Recados Apaixonados
Nos pontos mais
altos e apaixonados
que me conduzem
até os teus abraços,
e exatamente onde
o Ocidente e Oriente
os dois coincidem,
na tua espera estarei
e do teu amor não fugirei.
Com o teu encanto
e charme astronômico
tens me coberto
de total fascinação,
e sem pudor confesso
que tens povoado
a minha imaginação
com estes lábios
muito bem desenhados.
Na exitosa escalada
das tuas inebriantes
astúcias e seduções,
sem nenhum mistério
estou rendida muito
além de mil luares
pelos teus mais sutis
engendros e encantadores
olhos cheios de revolução.
Os teus lindos olhares
são convidativos
aos saborosos desfrutes
em noites estelares,
porque te desejo
como quem devota
os anseios à uma deidade,
e farei do teu corpo
um território de liberdade.
Os meus pés pintados
com a poesia da mais
fina henna receberão
os teus ainda mais
apaixonados que os meus;
O meu coração fascinado
não está preocupado,
e confia no teu
que nasceu predestinado
ser completamente meu.
Aficionados
Nós, amantes da boa leitura, apaixonados pela literatura somos aficionados. Inventamos as horas de ócio e as transformamos em algo proveitoso, deleitoso, pretensioso. O hábito da leitura é o atributo do leitor, a sua marca, o seu cosmo. Há firmamento no universo literário, e isso se resume a horas a fio, entretido em uma deliciosa leitura, pois os momentos lúdicos de um leitor sintetiza-se na profunda concentração de seu intelecto em uma estimulante narrativa. Um contexto literário abrangente alicia seu ledor, mais que isso, o abduz à sua atmosfera, formando raízes em seu entendimento, agregando conhecimento e a experiência torna-se única, inesquecível, pergunte a um leitor qual foi o livro da sua vida e ele terá a resposta na ponta da língua (você mesmo está com ele agora na sua mente). O que um leitor espera realmente é ser arrebatado pela beleza da escrita e seduzido pelo talento do autor, quando abrimos um livro pela primeira vez sentimos o pulsar acelerado do coração e a notória ansiedade nos leva a uma atraente sensação de felicidade. O sorriso brota no rosto, reluz a expressão alegre, é um sentimento de satisfação única. Afinal estamos diante de um artefato que nos desconecta desse universo e nos apresenta outro plano, muito mais sofisticado, bonito e agradável.
Olhos Atentos...
Voo pelo céu que se me abre
Observo tantas e tantos muitos
Apaixonados, amados, amantes
Certos, errados, em risos... em prantos
Ouço silencioso, segredos e sonhos contados
Sobrevoo, desencantado, insanas verdades
Ditas, quando uma flor era preciso
Para desfazer impaciências veladas
Tenho olhar aguçado e mente aberta
Em meu voo liberto, ágil e seguro
Sigo observando beijos apressados
Folhas secas pela senda esquecida
Tantos amores tombados... vencidos
Talhados sem sutis despropósitos
Na busca insana por nomeadas sem mérito
Face a entrega de sentimentos sem valia
Inocentes e reservados, ciciaram momentos
Que no início, em tudo, magia e calor havia
E no vão das paixões já não sentidas
Fez calar de vez, a voz do outro que sentia
O paraíso dos apaixonados é tão somente um abraço envolvente, um sorriso nos olhos e um escancarar de dentes.
O céu dos amantes é a nudez sem vergonha, o beijo com todos os gostos e o contar dos minutos na batida dos corações aflitos.
O paraíso sem flores, o céu sem cor ou nuvens para o contraste, somente hormônios, olhos, cheiros e sensações, permanecem na bolha dos corações palpitantes que pulsam e tremem...descompassam e encontram o próprio ritmo...
Criamos modelos de pessoas e objetos em nossa mente quando estamos apaixonados, são visões distorcidas da realidade justamente por serem imagens "pintadas" por nossas emoções. Por isso, não deixeis que nos apaixonemos pela primeira impressão que temos de algo ou alguém, pois, na maioria das vezes, nosso interesse pode estar no prazer e não no saber, e essa primeira impressão é muito supérflua, portanto, devemos compreender melhor pelo que estamos dedicando nosso amor, verifiquemos se é mútuo, só assim não correremos o risco de nos apaixonarmos por nossa própria "criação".
A maioria de nós quando começamos um novo relacionamento e estamos apaixonados passamos a ficar muito tempo com esta pessoa e a viver uma nova rotina, o que é natural no começo pois tudo é novo e empolgante.
Mas acabamos esquecendo o quanto é tão importante manter a antiga rotina e particularidades e momentos íntimos como estar sozinho em casa com seu bichinho de estimação, curtir seus amigos sem essa pessoa…
Parece que depois que se começa essa nova história fica difícil separar a gema da clara e acho que é aí que está o grande erro de todos os relacionamentos.
Seria tão bom se conseguíssemos manter a gema e clara unidas mas sem se misturarem, pois assim tudo fica muito mais natural e mais simples caso algo não saia como planejado.
Fingir que vivemos não nos torna vivos. Fingir que amamos não nos torna apaixonados. Não te culpo por fingir, até entendo. Gostar de verdade dá muito trabalho. Pensava que se divertia, sabia como me dominar. Mas era eu quem sabia fingir, eu quem te fazia sonhar. Variadas vezes ouvi você falar que não é feio sentir, que feio é fingir.. mas sentir, ultimamente, é sinônimo de iludir. São poucos os que amam. Dizia que problema era dar razão aos sentimentos, ou suprimí-los. O problema era amar. Ou não. O problema era ser feliz. Ou não ser. O problema era brincar. Ou levar tudo muito a sério. O problema era se preocupar de mais. Ou de menos. Não sabia ao certo. Nenhum de nós sabíamos. Tô cansado de acreditar que algum dia a vida vai me surpreender. Odeio surpresas. Odeio também fingir sorrisos pra você, mas simplesmente não vale a pena me dar ao trabalho de querer agradar a você que tanto me decepciona. Nunca precisei fingir estar amando um outro alguém, até porque eu não conseguiria fingir estar feliz quando na verdade há uma dor dentro de mim. Choro por não te ter.. E seria em vão viver uma felicidade que não existe. Atuar não é comigo. De fingir eu prefiro fingir que você foi embora de vez e que nunca mais vou te ver. É melhor ficar com essa doce ilusão, do que saber que você nunca sentirá nem um pouco daquilo que um dia eu senti por ti.
Muitos casais queridos e apaixonados, vivendo separados, machucados e feridos pelo orgulho do pecado, enquanto se separam a seu bel-prazer, as crianças são as que vivem a sofrer, por ver quem mais elas estão amando, se pagando e brigando pra valer. Amor é pra amar, perdoar e viver, não é pra bater de frente em briga quente, e se morder. Ódio é veneno e quem odeia se torna pequeno.
O amor é um bravo personagem real que atua nos corações dos apaixonados. Não se intimida, não se dissolve pelo medo, pelo tempo, pela injúria. Porque o amor é a força dos bravos, é o momento que sempre continua, é o ouvido do bem.
Quando eram jovens e apaixonados,
contavam seus segredos um ao outro.
Mas quando envelheceram sem ter podido
fazerem-se felizes, viram seus segredos
degladiando-se diante dos seus olhos
e de seus cansaços.
Neurônios apaixonados ( PAIXÃO )
Por Nilo Deyson
Olá, amigo Leitor e prezados amigos de rede.
Venha saber direito com Nilo Deyson.
O que você pensaria se eu te indicasse se entregar totalmente a um estado “hipermotivacional” de demência temporária, com duração média de 12 a 18 meses e com grandes características de obsessão e de compulsão?
É provável que você me processasse, não é mesmo?
E se, ao invés disso, eu te aconselhasse: “Você precisa viver uma grande paixão!” Aposto que você acharia a ideia bem atraente.
Pois bem, você acredita que se trata da mesma recomendação? Incrível, não?
Basta pensar com a consciência.
Deixando de lado toda a aura poética do assunto, o que se passa em nosso cérebro, quando estamos apaixonados, é bem menos romântico do que nos mostram as fábulas e mitos. Tudo começa com a ativação das vias mesolímbicas dopaminérgicas (vias relacionadas ao sistema de recompensa e à memória).
Quando vivemos uma paixão, há um aumento da produção de dopamina (neurotransmissor relacionado à concentração, à motivação e ao prazer). Ao mesmo tempo, há a diminuição da produção de serotonina (neurotransmissor que regula o sono, o humor e o apetite).
Essa verdadeira anarquia química acaba inibindo nossas estruturas pré-frontais, já que são elas que nos ajudam a frear nossos impulsos e desejos.
Diante dessa rápida pincelada na neurociência, podemos entender melhor os “sintomas” de um apaixonado.
Com a superativação do sistema de recompensa e da memória, sentimos profunda felicidade quando nos lembramos do objeto de nossa paixão.
E, essa sensação reforça ainda mais o sistema que acaba entrando em looping.
Ficamos como que embriagados, querendo beber ainda mais dessa paixão.
O aumento da dopamina transforma o ser amado em nosso único foco.
Ficamos obstinados, e a nossa vida passa a concentrar-se apenas nele.
Sentimos muita motivação e, ao mesmo tempo, muita ansiedade.
Trata-se de um estado parecido com o Transtorno Obsessivo Compulsivo.
Com a queda da serotonina, não dormimos direito, só pensando no ser amado.
Não comemos direito, só pensando no ser amado.
Ficamos mal-humorados, quando estamos longe do ser amado.
Esse quadro nos leva a compreender um pouco a origem latina da palavra paixão: (passio) que significa sofrimento ou o ato de suportar alguma dor.
Como a química da paixão inibe as estruturas pré-frontais, acabamos tomando decisões desnorteadas, como, por exemplo, torrar o salário para contratar um helicóptero que jogue pétalas de rosas no quintal dele/dela; tatuar o nome dele/dela atravessando nosso abdome; fazer uma declaração de amor num programa de televisão ao vivo.
Somos capazes de incorporar o “sem noção”.
Falando desse jeito, parece que a neurociência joga um balde de água fria nas clássicas fantasias sobre a paixão, não é mesmo? Toda a beleza desse sentimento acaba sendo reduzida a reações bioquímicas que vão além de nosso próprio controle.
Eu vou comparar o estado de paixão com o estado de embriaguez.
Em ambas situações, a área pré-frontal do cérebro fica inibida e perdemos (muito ou pouco) a capacidade do bom juízo.
Talvez seja por isso que é tão comum – seja ao apaixonado ou ao embriagado – dar vexames em festas regadas a comes e bebes (gula, luxúria e paixão…).
Então quer dizer que somos vítimas de nossa própria bioquímica??
Vejam com Nilo Deyson, que em alguns estudos dão essa impressão, sim.
Existe a neurofisiologia do medo também!
Tanto a paixão como o medo são fortes emoções, que costumam desencadear todo um processo bioquímico sobre o qual temos pouco controle.
E, talvez não tenhamos tanto controle assim quando somos rebatados pela paixão.
Penso que, por trás de toda essa sofisticada orquestração química, esteja a ideia fixa que a Natureza tem pela sobrevivência e pela reprodução.
O medo estaria para a sobrevivência assim como a paixão estaria para a perpetuação da espécie.
De qualquer forma, sabemos quanto o ser humano tenta driblar as forças da Natureza, não é mesmo?
A tecnologia farmacêutica, por exemplo, está sempre lançando medicamentos capazes de reprogramar nosso cérebro quimicamente, assim como manipular alguns tipos de comportamentos.
Segundo Helen Fisher – professora de antropologia e pesquisadora do comportamento humano na Rutgers University – os antidepressivos podem levar seus usuários a terem dificuldade em se relacionar intimamente com outras pessoas e até mesmo impedi-los de se apaixonarem.
A explicação estaria no fato de que há uma relação inversamente proporcional entre a produção de serotonina e a produção de dopamina.
Como os antidepressivos atuam sobre o aumento da produção da serotonina em nosso cérebro, isso inibiria a produção da dopamina (considerada a química cerebral da paixão).
Puxa, parece que uma forma de esfriar uma paixão é estudá-la neurofisiologicamente, não é mesmo?
Usar ou não os ouvidos da cientificidade para avaliar algumas músicas como as de Maria Bethânia, ou de Roberto Carlos, ou de Chico Buarque pode ser decisivo quanto a ouvir belíssimas letras poéticas ou aturar lamentos de uma dispensável “dor de cotovelo”.
Para fechar a reflexão que eu propus neste texto, eu recomendaria: se o seu cérebro não produz dopamina, não traduza a música No Ordinary Love, pois é um “chororô” só.
Fique apenas com a voz fantástica de Ana Carolina e deixe-se levar pelo arranjo envolvente da melodia.
Ops! Talvez haja um contrassenso nessa minha recomendação, pois a admiração pela voz da cantora e o envolvimento pela melodia da música têm a mesma natureza da paixão!
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
Namorados apaixonados, ao luar, olham para o único lado da lua, casados, vão conhecer a outra face da moeda.
O encanto da Lua
A noite traz o encanto da Lua...dos amantes... e apaixonados... pela... vida!!! que sua noite seja cheia de amor...ternura..como uma música que se gosta!!!