Realidade
SERÁ QUE VOCÊ TEM ALGUMA DÚVIDA?
Mas claro que tinha. Descobriu de repente que tinha uma quantidade enorme de perguntas a fazer. A única coisa que havia, no entanto, era que não queria ouvir as respostas. //Livro: Cão Raivoso
Se um dia eu pudesse voar pra longe, esquecer os problemas, seguir sem rumo e sem pensar no dia de amanhã, eu faria.
Louca? Não, talvez uma sonhadora que se perca em devaneios. Ou uma fugitiva que não aguenta a realidade.
"Há o descanso decerto
De um corpo num jazigo.
Mas a alma se vê num deserto
A procura de um abrigo."
Rogério Pacheco
Poema: Texto de rotina
Livro: Vermelho Navalha
Teófilo Otoni/MG
"Se existe amor
E no outro possessão
Não há relação que resista
A intensa intenção!"
Rogério Pacheco
Poema: Intensa intensão
Livro: Vermelho Navalha
Teófilo Otoni/MG
"Já nos apaixonamos tanto
Sem dilema e sem medir o quanto!
Por que agora um novo sistema
Se o teorema já se chega ao fim?"
Rogério Pacheco
Poema: intensa intensão
Livro: Vermelho Navalha
Teófilo Otoni/MG
"O som de um quê que ouvimos
São os gritos agudos
Das almas loucas
Que desdenham frenéticas
De nossas preces históricas."
Rogério Pacheco
Poema: Câmara da redenção
Livro: Vermelho Navalha
"Entre a luz e a escuridão
Há a penumbra.
Entre um sonho afável
E um pesadelo…
O meio termo é acordar.
Mas e após a morte?
Há o refluxo à vida…
E você não precisa acreditar.
Rogério Pacheco
Poema: Câmara da redenção
Livro: Vermelho Navalha
Teófilo Otoni/MG
"Sei que ainda existo!
No grito de todo louco!
Nos sonhos de qualquer morto!
Na miséria no conforto!
Na putrefação de todo corpo!
‒ Ainda existo?"
Rogério Pacheco
Poema: Abrolhos latentes
Livro: Vermelho Navalha - 2023
Teófilo Otoni/MG
"Sei que ainda existo!
No monte de qualquer lixo!
No pêndulo do relógio que não é fixo!
No aglomerado do cortiço!
Nos segredos de um crucifixo!
‒ Ainda existo?"
Rogério Pacheco
Poema: Abrolhos latentes
Livro: Vermelho Navalha
Teófilo Otoni/MG
Quando faço da fantasia minha vida,
vivo o imaginário do meu ser.
Para usufruir de uma felicidade falseada,
nego a realidade do meu viver.
Enquanto isso no mundo dos sonhos, eu estou feliz, sem preocupações. Enquanto no meu mundo real, me deparo com pessoas se debatendo, brigando, tristes, preocupadas...
Hey, acorda pra vida, faça do seu mundo dos sonhos, a sua realidade, você é capaz. Hey, acorda!!!
As crianças são puras de natureza
Inocentes de coração
fantasiam um mundo perfeito
Onde pode ser qualquer coisa, é só usar a imaginação.
Ao crescer as convicções mudam
A realidade frustra,
E fica o desafio de manter essa criança viva, cheia de esperança e força para continuar acreditando que ser só depende de você!
A questão de saber se a paz mundial será possível, só pode ser respondida por alguém familiarizado com a história mundial. Estar familiarizado com a história mundial significa, no entanto, conhecer os seres humanos como eles foram e sempre serão. Há uma grande diferença, que a maioria das pessoas nunca compreenderá, entre ver a história do futuro como ela será e como gostaríamos que fosse. A paz é um desejo, a guerra é um fato; e a história nunca deu atenção aos desejos e ideais humanos.
Nossos marxistas mostram força apenas quando estão destruindo; quando se trata de pensar ou agir positivamente, eles ficam desamparados. Por suas ações, eles estão finalmente confirmando que seu patriarca não foi um criador, mas apenas um crítico.
A literatura e a arte eram uma força racional, cognitiva, que revelava uma dimensão do homem e da natureza que era reprimida e rejeitada na realidade.
E se eu morrer...
Se eu morrer, ainda permanecerei vivo?
Se eu morrer, quem se importaria com isso?
Vejo. O que até aqui construí?
Quantos chorariam por mim?
Já ouvi dizer que todos somos sozinho.
Mas, quem seria apático o bastante para nao ceder a este abismo.
Por vezes pergunto, o que é real?
O mundo físico? O palpável!?
Certamente que não.
As emoções incontroláveis, toda essa química do cérebro que é fatalmente transpassada pela ciência!?
O mundo com sua ética e moral?
Quem parou para questionar a morte, se não aquele quem a desejou?
Quem no vazio indizível encontrou colo na desesperança da vida?
Ouça o grito, ou não.
É silencioso de mais para essa agitação toda.
Sou voz que grita em silêncio. Água torrencial, caverna úmida e praticamente inabitável, a não ser por aqueles que são da mesma natureza dessas pedras.
Sou poesia, sonhos.
O medo do homem comum.
Entretanto.
A algo ainda aqui. Uma centelha.
Querer viver ou morrer, a se todos entendessemos que não há diferença alguma.
Estou em busca do meu paraíso.
Felipe Pereira
Não quero mais fazer parte desse mundo tecnológico que cria uma aproximação superficial e afasta as pessoas do contato real.