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E