Rebeldia
A rebeldia, os discursos de cariz revolucionário e a revolta não põem o pão à mesa dos desfavorecidos, mas, o diálogo e a política participativa mudam consciências e desenvolvem o Estado.
tipo assim
a positividade em pessoa
a rebeldia também
sou soro positivo
para o amor-próprio
corre amor no meu sangue
e veneno também
nem queira conhecer
meu lado negativo
porque sou bipolar
sou feita de polos positivo e negativo
vou de norte a sul
num piscar de olhos!!!
Na escola entendi sobre a rebeldia dos jovens hoje, é porque descobriram que não tiveram infância. Eles não brincaram e querem fazê-lo agora, Aí se vingam dos adultos que fizeram deles seus brinquedos preferidos e mimados. Mas não sou eu o culpado por ter feito meus próprios brinquedos de recicláveis, nunca precisei brincar com criança!
Ato
No Ato de rebeldia,
bateu asa e voou
No dia seguinte voltou,
aos prantos falou que o amor é falho
Que o humano não ama tanto o seu aliado
Que trata o irmão como se fosse tóxico
A casa virou uma usina nuclear
Que de dentro sai tanta toxina
Acabando com a própria vida
No ato de loucura faz atrocidades,
entre vilas e cidades
Quebrando partes
Esperando a cultura e à arte
Que levaria até Marte
Que a revolução nos aguarde
No ato de viver
Deixou de fazer o próprio prazer
Pra fazer a vontade do vento que vive
Que segui a viagem de antes
Na nova era impera o poder
O poder de um lindo diamante
Com raios de luz tão exuberante
Que o inimigo sega em estantes
O espírito retrógado da desobediência à pessoas familiares é, de fato, a presença de rebeldia, ignorância e insensatez no coração, afrontando o respeito, convívio e a autoridade de quem lhe desejam o bem.
VERÃO NO CERRADO (soneto)
Lá fora o vento em agonia e rebeldia
Redemoinhando o taciturno cerrado
Do silêncio carrascal, fez-se agitado
Sob a chuva nua, acordando o dia
Na vastidão do chão, o tempo arado
Da sequidão para o sertão em urgia
Molhado da tempestade em romaria
Empapando o alvorecer enovelado
E neste, porém de tão boa harmonia
O horizonte na ventura é amansado
Enxurrando na procela a melancolia
Assim, vai-se avivando o árido cerrado
Do acastanhado que ao verde, barbaria
Ao rútilo encarnado do verão variegado
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
Ontem vi a rebeldia no olhar, no tom da voz e no empurrar de mão, com apenas quatro anos sabe dizer: é assim que eu quero e se não for assim eu não aceito. Ouvi a voz firme da repreensão dizendo: é, só pode ter as costas largas e firme para ser tão teimoso, e precisa ter para aguentar as porradas que vida dá na hora de ensinar.
Pensei! Tenho quatro décadas a mais que ele e sou o maior exemplo de que a vida bate e que se você tem medo de apanhar, você se cala, consente, aniquila seu ser, e se rende facilmente. Quem me dera ter tido a ousadia dele, quem me dera ter encarado as porradas da vida e revidado, gritado e ao se impor ter construído um ser diferente do que sou.
Mais vale apanhar da vida para ser livre, que se curvar diante dela, e se tornar um escravo passivo por medo das porradas que a vida dá.
Rebeldia e raiva é a forma mais pura de demonstrar falta de atenção e decepção a suas metas e seus sonhos. Por isso dizem que não se importam, para colocar uma máscara por cima de sua tristeza interna.