Real
Incertezas
''Quem sou eu '' ?
A incrível busca de algo (...) que não sabemos diretamente o que seria este algo ou o que seria Eu.
Buscamos tantas coisas, grandes e pequenas, altas e baixas, abstratas e nítidas, mais de onde será que vem esse sentimentos ''de busca '' existencial? buscamos construir algo ou tentamos nos auto- construir?
Creio que ... a vida seja uma grande construção que pode ser interrompida a qualquer momento, desencadeando uma angústia e ao mesmo tempo um prazer (...) talvez, esse seria o sabor da vida ... INSÍPIDA (sem gosto) , tão intensa e angustiante, ao ponto de não identificarmos o seu sabor.
"O pensamento colectivo é estupído porque é colectivo: nada passa as barreiras do colectivo sem deixar nelas, como real de água, a maior parte da inteligência que traga consigo”.
(trecho do livro em PDF: Do livro do Desassossego – Bermardo Reis)
VISÃO DOS DOIS MUNDOS
O mundo que nos envolve não é senão tão somente aquilo que é o material que observamos. Mas sim também o imaterial que é uma representação daquilo que somos, todos nossos esforços somados, é tudo aquilo que nós desejamos nos tornar. É o mais importante e está intrínseco ao nosso ser. (cultural, artístico, literário). Crenças e fantasias! O nosso mundo simbólico.
Portanto não é somente o mundo real é também toda construção do irreal - inerente ao nosso ser.
O fraseador
O poder da palavra poética está além da ideia. A sutileza do verbo é algo a ser mensurado com carinho e cuidado, sem ser quadrado. O resto é mera panaceia. É como “faca de dois gumes” agudos, poderosa, podendo trazer a paz airosa, ou a guerra subliminar, portanto, cortante de ambos os lados; ideias as quais advêm de além-cume, cujo azedume deve ser trasladado à fino perfume. Se for preciso seja normal ao mudar de ideia para que o bem suplante o mal.
Dizem que o amanuense deve ter nascido assim; uns dizem ter sido acometido por fatores congênitos advindo de negros querubins, outros, ter sido atacado pelo vicio de escrever, comparam-no a um jogador inveterado de doer, viciado em carteado, jogador de futebol alienado, de pseudovivaldino em cassino, de esquizofrênico das letras, enfim: de sonhador, sofredor de frenesim, afinado em complexo feminino, quiçá, um cigano transtornado em ladino ou afim, quiçá, exilado beduíno num deserto dependurado prá lá de Marrakesh longe de Bangladesh...
Amanuense é o escriturário da literatura extrafísica, que deve funcionar como filtro de pensamentos difusos, haja vista a grande responsabilidade indutora de suas palavras, recebidas dos orbes astrais. O mal e o bem são ideias que plasmam nas vidas reais, se a inspiração for boa, com certeza as obras também o serão. E se for maligna os atos as contraporão.
Pensando bem, o seu inocente jogo pode não ser prejudicial, bem como pode fazer muito mal, já que faz uso duma arma fatal, a mais forte que existe: a palavra sutil, a única que subsiste; mesmo que seja chiste da vida mortal; que tem o poder de induzir sem muito refletir, encaminhando à lavagem mental do seu leitor ideal e tudo isso se dá pelas suas frases escritas dentro da boa ou má inspiração restrita... Com o passar dos anos o poeta percebe que uma força estranha o domina, porém, começa a entender que essa força tem nome: Missão ou Sina que fascina, quiçá, seja divina. Então pensa consigo mesmo e analisa os fatos históricos dos sistemas caóticos: Haja vista o rumo da humanidade a qual segue peremptoriamente seus antigos líderes políticos, religiosos ou idealistas, e seus preceitos grafados em velhos pergaminhos de muita idade dentro de extensiva lista, e não há quase nada que se possa fazer para mudar o seu caminho, pois, entrega a própria vida em nome de sua visão mesquinha adquirida...
Disseram por aí, há milênios, que existem céus de eternas e gloriosas vidas, e infernos onustos de arsenais robustos, e o medo toma conta dessas cabeças bruscas as quais dentro de suas conveniências convexas agem de acordo com seus condicionamentos mentais anexos. Ao final vemos que a história registra a destruição do homem com seus conceitos e preceitos de tacanhos ideais imperfeitos.
O fraseador que se preza procura a auto-conscientização de suas escritas, para não se auto-corromper, até porque, deve crer piamente na responsabilidade do que tem de escrever. A mente humana é muito sensível à indução. Se a mente religiosa for talhada para matar ou morrer até de fome em nome de seu deus, com certeza o fará sem problema de consciência tal a ambivalência que considera nobre ao mais perfeito ateu. Temos visto isso ocorrer nos meios religiosos, e porque estamos falando de religiosidade neste contexto de simplicidade, simplesmente porque se não há o consenso do bem nesse ambiente santificado pelo desejo de ganhar a salvação de Deus qual a tem muito além, então quem dirá fora desse metiê à mercê do aquém...
O fraseador continua um pensador inveterado sem se importar com o que digam a seu respeito, certo ou errado, pois, aprendeu a cumprir sua missão de trazer ânimo, saúde e alegria à alma malfadada pelo seu pseudopecado e, que a considera de direito.
Assim crê em sua verdade extrassensorial, muito embora, não passe de mais um mero aprendiz de sua musa inspiradora real...
jbcampos
O real ocultado, que só Deus vê, os loucos o são na exata medida de nada mais ocultar e exteriorizar o seu mundo secreto.
não posso fingir ser quem eu não sou para agradar alguém, tenho que ser eu mesma e se tiver que se apaixonar por mim apaixone-se por quem sou, do jeito que sou e permaneça se fizermos bem um para o outro.
Tenho medo de sonhar.
Se temo, não sei o que sonho.
Com medo, sonho.
Preciso perder o medo.
Aprender a sonhar, sem medo.
Como nos sonhos de criança.
Que sonhava voar bem alto.
Alçava vôo, livre, mais leve que o ar.
No rosto, até o vento sentia soprar.
Real, nem parecia num sonho eu estar.
Não havia o que temer.
Não havia o que sonhar.
Apenas a coragem.
E o poder de realizar.
Amorável lembrança
Amorável e velha lembrança de um velho que ainda ama a esperança de voltar à mocidade, àquela bela idade onde se encontra com a felicidade, porém, com certa idoneidade, recheada de vaidade ao enamorar-se loucamente de uma beldade de sua idade. Na realidade um ano mais velha; aquela centelha qual incendeia a ilusão visionária de um futuro imaginário, assim sonha o expedicionário do amor ordinário. A vida havida torna-se irreverente e completamente diferente, porém, sem abalar o amor de dois viventes quase inocentes. Aquela novela dura também, quase, para sempre. Dois jovens inexperientes casam-se contentes, e pensam tocar a vida para frente. A fila anda e atrás vem gente decente e inocente, logo aquele calor arrefece de repente, nasce o primeiro rebento, pra arrebentar aquela paixão estonteante, para nascer o amor verdadeiro de dois irmãos-companheiros na evolução de se aprender a ser gente. Bem, nasce o primeiro e começa a guerra da sobrevivência real, a responsabilidade apareceu mal, mas a grande verdade está no condicional da vida, e o casal tem de se virar, enquanto, o segundo vem para habitar aquele particular mundo de luta desigual. Assim é o aprendizado do amor, como uma flor que desabrocha e vai murchando, enquanto, o mundo vai caminhando. O tempo vai passando e forma-se uma bela família com três filhos a encerrando, porém, vêm os netos, tão discretos após décadas a segurar a peteca. Assim o casal se separa, mas não se precipite em pensar no azar, não, foi àquela foice fatal a qual a todos espera na hora mortal. Ficou o velho na fila, é... Na fila... Ficou a sós, morreu José, Joaquim e até a forte Dalila... O negócio é ter fé na ciência da paciência em esperar, sempre amando, sem parar, e ir aparando as arestas que restaram desse arresto de vidas, aumentando as feridas desferidas pela vida, mas o amor fica a calejar mais a dor tão doída movida pela lembrança querida, pela qual até parece uma ressurreição real a revivificar a vida do amor incondicional.
Apesar do velho até hoje nada entender desse amor, seja como for, continua a esperar...
Ei... Meu amor me espere, por favor, um dia hei de chegar para amá-la com ardor.
jbcampos
De um sonho magnífico,
certa noite despertei.
Olhei para o lado e lá estava a menina...
cabeça apoiada no meu peito,
biquinho de passarinho,
como se quisesse um beijo.
Colada em mim, abraço apertado,
escondendo-se do frio.
De um sonho magnífico,
tornou-se tudo real.
Sorri e voltei a dormir.
Muitas vezes acredito que seria melhor se eu morresse, mas talvez não tenha aprendido ainda o real significado da morte.
Eu sou aquele ser que existe!
Sou real, sem ficção.
Não aceito pessoas turistas
Meu mundo é restrito à visitação
Assim, o impossível, logo, o real, está correlacionado com o ab-senso, nomeadamente a ausência de toda relação, o que quer dizer a ausência de todo sentido sexual.
Esse é o tempo de analisar o que não é dialogado na real e so no virtual...caixa alta pra quem merece um corretivo ou um caixa alta pra vc chamar atenção por seu sentimento nobre e amoroso....essa e a nova linguagem e antes que tudo era no olhar lemos tudo no digitar....
SÃO DETALHES...
Tudo vai bem conosco? - Pelo menos no que falamos nos grupos, nas redes sociais, sim. A questão é que não falamos dos DETALHES. A atitude até aparece correta, mas a motivação não conseguimos enxergar, pois está no profundo de cada coração, SÃO DETALHES. São nas pequenas coisas (detalhes) que descobrimos a verdadeira realidade de uma vida cheia de rascunhos, que esconde a história real que vivemos onde os olhos não podem alcançar.