Recados de Amor

Cerca de 250454 recados de Amor

Por mais dura que seja uma natureza, ela se fundirá ao fogo do Amor. Senão se fundir, é porque o fogo não é bastante forte.

Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar

A mesma grana que compra o sexo, mata o amor.
Traz a felicidade, também chama o rancor.

Senhor, neste dia em que me encontro...
Venho te pedir-te a paz, o amor, a sabedoria e a força...
Quero olhar o mundo com os olhos do amor,
Quero ser paciente, compreensivo, manso e prudente.
Quero ver além das aparências humanas,
Assim como o senhor vê,
E assim exaltar senão o bem, o amor e a paz a cada um!
Pai, protege meus ouvidos de toda a maldade,
Firma meus passos no caminho da verdade...
Que só de bênçãos se encha meu espirito e meu coração...
Que seja tão bondoso e alegre!
Que quando todos quantos se chegarem a mim...
Sintam tua afável e doce presença...
Reveste-me de tua graça!
E que no discurso deste dia eu não te ofenda e sim te revele a todos!

Sem preferências físicas ou de números. Não está faltando homem, está faltando amor.

Onde há amor... há paz.
Onde há paz... há fé.
Onde há fé, há Deus...
E onde há Deus, nada faltará!

Há um Sorriso que é de Amor
E há um Sorriso de Maldade,
E há um Sorriso de Sorrisos
Onde os dois Sorrisos têm parte.

E há uma Careta de Ódio
E há uma Careta de Desdém
E há uma Careta de Caretas
Que te esforças em vão pra esquecê-la bem

Pois ela fere o Coração no Cerne
E finca fundo na espinha Dorsal
E não um Sorriso que nunca tenha sido Sorrido
Mas só um Sorriso solitário

Que entre o Berço e o Túmulo
Somente uma vez se Sorri assim
Mas quando é Sorrido uma vez
Todas a Tristeza tem seu fim

O maior apetite do homem é desejar ser. Se os olhos vêem com amor o que não é, tem ser.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

Nota: A frase consta do livro "Poesia Completa, de Manoel de Barros, onde é identificada como uma citação de Padre Antônio Vieira.

...Mais

É impossível encontrar o amor sem perder a razão.

Chorão

Nota: Trecho da música Só os loucos sabem.

Declaração de amor

Tentei dizer o quanto te amava, aquela vez,
baixinho, mas havia uma grande berreira,
um enorme burburinho e, pensado bem,
o berçário não era o melhor lugar.

Você de fraldas, uma graça, e eu pelado lado a lado,
cada um recém-chegado, você sem saber ouvir,
eu sem saber falar.

Tentei de novo, lembro-me bem, na escola.
Um PS no bilhete pedindo cola interceptado
pela professora como um gavião.

Fui parar na sala da diretora e depois na rua
enquanto você, compreensivelmente, ficou na sua.

A vida é curta, longa é a paixão.

Numa festinha, ah, nossas festinhas, disse tudo:
"Eu te adoro, te venero, na tua frente fico mudo"
E você não disse nada. E você não disse nada.
Só mais tarde, de ressaca, atinei.
Cheio de amor e Cuba,
me enganei e disse tudo para uma almofada.

Gravei, em vinte árvores, quarenta corações.
O teu nome, o meu, flechas e palpitações:
No mal-me-quer, bem-me-quer, dizimei jardins.
Resultado: sou persona pouco grata corrido a gritos de
"Mata! Mata!" por conservacionistas, ecólogos e afins.

Recorri, em desespero, ao gesto obsoleto:
"Se não me segurarem faço um soneto"
E não é que fiz, e até com boas rimas?

Você não leu, e nem sequer ficou sabendo.
Continuo inédito e por teu amor sofrendo.
Mas fui premiado num concurso em Minas.

Comecei a escrever com pincel e piche num muro branco,
o asseio que se lixe, todo o meu amor para a tua ciência.
Fui preso, aos socos, e fichado.

Dias e mais dias interrogado:
era PC < PC do B ou alguma dissidência?
Te escrevi com lágrimas, sangue, suor e mel
(você devia ver o estado do papel)
uma carta longa, linda e passional.

De resposta nem uma cartinha
nem um cartão, nem uma linha!
Vá se confiar no Correio Nacional.

Com uma serenata, sim, uma serenata
como nos tempos da Cabocla Ingrata me declararia,
respeitando a métrica.
Ardor, tenor, a calçada enluarada...
havia tudo sob a tua sacada
menos tomada para guitarra elétrica.

Decidi, então, botar a maior banca no
céu escrever com fumaça branca:
"Te amo, assinado..." e meu nome bem legível.
Já tinha avião, coragem, brevê tudo para
impressionar você, mas veio a crise, faltou o combustível.

Ontem você me emprestou seu ouvido e na discoteca,
em meio do alarido, despejei meu coração.
Falei da devoção há anos entalada e você
disse "eu não escuto nada".

Curta é a vida, longa é a paixão.

Na velhice, num asilo, lado a lado em meio a um silêncio
abençoado direi o que sinto, meu bem.
O meu único medo é que então, empinando a orelha com a
mão, você me responda só: "Heim?"

Conto De Fadas.

Eu trago-te nas mãos o esquecimento
Das horas más que tens vivido, Amor!
E para as tuas chagas o ungüento
Com que sarei a minha própria dor.

Os meus gestos são ondas de Sorrento...
Trago no nome as letras duma flor...
Foi dos meus olhos garços que um pintor
Tirou a luz para pintar o vento...

Dou-te o que tenho: o astro que dormita,
O manto dos crepúsculos da tarde,
O sol que é de oiro, a onda que palpita.

Dou-te, comigo, o mundo que Deus fez!
Eu sou Aquela de quem tens saudade,
A princesa de conto: "Era uma vez..."

Toada do Amor
E o amor sempre nessa toada!
briga perdoa perdoa briga.
Não se deve xingar a vida,
a gente vive, depois esquece.
Só o amor volta para brigar,
para perdoar,
amor cachorro bandido trem.

Mas, se não fosse ele, também
que graça que a vida tinha?

Mariquita, dá cá o pito,
no teu pito está o infinito.

Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, C. D. Alguma Poesia, 1930

Os cegamente apaixonados que me perdoem, mas amor-próprio é fundamental!

Jamais peça para alguém amá-lo. Jamais peça para alguém admirá-lo. Amor, admiração, bem como respeito, são construídos sem pressão, no solo insubstituível da liberdade. São frutos de imagens construídas nas janelas mais íntimas do inconsciente.

Augusto Cury
"O código da Inteligência", Augusto Cury, Thomas Nelson Brasil

Mais fundamental que o amor é a liberdade! A liberdade é o alimento do amor!
O amor é pássaro que não vive em gaiola! Basta engaiolá-lo para que ele morra!
Ter ciúme é reconhecer a liberdade do amor!
O desejo de liberdade é mais forte que a paixão!
Pássaro eu não amaria quem me cortasse as asas!
Barco eu não amaria quem me amarrasse no cais!

O pecado é amor de si mesmo, até o desprezo de Deus.

Tudo pelo amor, e que se dane o mundo.

John Lennon

Nota: autoria não confirmada

Aquele amor poderia ter me matado
Como mata centenas de mulheres por aí

Certos amores não passam
De uma bomba a ser desativada a tempo

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Poesia Reunida. Porto Alegre: L&PM, 1999.

A medida do amor é não ter medida.

Santo Agostinho

Nota: Pensamento atribuído a Santo Agostinho, citado por Severo, bispo de Milevi, em carta a Agostinho, Epistola 109, e por São Bernardo de Claraval, em De Diligendo Deo. A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Victor Hugo.

...Mais

Tão logo essa palavra ''amor'' lhe ocorreu, ela a rejeitou.