Raízes
Superfície (O que o coração não alcança)
O que se planta na superfície não se cria raízes, e o coração não consegue alcançar.
The Vincit (Klaus)
Um poço literário, quem poderia ler? Que eu me firme nas melhores fibras e raízes, para poder enxergar melhor a bússola dentro de mim, que me levará a você.
Sou como uma árvore
Raízes revelam o meu ser
Me inclino, balanço com o vento
O sol, afasto as folhas só para ver
Deixar a luz passar é meu alento.
Cultiva o meu pé de amores junto ao teu peito e sinta as minhas raízes costurarem o teu coração quebrado.
Castro
Porque uma hora a gente tem que criar raízes, não vamos ser jovens para sempre. Porque esse negocio de ficar pulando de galho em galho, não dá. ''Pressa e oportunidade'' nem sempre vai ser a melhor escolha. Entendo que cada um tem o direito de se relacionar quantas vezes quiser na vida, mas temos também que aprender a se relacionar com os defeitos do outro também, não só com as qualidades. Porque ninguém é perfeito.
''Sem passado, ninguém chega ao futuro''
Para chegarmos a algum lugar precisamos ter nossas raízes, ter algum conhecimento adquirido, possuir bases. A nossa vida precisa ter um alicerce. Ao longo dos anos vamos construindo nosso futuro justamente em cima dessas bases.
E o nosso futuro nada mais é do que a soma dos nossos presentes que um dia se tornará passado. E muitas vezes queremos ignorar nosso passado e acelerar algumas etapas do presente para chegar no tão sonhado futuro, mas não podemos esquecer que se não plantarmos hoje não colheremos no amanhã.
Nosso futuro é feito de todos os aprendizados que já vivemos no passado, seja de experiências boas ou ruins. Sei que tem hora que queremos esquecer o nosso passado, passar uma borracha por cima de muitas coisas, mas são justamente essas coisas que nos tornaram o somos hoje, são essas experiências que nos fizeram amadurecer, evoluir, aprender todo o conhecimento que já temos.
Tem uma frase que gosto muito também que retrata bastante isso: Passado não é lixo!
Não vamos ignorar o nosso passado, as nossas experiências, condenar os nossos erros, devemos olhar para o passado como um professor, como algo que nos trouxe muitas lições ao longo da nossa vida. Que a gente possa utilizar da sabedoria adquirida ao longo do tempo para construir um futuro melhor para nós.
Era uma arvore vigorosa de raízes bem fincadas,
com seu tronco bem exuberante e galhos fortes e folhosas,
morada de muitos pássaros, que neles se aconchegavam,
uma sombra fresca oferecia a quem quisesse fugir do sol
e debaixo dela deitar-se e descansar.
Mas não era assim que era vista,
humanos insanos,
amputaram seus galhos
e sem piedade expulsaram os pássaros
e fincaram em seu coração
o que eles chamam de modernidade
mas a raiz dela era profunda
afinal ela era fêmea
fértil e bélica por natureza
com o tempo se refez inteira;
e hoje olham para ela admirados
como pode uma arvore dessas
conviver com a modernidade?
Segredos só dela.
Exigências RASAS, entregam pessoas RASAS, sem RAÍZES. Desistem com FACILIDADE e não criam MATURIDADE.
Você é
Rosa sem espinhos
De essência única
Raízes fortes
Se eu pudesse
Te traria para meu jardim
E te chamaria de meu trevo da sorte
A vida tem mil encantos e a natureza é seu trunfo maior.
A relva alada em raizes, galhos rendidos ao alto, são bicos de aves com fome...
Reverencia o céu, em rubor nublado, pela lua beijado. Ah! Não precisa de nome.
Criar raízes não é meu objetivo. Minhas asas não cabem dentro de um espaço, hora bolas, necessito de voar, e algum dia, brevemente, poderei posar em algum lugar.
O SILÊNCIO DAS ÁGUAS
O silêncio sufoca a solidão
Nas invioláveis raízes mortas
Amordaça em ácidas mágoas
E é no das silêncio das águas
Que me sento encostado
Ao tronco do velho loureiro
Que está na margem do rio
Entre as fragas escorregadias
E escuto o silêncio das horas
Nas memórias já distantes
Limos transformados em lamas
Palavras que deixam saudade
Consumidas em lodos, medos
Trilhos de silêncio perpétuo
Caminhos feitos da imortalidade
Entre o nascimento e a morte
Na calmaria do silêncio das águas.
Somos tão imensamente momentâneos, que nos esquecemos de nossas raízes. E quando crescemos vimos o quão longe estamos, ao perscrutar a fruta longe do pé.