Rasgar
QUERO ALINHARVAR-TE
Quero rasgar os poemas
Costurar as poesias
Despir os versos
Remendar os sonetos
Unir as sílabas
Alinhavar os duetos
Descoser os pontos
Juntar os nossos olhares
Cerzir os teus desejos
Bordar as tuas carícias
Alinhar os teus beijos
Encostar a minha boca à tua
Cosendo o meu corpo ao teu.
Quanto mais aprendo menos me conheço
se me aprofundo enlouqueço
Rasgar-me despir-me do meu eu
nada adianta porquê meus olhos não veem
Quem sou eu? não sei!
Diante do meu semelhante cresço
mas de mim esmoreço
sou fraco, pequeno indefeso
mas grande quando presa
se pra subir tem que descer
humilhado seja
melhorar, discutir dividir e até somar
para diminuir os devaneios
a quem possa interessar
afinal quem sou eu?
e eu sei que todo mundo tem aquele nome que faz o peito rasgar.
alguns de felicidade, outros de saudade.
No silêncio podemos ouvir melhor a voz de Deus e rasgar o nosso coração, por isso jejum de silêncio é sempre gratificante.
Estripa-las
Estripa-los
Rasgar
Arrebentar.
A anatômia podre de suas almas
Arrancar as máscaras risonhas
Presas em tuas faces
Expondo o amargor
De teus ossos e carne.
Teu sangue jorraria
Como chafariz
As vísceras floresceriam
Das entranhas.
Eu arrancaria suas cordas vocais,
E como um luthier,
Encordoaria meu violino.
Suas palavras nunca feririam.
Se a dor doer até rasgar minha pele, eu deixo doer. Nada mais sábio do que levar ao extremo aquilo que nos renova e nos faz mais forte.
As máquinas não vão nos matar. Elas vão mais rasgar o tecido da nossa sociedade através dos vídeos de dança no TikTok.
É inútil riscar, apagar, rasgar
ou queimar o que alguém leu,
pois todo texto que foi lido
ultrapassa as bordas do papel.
Sentimentos meus
Se teu coração sangrar
E de angústia seu peito rasgar
E chegar lhe faltar o ar.
Perde a vontade de falar
Por que se explicar?
Não adiantará.
O melhor é se calar
Mesmo com vontade de gritar.
Aprender a se respeitar.
Entender que devemos nos cuidar,
Nos amar e limites começar a colocar.
Escrever "Cicatrizes do Silêncio" foi como rasgar as páginas da minha própria alma. Cada verso é um eco dos tormentos que vivi, das noites insones e dos dias arrastados que só amplificaram a dor de um amor que, em vez de curar, me marcou profundamente. Essa poesia é minha despedida final, e dos tormentos que me consomem há tanto tempo.
Cada palavra rabiscada no papel é um reflexo das mágoas que acumulei, dos erros que cometi e das esperanças que morreram ao longo do caminho. No fundo, sei que este livro inacabado, cheio de lágrimas e arrependimento, pode nunca ser lido por quem mais importava. Mas se, por acaso, se ela algum dia se deparar com essas palavras, espero que elas a façam sorrir, mesmo que de leve. Porque, embora eu não esteja mais aqui, a memória do que fomos e do que restou em mim, talvez, possa trazer algum tipo de paz.
Este é o meu adeus, não apenas a ela, mas aos fantasmas que me atormentaram por tanto tempo. Com essas últimas estrofes, deixo para trás o peso de um amor que, mesmo transformado em poeira, jamais será esquecido.
Hoje eu vou fazer barulho pela madrugada
Rasgar a noite escura como um lampião
Vou fazer seresta na sua calçada
Eu vou fazer misérias com seu coração
Tão insensível eu fui ao te quebrar como uma xícara, tão desumano eu fui ao te rasgar como um papel, tão mal eu fui ao te cortar como uma planta. Tentei te colar, mas não consegui, tentei te juntar com fita, mas não consegui, tentei te replantar, mas não consegui, tentei fazer você voltar ao que era, mas não consegui, pois as marcas que deixei em você não deixariam de sumir.
Reflexões de uma alma rasgada
Tive que rasgar minha alma muitas vezes para que fosse feito o entendimento… E quando me perguntam sobre o que aprendi, choro, pois tudo que me fez aprender, fez-me sofrer amargamente.
Quisera eu não conhecer a dor, mas também não conheceria a verdade… Me questiono se tudo isso valeu a pena… Quando rasgada, quis morrer. Quando vaga, não sabia o que era morte. Hoje, costurada, sei que quero viver. E vejo o brilho da vida, não vejo motivos para reclamar e nem mesmo momentos para querer me rasgar.
Pois já fui o que não queria ser. Sofri o que tinha que sofrer. E aprendi a mais libertadora e cruel das lições:
“Se vivo sem propósito, que propósito tens minha vida?”
Talvez tenha que rasgar a pele, para que lhe surjam as asas, para que haja uma revelação do que se escondeu no exterior das pedras e, só então, decodificar as nervuras, o olhar duro das magnólias, por não desconhecer as feridas geradas pelo aprendizado. E entender. Porque é preciso saber do solo antes de alcançar a amplidão absoluta do céu.
- Relacionados
- Às vezes precisamos rasgar a página
- Rasgar Papel Poemas