Rap
Nosso esporte é violento
Se não for ganhar o jogo
O banco é seu assento
'Tô sem tempo pra lamento, ei
Hoje eu acordei pra ganhar a vida
Ela vem de brinde
Se quiser, só vem comigo
Sempre levantei de cabeça erguida
A rua é o ringue
Da vitória sou perito
Eles querem o que eu tenho
Mas não sabem de onde eu venho
Firme e forte eu me mantenho
Eu só mostro meu desempenho
Eu vou ficar, mas vou pela manhã
Sem me despedir, vou antes do café
Que é pra não te acordar, sei que não sou nenhum Don Juan
Sou todo errado, mas tô certo que você me quer
Da era do amor virtual
Fizeram do amor ritual
Onde os dogmas laçam
E os androides se abraçam
Castos e cultos
Tudo é hologrado, inorgânico, mudo
Onde os tolos se abraçam
Castos e cultos
Mas é normal
Ser a razão dos meus problemas
E resolver dilemas
Que o mundo impõe pra mim
Virou normal
Atirar pedras no céu
Esperando cair papel
E o fim dos meus dias ruins
É casual, o acaso existe, eu sei
Que é tudo meio que em prol do amor
De si próprio ou de querer mais sair do caos
Voltamos de novo
Com sorriso no rosto
Com sangue nos olhos
Linhas no meu bolso
Anos-luz à frente
Pronta pra dar o troco
Ressurgi das cinzas
Reconheci meu corpo
Essa é pros amigo que partiu pr'uma melhor
Eu canto pra subir, mano, eu não sei rezar
Essa é pros amigo que partiu pr'uma melhor
Eu rezo pra subir, mano, eu não sei cantar
Minhas dores gritam no meu grito exausto
Corpo casto, corpo gasto
Negro filho do sol, nasci astro
Leia na noite do meu corpo seu signo
Me siga dos bons aos cínicos
Destruindo seu reinado de prédios
Me sinto Tim Maia, então chame o síndico
Lembro do tempo da escola
O professor que me achava idiota
Me reprovou
E hoje tá usando meus verso na prova
Eu herdei muitos erros do meu avô
Mas diferente dele eu me mudo
E mesmo mudo eu faço tu sentir a dor
Do que é escrever histórias desse submundo