Recados Apaixonados
É muito facil falar EU TE AMO quando estamos apaixonados, mas é dificil admitir que já amamos para um novo amor...
Somos dois apaixonados feito abelha e mel, nós nascemos para amar, juntos viver em paz. No oceano do teu beijo meu barco afundou, mergulhei nesse desejo do teu lindo amor.
Dois dias ao lado da pessoa amada mais parecem ser dois meses... Mas quando dois apaixonados se separam dois anos mais parecem alguns poucos dias e o que resta é a saudade do que ainda não existiu.
A sensação de vazio é uma constante no coração dos apaixonados quando estão longe do ser amado.
O pensamento voa e encontra-se a todo o momento perto deste doce encanto, mas só o pensar não nos completa, queremos algo mais, queremos estar juntos, completos sendo apenas um.
Mas logo o tempo passa, ele não tem piedade dos apaixonados.
Nós dois² somos pequenos e grandes apaixonados ao mesmo tempo, fazendo da vida uma nova flor, a cada dia plantando mais amor...
Somos duas partes de um todo,
Dois corações apaixonados que buscam o amor em tudo,
Não façamos da nossa existência uma simples passagem pela vida,
Pare de fugir desse amor...
Um sorriso, uma voz ou apenas um olhar. Para os apaixonados todo momento é unico e cada gesto uma declaração de amor.
quando estamos apaixonados não pensamos em quem a pessoa é, como ela é, ou o que ela faz, só pensamos em estar ao seu lado
se pensando em ausência me remeto a ti, é porque meus segundos apaixonados ao teu lado não bastam....
Tributo ao Mestre da Poesia
Mestre da poesia e dos apaixonados
Ele foi e é até hoje
Um grande poeta exagerado
Com seu jeito irreverente de ser
Tinha o dom de escrever
Cativou milhares de jovens da sua época
Cantando suas poesias exageradas
Expressando seus sentimentos ao mundo
Divulgando sua poesia a todos e a tudo
Amando seus amigos
E vivendo da caridade de quem o detestava
Nadando contra a corrente do preconceito
Exercitando todo seu talento nos palcos da vida
Pedindo ao Brasil que mostrasse a cara
Dizendo que a burguesia fede
E quer ficar rica
Também dizia ‘Segredos de Liquidificador’
Na orelha fria de quem ele amava
Hoje nada mais me resta
Se não escrever estes versos
E fazer um tributo poético
Ao mestre da poesia
Que ainda habita em meu coração
Ensinado-me a viver
Não me deixando sofrer
Ajudando-me a compor poesias de cegos
Com todo amor que houver nesta vida
Seguindo num trem para as estrelas do universo
Vou levando minha vida louca vida
Até poder me encontrar com ele no além
E ouvi-lo cantar na madrugada
Pro dia nascer feliz
1912
Eram apaixonados como eu nunca vi.
Neste dia estavam á beira do mar de mãos dadas, ela se chamava Bárbara e ele Eduardo.
Confesso que hesitei quando vi, mas logo eu e o mundo que os rodeava notamos que era inevitável aquele amor não acontecer. Sempre esteve nos dois corações aquele sentimento, e aos poucos eles iam se tornando romance, dia a dia, companhia, sorrisos, cartas…
O primeiro beijo aconteceu, quando eles se olharam nos olhos fixamente. O ego deles se cruzavam de qualquer forma. Era como se os dois fossem um só. Daí não parou mais, não se largaram um minuto. Muitos beijinhos, abraços, sorrisos, lágrimas, briguinhas, voltas.
Eles já sabiam mesmo sem saber a importância e o tamanho daquele sentimento.
No primeiro mês de namoro Eduardo deu uma rosa que prendia no cabelo – que combinava com seus vestidinhos que ela tanto amava de bolinhas -, no segundo foi um perfume, no terceiro confesso que não sei, mas acho que uma rosa e um perfume.
Só tinham quinze anos, e com o tempo os pais de ambos foram se acostumando com a ideia.
Passou-se sete anos, Eduardo a pediu em casamento. Casaram-se na igrejinha com poucos convidados e os trajes mais lindos da época. Bárbara estava impecável com o seu vestido de noiva com uma cauda enorme e uma simplicidade ao mesmo tempo.
Jogou-se o buquê, brindes, valsas, e tudo que se tem direito.
A lua de mel foi no estrangeiro, na Europa. Passaram por lá algumas semanas. A volta foi triste. Queriam para sempre aquele lugar apaixonante. Mas então voltaram para o Brasil, mas especificamente, Recife.
E continuava com aquele clima romântico, afinal… O amor e a cidade ajudavam.
Todo dia, o dia novo que vinha, era a melhor fase do casal, sempre melhorava aquele romance, o dia seguinte sempre era melhor que o passado. Era tudo demais, feliz demais. Triste demais nos dias de brigas, normal.
No dia 31 de julho, Eduardo sofreu um acidente.
Bárbara não sabia o que fazer naqueles dias conturbados no hospital, ela rezava a cada segundo, beijava a testa do seu amado, rezava novamente, chorava no ombro se deus amigos e familiares. Eis que sete de agosto, sete dias depois do seu acidente… Eduardo faleceu. E bárbara foi junto a ele. Não no corpo, mas na alma. Ela passou dois anos não vividos. Ela não sabia mais quem era, só vivia do passado.
O cemitério por algum tempo tornou-se seu lar. Lembro de uma vez que ela chegou a deixar no caixão a flor do seu cabelo – do primeiro mês de namoro –
Passou a desacreditar de Deus por alguns meses. Depois, voltou a acreditar. E a partir daí mudou.
Ela saiu e foi viver, viveu. Teve outros amores, casos. Viveu feliz com a família – que aos poucos também iam partindo – e com seus amigos – que também alguns partiriam antes dela – não que ela não fizesse isso, pelo contrário. Bárbara e Eduardo eram extremamente ligados as suas famílias e amigos. O amor deles não só juntava os dois, e sim as pessoas.
Ela viveu, diga-se de passagem. Não um viver bem, mas um viver vivido apesar de tudo. Sempre faltava um pedaço nela, um pedaço de terra, de pessoa, de amor. Tudo fazia falta, tudo. Ela não tinha filhos com Eduardo, não tinha nada. Só as fotografias de momentos inesquecíveis.
2010
Bárbara é o seu nome. Menina feliz, com uma família maravilhosa, amigos bons.
Ela é de recife, ama a cidade e o pessoal de lá. Mas as vezes não se sente totalmente ‘em casa’ falta um pedaço nela que Bárbara não fazia ideia de onde vinha.
De vez ou outra ela ia no recife antigo e chorava, chorava sem parar. Múrmuros de choros.
Na praia, ainda era pior. Eram lembranças que ela não conseguia ver ou saber, mas sentia.
Dia oito de agosto, ela estava perto do mar, sentada e chorando muito.
Do nada, apareceu um menino aparentemente da sua idade – 15 – e lhe deu uma rosa e disse:
- E a historia não recomeça, ela continua. E cada vez mais linda e eterna.
Bárbara sem entender nada, diz
- Hã? Desculpa, não to entendendo.
O menino riu
- Eu também não entendi, saiu do nada. Você ta chorando, me doeu te ver assim, mesmo sem te conhecer. Quer um presente?
Bárbara riu
- Não precisa, mas obrigada pelas palavras.
- Eu faço questão, tome essa flor.
- Nossa, que linda! Obrigada.
- Mas olha, é pra por no cabelo, é uma flor de vida, mas com um tick - ou sei lá o nome – atrás dele que tu coloca na cabeça.
- Ammmmmmmm, (risos) pronto. Que engraçado, onde comprasse isso?
- Ficou linda, e combinou muito com sua blusa de bolinhas. Achei aqui no chão. Não vai deixar de aceitar não, ne?
- (risos) claro que não! E qual seu nome?
- Eduardo. E o seu?
- Bárbara.
Os dois paralisara por três segundos.
- Que fofa! E que bom que suas lágrimas sumiram
- (risos) É… É como se eu tivesse achado a minha casa, o meu porto seguro.
- Agora quem não entendeu fui eu.
- Talvez eu também não.
Os dois sorriram.
E dessa vez os dias sete, os momentos sete, setenta, dezessete, nada atrapalhou. Foi para sempre, e olhe que dizem que isto de eterno não existe. Mas para aqueles dois irá existir. E vai ser sempre como se fosse o primeiro e eterno amor.
E sim, eles não se perderam um do outro.
Agora, anos depois. Ambos já adultos… Possuem dois filhos. Um menino e uma menina. Deixaram na vida uma raiz.
E no momento em que eles partirem, vão partir de um jeito totalmente deles.