Rap
Jogo minha mãe na Itália
Jogo meu pai na fazenda
Jogo talento no estúdio
Jogo Dior na minha pele
Jogo dourado no escuro
Jogo meu som na sua bad
O privilégio do artista não é o reconhecimento que a obra gera,
Mas ser o único a vê-la antes de expô-la numa tela.
Não adianta nada
Vir remar contra a maré
Vacilão aqui se arrasa
Porque nós tem muita fé em Deus
Hoje em dia todo mundo quer ser rua e favela
Quero ver disposição pra viver aqui dentro dela
Os polícia invadindo, tia andando com pressa
Goteira na telha nesse clima de guerra
Horas no estúdio e madrugadas acordado
Se eu não for o mais talentoso, eu vou ser o mais esforçado
Cês chamam de ego, eu chamo de autoconfiança
Mas não confunda reciprocidade com vingança
Aprendo tanto com os meus erros que o meu erro é não ter errado mais
E o preço é alto demais
E ninguém tá a salvo
O alvo é o topo, mas chegar no topo sempre faz de você o alvo
Estou convicto então serei mais forte.
Seja claro e objetivo.
Sim é difícil eu sei !
Mas depois torna se simples
Qual dos de nós vai se render primeiro, fugir primeiro
Dizer que ama ou odeia primeiro
Só o medo da decepção já é um tiro certeiro
O mundo é seu mulher, fica à vontade
Mostra que ser preta não é só dificuldade
Se quiser pode jogar o cabelo
Bota a mão no joelho
Afronta o mundo inteiro
Nunca foi tarde
Eu só lembro do tempo bom, pequena
Esqueço dos problemas quando a gente 'tá junto
Eu só lembro do tempo bom, pequena
Eu te ofereço meu amor vagabundo
Eu e você contra o mundo
beba um cálice de um vinho tinto
já não somos tão jovens mais
você descobre sempre quando eu minto
e blefo com casal de Ás
O medo paga a farmácia,
Aceita a vigilância,
O medo paga à máfia pela segurança,
O medo teme de tudo por isso paga o seguro,
Por isso constrói o muro e mantém a distância!
Eles têm medo de que não tenhamos medo.
Quero ser Fernando Pessoa, não Fernando Beira Mar
Pablo Neruda, e não Pablo Escobar
Deu pra sacar?
Não é pela cifra, é pela safra
Por amor, e pra isso eu entro até em estado de estafa
A gente não fala, a gente desabafa
O Brazza não escreve, o Brazza psicografa
Admito, sinto medo às vezes
A violência me olha com sede
Homem da caverna de Platão
Atirando pra pintar paredes
Orixás moram na minha testa
Coroa celestial
Prêmios por minha cabeça
Quem tentar sabe o final
Sociedade, o problema é essencial
E se ninguém vai ser do bem
Bom, tentemos ser menos mal
É igual miséria do inquérito, bem-vindo a América
Casamento é uma convenção, o meu amor não cabe nisso não, ele é livre e moderno sem grinalda nem terno que seja eterno enquanto sincero e eterno.