Realidade
Entre aspas cabe o meu amor, cabe o seu, cabe um tudo.
Cabe um sonho, cabe a realidade, cabe o infinito.
Cabe o mundo.
Nunca sofremos por amor, mas sim pela ausência de amor. Na realidade, este sofrimento é muito mais proveniente do vazio simbólico do que necessita ser preenchido através das vivências e experiencias que anseiam por sentido e significado.
O humano passou a ser humano quando deslocou o sentido de si
da realidade
para a representação da realidade
na linha de tempo da evolução, isso parece coincidir com o surgimento do neocórtex no nosso cérebro, de 1 milhão de anos para cá, coisa que os outros mamíferos não tem,
a capacidade de conceitualizar se tornou vantajosa evolutivamente, dando sobrevivência aos indivíduos mais "teóricos" (mais capazes de construir artefatos, atacar, se proteger, etc)
A desvantagem é que esse "ser conceitualizador" passou a ser vítima dessa sua própria racionalidade. A razão propiciou enorme ajuda para resolver suas necessidades básicas, mas acabou trazendo o efeito colateral de "criar" uma quantidade potencialmente infinita de novas necessidades, e a principal dessas "novas necessidades" é precisar de uma "razão para viver", enquanto os outros animais simplesmente vivem, aqui e agora. Como disse o genial Sêneca, "o homem sofre antes do necessário, sofre mais que o necessário".
Esse vazio humano está expresso em todas as épocas e lugares, e cada cultura procurou dar um jeito de resolver isso.
O Gênesis bíblico relata uma expulsão do Paraíso, que pode ser interpretado (pelo menos eu interpreto) como a expulsão de uma época onde as coisas tinham somente a dimensão e a importância que deveriam ter, sem racionalizações superiores (árvore do conhecimento)... e essa narrativa está no berço da tradição ocidental, que atribui a causa de tudo a poderes transcendentais (sobrenaturais) aos quais deveríamos nos conectar para nos salvar.
Os distantes orientais certamente sofriam do mesmo "vazio" que nós, mas buscaram explicações na natureza em si, tentando compreender a organização do universo, ao invés de cogitar forças externas a ele. A salvação do sofrimento terreno (para hindus e budistas) estaria muito mais em corresponder aos desígnios da evolução do que aos interesses individuais, onde o "não-pensar" (meditação) seria muito útil.
O sofrimento é algo tão intrínseco à natureza quanto o nascimento, o amor e a morte. Tudo indica que o advento da razão humana foi um acidente evolutivo utilizado basicamente como tentativa de mitigar o sofrimento da própria espécie. Mas não se pode eliminar da vida algo que é intrínseco a ela, assim essa “razão” começou a se caracterizar como um “elemento estranho” na natureza, como um câncer quer se amplia até hoje.
Esse desvio próprio da espécie humana acarretou na artificialização do planeta inteiro. Atualmente 3/4 de todo o tecido vivo da terra já tem interferência direta humana, E toda ciência ambiental demonstra que no século XX violamos perigosamente a capacidade dos recursos naturais se sustentarem.
É uma bola de neve: Humanos infelizes buscando caminhos para amenizar sua infelicidade, gerando um aumento na infelicidade geral.
O mundo mudou nos últimos 150 anos mais do que em toda a história da humanidade. E dá para apostar que essa velocidade de mudança só tende a aumentar.
No que vai dar? Não estaremos aqui para ver.
Todos estamos nos equilibrando entre o que devemos fazer para nossa própria satisfação e o legado que deixaremos para as dores do mundo. Cada qual conforme suas características pessoais, Cada qual no seu caminho. A somatória de tudo irá compondo os resultados.
O único paraíso que minha insignificante individualidade encontrou foi observar e vivenciar o inocente amor que os animais vivenciam.
Todo fenômeno é no começo um germe, depois termina por se tornar uma realidade que todo mundo pode constatar. O sábio pensa no longo prazo. Eis por que ele presta muita atenção aos germes. A maioria dos homens tem a visão curta. Espera que o problema se torne evidente, para só então atacá-lo.
Quem vive da desgraça alheia,na realidade vegeta e rasteja perante a sua própria existência obscura!
O doce veneno de um escorpião.
O peito apertou, e a angústia bateu.
Encaro uma realidade que não estava preparada, e que nunca imaginei que fosse acontecer.
A Distância..
Não aquela que o Atlântico causou, mas a de saber que você está tão perto e tão longe...
Eu entendo e respeito o que você vive hoje, mas não compreendo a Distância...
Nossa amizade?!!!
Ela não nasceu ontem, mas há muitos anos atrás.
Você lembra do primeiro momento em que nós nos olhamos e tivemos o mesmo pensamento?
Pois é... achamos que não seria possível convivermos juntos, mas foi Totalmente ao contrário.
Um sempre pensava no outro
Um sempre rezava pelo outro
Um sempre ajudava o outro
Um sempre queria o melhor para o outro
SONHO OU REALIDADE
E o cansaço aqui chega
Eu não sei se estou a sonhar
Ou somente a imaginar
Pequenos fragmentos
De vagas lembranças
Que no meu coração
Ainda insiste em ficar
Seu sorriso, seus olhos
Seu ombro amigo
Seu perfume, seu respirar
E a forma de me olhar
Seus punhos rápidos
Seu Jeito meio sádico
Me dominando fácil
Recordo as múscias
Que formaram nossa trilha
Só fecho os olhos
E tudo ganha vida.
Como se não houvesse
Algum dia nenhuma partida.
Atualmente vivemos em uma realidade no qual as pessoas já não sabem mais controlar seus sentimentos, uma hora sente tudo como se o mundo fosse desabar a qualquer momento e na outra parece que simplesmente nunca existiu sentimento algum ali só um enorme vazio.
O silêncio nesses momentos pode ser o nosso pior inimigo e ao mesmo tempo um bom companheiro. Preferimos nos calar só para não ter que explicar o que anda acontecendo já que muita vezes nem sabemos o motivo real.
A única explicação que conseguimos é que parece que algo no nosso psicológico está sobrecarregado como se houvesse uma especie de esgotamento que bagunça nossas emoções e nos deixa mais emotivos.
Brigavam pela abundância nuclear, onde havia uma única saída, hoje o espelho retrata à realidade multipla da verdadeira necessidade facetilda.
Ação que brota de tua intenção, leitura sem distorção, renovando olhos, te espelhando realidade e visão.