Recados de Amor

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O sucesso e o amor preferem o corajoso.

A ausência é o remédio do amor.

Aprender música lendo teoria musical é como fazer amor por correspondência.

Até na pessoa mais cansada o amor é como um despertar.

O adultério é a aplicação dos princípios democráticos ao amor.

A distância é o fascínio do amor.

Para se pôr fim a uma guerra, como a um amor, é preciso ver-se de perto.

A música clássica do amor é em tom maior, a romântica em tom menor. O amor moderno é uma fraca melodia, sobreinstrumentada.

Só havia três coisas sagradas na vida: a infância, o amor e a doença. Tudo se podia atraiçoar no mundo, menos uma criança, o ser que nos ama e um enfermo. Em todos esses casos a pessoa está indefesa.

Miguel Torga
TORGA, M., Diário, Coimbra, 27 de outubro de 1974

No amor, o engano vai quase sempre mais longe do que a desconfiança.

Oh estações, oh castelos!
Que alma é sem defeitos?

Eu estudei a alta magia
Do Amor, que nunca sacia.

Saúdo-te toda vez
Que canta o galo gaulês.

Ah! Não terei mais desejos:
Perdi a vida em gracejos.
Tomou-me corpo e alento,
E dispersou meus pensamentos.

Ó estações, ó castelos!

Quando tu partires, enfim
Nada restará de mim.

Ó estações, ó castelos!

O amor ou não desculpa nada ou desculpa tudo.

A medicina é o remédio para todas as dores humanas, apenas o amor é um mal que não tem cura.

Sem o amor-próprio nenhuma vida é possível, nem sequer a mais leve decisão, só desespero e rigidez.

É impossível exprimir a perturbação que o ciúme causa a um coração em que o amor ainda se não tenha declarado.

O verdadeiro amor, como se sabe, é impiedoso.

O amor não mata a morte, a morte não mata o amor. No fundo, entendem-se muito bem. Cada um deles explica o outro.

A vida é um calvário. Sobe-se ao amor pela dor, à redenção pelo sofrimento.

Amor e coração nobre são uma única coisa.

Não é o amor que se deveria pintar de olhos vendados, mas sim o amor-próprio.