Rancor
Não vivo sem você - Prosa
Senti-me triste e frustrado.
Não conseguia parar de chorar.
Senti-me humilhado e passado para trás.
Achava que estava tudo bem, mas na verdade, só na minha cabeça estava.
Achei que a estava fazendo bem e feliz, mas para a minha surpresa, você estava muito cansada.
Senti-me totalmente arrasado.
Então, você disse que já estava decidida a não me querer mais. Parecia não se importar com os meus sentimentos e, com o quanto eu estava sofrendo.
Meu sentimento de tristeza, de uma hora para a outra, se transformou em mágoa e rancor.
Escrevi coisas que jamais quis lhe dizer.
Fi-la sentir-se culpada, por eu ter ficado tão mal e triste.
Mas sabe, não eram aquelas palavras que eu queria dizer-lhe. Na verdade, o que eu queria dizer-lhe era...
...Não vivo sem você.
Que bom seria se os casais apagassem suas mentes ao deitar. Tudo o que aconteceu durante o dia seria esquecido. As brigas, os rancores, as desavenças e até as alegrias. Isso mesmo... Dormir de mente limpa, onde somente o amor teria espaço e vez. Como se a cada noite um conhecesse um pouco mais do outro."
O que passou, passou sim!
Mas é bom recordar de vez em quando para que não se corra o risco de tropeçar nas mesmas questões e pessoas. A memória desses episódios não deve ser um gatilho, mas pode ser um alarme de segurança quando preciso.
"Esteja sempre apaixonado(a)...! Pelas pessoas, pelos lugares, pelas situações. A paixão nos faz ver tudo pelo melhor lado. O indivíduo apaixonado não tem rancores, pouco se irrita, mantém mais harmonia com tudo e todos.
Apaixone-se e seja feliz!"
Fé e Ciência fazem as pazes na Psicologia, pois esta ciência conseguiu dar nomes e mapear os males e distúrbios mentais, causados por entidades demoníacas à humanidade, ao longo dos séculos.
Viver cada instante em seus significados o torna especial, importante e feliz, e serve para que compreendamos que agora é diferente de depois. O que ficará é o que se tem e que nos tira do transitório, e eleva o sentido de pertencimento às simplicidades de quem nos quer bem e oferece possibilidades e certezas. Desta forma medimos o valor, a importância e o significado de cada pessoa em nossa vida, pois pessoas necessárias sempre estarão além de saudades e lembranças porque nos entregam mais do que tem, fazem mais do que podem e agem mais do que esperam, sempre rompendo barreiras. Quaisquer momentos que partilhamos com pessoas especiais nos traz a doçura de tantas satisfações que somente pessoas dispostas às bondades conseguem compreender, pois olham nos olhos e nos transmitem a paz necessária para sanar as inquietudes, as dúvidas as angústias aliviando as dores do pesado fardo que carregamos. São pessoas que se desculpam com o mesmo afeto que nos agradecem, dedicam o mesmo amor no mesmo tamanho da generosidade que lhes alimentam o coração, e, às vezes, sem muitas palavras, nos consolam, e com poucos gestos nos acolhem, e com um simples abraço nos fortalecem. É importantíssimo compreender, definitivamente, que quando alguém que amamos se vai não somos nós quem perdemos, pois continuaremos aqui. Quem se vai não poderá mais nos abraçar, nos acarinhar, falar conosco... Quem se vai nunca mais nos verá, nunca mais sentirá nosso cheiro, nosso calor, nossa presença... Não terá mais o nosso riso, o olhar, a atenção, inagine que não vai mais segurar nossa mão e entrelaçar os dedos para dizer ESTOU AQUI. Ficarão lembranças e saudades, mas que nem sempre serão de alegrias e celebrações, contentamentos e compreensões. Verdadeiramente quem perde mais não é quem fica, e por ou sem querer, tem pessoas que causam sofrimentos sem se importar. A pessoa que se vai perde a luta, também porque tiramos dela a chance de nos falar, de nos entender, de nos aproximar... E retiramos dela a chance de nos perdoar. Jamais devemos e nem podemos esquecer que mágoas e rancores não são exclusividade de quem fica, quem se vai também as levam.
John Pablo de La Mancha
Odeio você
Odeio você porque me faz sentir
como se amar fosse um erro, uma ilusão.
E o medo invade, começa a consumir,
enfraquece o amor, transforma em solidão.
Odeio você por deixar exposto o que é meu,
por me despir de certezas, por me rasgar em dor.
Como se o nosso fosse um amor qualquer,
como se o amor fosse prisão, fosse rancor.
Odeio você, por deixar nosso amor tão vulnerável, instável,
me pergunto se algum dia foi real, se foi verdade?
Pois esse sentimento, embora indomável,
tem a fraqueza de quem ama sem liberdade.
Então odeio o que você fez, o que nos tornou,
esse amor ferido, um campo de guerra.
Mas odeio ainda mais o que restou,
a esperança teimosa que, ainda, por você, espera.
Entre humildes e soberbos. A mente sobre travesseiro baixinho, belos sonhos e sobre travesseiros bem altos, só pesadelos.
Vendo o dia passar grudado no celular
Mais um dia em frente ao computador
Mais uma noite
As noites nunca acabam
Permaneço acumulando ódio e rancor
Gostaria de escrever
sobre as belezas
que é conviver
em sociedade.
Como nós,
meros seres humanos,
vamos encontrar todos
o mesmo fim.
Mas quanto mais experiência
adquiro,
mais observo,
que nosso objetivo
é fazer das pessoas,
objetos.
Uma verdadeira comédia,
deveríamos todos nos amar,
mas o objetivo
é outro.
Sentado,
é que o homem
começa a pensar em toda
a sua existência.
Sentado em seu sofá
ou em uma cadeira qualquer,
o homem começa a viajar para
o futuro ou relembrar seu passado,
mas esquece de vivenciar
seu presente.
Sentar pode ser mais prejudicial
para o homem,
do que qualquer
cigarro ou
qualquer copo de bebida.
Sentado.
Sentar pode ser
o ato de puxar o gatilho,
e ouvir o estrondo
de sua mente.
Deve ser por isso
que fazemos a maioria
das coisas sentado.
Trabalhamos sentados,
comemos sentados,
assistimos sentados,
aprendemos sentados,
e talvez
pensamos de mais,
sentados.
Existe prisão mais encarceradora, que aquela que nos prende em nós mesmos?
Quando alguém nos prende, na verdade estamos livres. Os nossos planos, projetos, esperanças, podem até ser interrompidos, mais não finalizados.
Mais quando estamos presos aos desejos impossíveis, aos rancores da vida, ao ódio que alimenta a angústia da alma, essa sim é prisão incomum.
Ficar preso ao passado é como morrer sem nem mesmo ter nascido. É como estar-se sempre mergulhado num lago, sufocado, sem perspectivas.
Estar preso em coisas que não edificam, promove uma dor tão suprema que nem mesmo a morte pode superar.
Hoje, liberto-me de uma prisão, de muros que eu mesmo construí. De grades de ferro que eu mesmo forjei com tanto rancor, na bigorna dos pensamentos, que sempre martelavam os mesmos lamentos e traziam de volta o mesmo sofrimento
Liberto de mim mesmo, estou livre para o mundo, para a vida, para o novo, para tudo aquilo que um dia enterrei em mim.
Assim como não devemos maldizer aos acontecimentos infelizes de nossa vida, tampouco aquelas pessoas que nos prejudicaram, pois tudo e todos nos presentearam com lições valiosíssimas, as quais nos fizeram pessoas melhores, se tivemos visão de sabedoria diante delas.
Hoje um cara me disse que o que faço no momento (profissionalmente) não tem futuro. Acredite; ele não tem porto seguro algum, eu não tenho pena pois sei que o meu espírito não precisa disso. Da minha vida cuido eu, e da minha conduta e respeito ao próximo também, faço a minha parte sem pensar no que vou ganhar, pois o Divino Criador domina a minha recompensa.
Humanidade.
A humanidade necessita
de mais amor,
mais paixão,
mais calor.
O destino da humanidade
é o mesmo
menos egoísmo,
menos rancor,
menos calor.
O fim do individuo
fora da humanidade
é o mesmo,
a incessante escuridão
da morte.