Reconhecer o Erro
A prática intensa se assemelha um pouco a explorar uma sala escura e desconhecida. Você começa devagar, esbarra na mobília, para, pensa e recomeça. Lentamente, e um pouco dolorosamente, explora o espaço repetidas vezes, prestando atenção nos erros, estendendo um pouco o alcance para dentro da sala cada vez mais, construindo um mapa mental até que você possa se mover de forma rápida e intuitiva.
"O homem não é medido por quanto tem no bolso ou por quantos bens ele tem, mas pelo caráter de reconhecer quando tá errado e pedir perdão pelos erros cometidos!"
Esperar que estejamos prontos, para podermos receber as graças pedidas e os objetivos planejados é uma tolice descabida.
Tolice essa que carrega consigo sabores amarescentes ao coração e a alma.
Ao passar dos anos, já experimentado de tantas adstringentes, vamos contornando sutilmente os novos contragostos que se apresentam avidamente em nosso caminho.
Vamos mudando o sentido mais apurado. Vamos trocando o conveniente pela saciedade de paz. E isso é tão bom de se constatar... mas constatar por si mesmo! Por seus próprios olhos e por sua própria alma...
Seres que, durante sua mocidade, se mostram tão certos e conectados com sua austera pragmaticidade, mas que enfim descobrem, mesmo que tardiamente, sua real essência e seu perfeito equilíbrio, na humildade de reconhecer que erraram... e por fim, se despem da indumentária metamorfica que lhes recobria a carne, a cara e a alma, lhes tornando derradeiramente em almas que sabem realmente de alguma coisa sobre o amor...
As vezes é deixar ir!
As vezes é só admitir o erro e morrer em paz!