Racismo
O amor puro vive em estado de liberdade. Essa essência dentro da gente que nos resgata quando não somos incríveis...Eu chamo de amor.
Quantas vezes nós somos os vilões? Não é culpa diretamente nossa se somos educados pela sociedade de forma que muitas vezes os preconceitos ganham força. Por mais difícil que seja lidar com emoções, tentem não se esquecer que a compaixão, respeito e afeto é o que de fato cria raízes sobre as nossas lutas e discursos. Não queremos acabar com as pessoas, queremos acabar com as intolerâncias, as desigualdades e com as redomas "intangíveis". Dialoguemos, antes que seja tarde, antes que o nosso discurso tenha apenas efeito contrário de amor, e nos tornemos uma outra vilania.
A violência gera mais violência. Não vamos alimentar o preconceito com mais ódio. 🌻Que possamos demonstrar a grandeza de sermos conscientes com o afeto. Deixemos nossas miudezas intolerantes continuarem decrescentes.
Porque não queremos ser uma nova sociedade que oprime. Queremos libertar a todos de tudo que nos limita enquanto sociedade. Por isso devemos nos esforçar para lembrar o quanto é apaixonante as segundas e milésimas chances que a vida nos permite para amadurecer e aprender a respeitar o próximo.
Mirla S. Ferreira
Abro os olhos
Nem tudo é claro
Fecho olhos
A escuridão me toma
O medo me consome
A bala nem sempre perdida
As palavras sempre doidas
Me fazem dormir
E não querer acordar
E mesmo querendo,
Talvez eu não acorde
Me sinto sufocado
Me sinto preso
Ao preconceito
A violência
A indecência
De quem me julga pela cor
Sem ar
Preciso acordar
Luto
Com o medo
Com o mundo
Devolvam meu ar
Preciso viver
Mudar o rumo
Da minha vida
Da minha história
É preciso lutar
Traçar um destino
Diferente deste
Que o teu preconceito
Tenta me dar
Louco, desatino,
Ainda acredito, mas
Será que viverei preso
Ao sonho de liberdade
Que muitos querem roubar?
Continuo preso
Preso em casa
Preso em mim
Ou numa cela
Preso em pensamentos
Julgamentos
Que crime cometi
Que me tira tudo?
Até o direito
De está onde estou
De ser livre
De sonhar?
Ao que parece,
Meu crime é minha cor
Sou criminalização
Sou julgado
Condenado
A cela
A morte
A dor
Por carregar comigo
A legitimidade de uma história
De lutas,
Conquistas,
Por carregar
Além de sonhos, minha cor.
Grito
Não me ouvem, ou
Querem me calar
Me roubam tudo
E o crime,
O que não cometi,
Querem me ver pagar
Tu cometes,
Eu pago,
Não importa
Sou ferido
Contido
Punido
Querem me ver ajoelhar
Querem me ver caído
E assim comemorar
Ainda resisto
Preciso levantar
A autoestima
A voz
O ânimo
A confiança
Pra mim, tudo importa
Meu lugar no mundo
Meu lugar de fala
A ferida no peito
A dor na alma
O ar que me falta
Tento me manter vivo
E vivendo, me sinto morto
Preso
Quero sair
Vamos encher este mundo de amor
Vamos esvaziar todo estoque de mau humor,
De ódio, de falta de esperança, de azar, de pessimismo;
Vamos sabotar a mentira, o preconceito, o racismo,
A falta de empatia, o egoísmo;
Vamos abastecer os olhos de poesia,
O coração de melodia, o ar de alegria…
Vamos transmitir somente os bons sentimentos,
As boas notícias, o que realmente faz sentido;
Fazer de nosso jeito;
Espalhar o amor,
Viver as nossas diferenças
E respeitar o que não nos diz respeito.
Vamos, todos juntos, fazer diferente,
Reconstruir dessas ruínas da fatalidade,
Um mundo sem o instinto primitivo da maldade;
Agora é hora,
O universo nos dá uma nova chance
De viver com dignidade
Para construir um futuro diferente,
Sem olhar os erros do presente
E reconstruir uma nova realidade.
“Supremacia branca? Que tal supremacia do esforço à desídia; supremacia do esmero à demagogia; supremacia do ímpeto virtuoso às cantilenas de vitimização; supremacia do trabalho ao ócio; supremacia da raça humana sobre as narrativas. Se a cor da pele for preta, amarela ou branca, em verdade, pouco importa. Quando a disposição que emana do indivíduo impõe-se frente a toda e qualquer adversidade, estas tornam-se conquistas de diversidades.”
O sonho de um rei
No canavial dorme um rei à sonhar,
com a fouce malhada pelo trabalho,
tendo em suas mãos o cetro da dor,
mostrado em açoite; amarrado no tronco.
Curvando a cabeça sem coroa, mas
tendo a verdadeira nobreza em seu peito,
seu peito preto de sangue vermelho
igual de seus algozes que impedem sua voz,
mas sua mente sonha e seu rosto chora,
lembrado do torrão natal… cor de sangue,
é a terra de sua terra, a onde era rei...
Na África era o seu punhado de alegria,
alegrando e sonhando com palmeiral verde escuro…
No sonho este rei era de novo livre,
com o pé no chão firmado de coração real,
numa marcha de contos reais sobre si,
longe de tudo e perto das correntes,
sua alma livre da escravidão voava simplesmente…
Contudo, sua alma arroubada panteia,
lembrando a negra rainha que em sonho vozeia,
das lágrimas que molham seu rosto
tem o nome de todos seus filhos,
em seu sonhos não há chicotes em seu corpo
apenas o beijo na face de seus filhos…
De joelhos, de mãos estendidas asseguram,
tudo está livre dentro do escravo que sonha,
cortando em seu rosto uma lágrima dorida,
que de insensível bebia a terra de sua agonia.
Mas o rei que sonhava, sonhava livre, sem correntes,
gritava para si e para outros: - Não apagará a minha história!
Hoje seu sonho ainda é sonho, na mente dos sonhadores,
escravidão de correntes invisíveis nos prendem,
açoites do racismo machucam a pele negra,
que ainda sonha o sonho do rei que sonhou….
Que o seu corpo fosse tão livre quanto sua alma.
Não pode haver oprimido sem que haja um opressor. Da mesma forma, não pode haver libertação sem que haja um libertador.
Graças à cor
Graças à cor eu choro,
Pensando nos sofridos
Deste país onde moro
Graças à cor eu grito,
Pelo desejo de uma vida
Onde o respeito é mais bonito
Graças à cor, o mal corre
Eles sofrem, eles sentem
E este maldito do racismo
Machuca até que um morre
Graças à cor, graças à cor
O preconceito só traz tremenda dor
Graças à cor, graças à cor
Alguém por favor,
salva-nos deste temor!
BARULHO
Um minuto….
A cada três
Um minuto…
de silêncio,
pela mãe pretaSeverina
Que encara de frente,
mais uma vez,
A sua sina
Quinhentos,
Quinhentos anos de silêncio
Sob o jugo do capitão do mato
Os grilhões,
as correntes
Cento e trinta
Quem aguenta?
Quase um século e meio
De tormenta
Livres das correntes de ferro
presos às correntes sanguíneas
à miséria da favela
asfixia!
Moral, letal!
Vão-se Pedros, Joãos, Marias, Anas
Silvas com suas histórias interrompidas
...“pow”
Três ou treze,
A bala
Sempre perdida
Só se recorda do caminho errado
E, de três em três
Minutos
Lá está
Um minuto de silêncio? Por quê?
Apenas mais um,
Somado a uma vida
Que se findou
Calada
Somado ao grito calado
De um coração materno arruinado
Pela sede de vida e de morte
Que levam às polarizadas
Extremidades
Correntes elétricas
O desespero...
Alocado ali, entre o peito e a garganta
Junto a tudo que jamais se pôde dizer
Não!
De silêncio…
Basta!
É preciso barulho
É preciso muito barulho!
Para que, das entranhas da devastação
Reverbere a igualdade
A voz com gosto de sangue
Retida
Barulho que desnude
O gosto amargo
Da falta de sabor
Da vida de milhões…
Que, vivos
Morrem um pouco
a cada minuto de silêncio
Muitos...
Muitos Minutos de Barulho!
Preta não é parda,
Lugar de mulher é onde ela quiser,
Gay pode usar saia,
Respeite o nosso candomblé.
O machismo mata,
O feminicidio só aumenta,
A bala perdida dízima,
Só derrama sangue vermelho.
Amar ao próximo pelo visto jamais,
Homofobia mata em praça pública,
A xenofobia parece ser eficaz,
Pra jogar milhões e milhões nas ruas.
Já escolheu quem deve morrer ?
Já decidiu quem vai viver?
Você tem o que comer ?
E quem mora na rua como vão sobreviver?
O silêncio grita,
Criança abusada veste rosa?
É melhor abortada ou abandonada?
De um jeito ou de outro ela está morta,
Se você não fizer nada,
Por dentro e por fora.
Não existirá preconceito, se não existir comparação. Precisamos entender que somos todos iguais e temos os mesmos direitos. Respeito mútuo.
#RespeitoMútuo
Não toleraremos sua intolerância
Nem ao menos comentários depreciativos
É era de evolução, é preciso!
E faremos revolução
Desintegre do seu âmbito
Pensamentos ultrapassados
Onde branco tem lugar de fala
e o negro que fique calado
Se limita minha capacidade
Visando como viveram
nossos antepassados
Se vire do avesso
Veja que a carne cara
No fim também apodrece
O dinheiro te faz rico
Mas o seu preconceito te empobrece.
Cada vez que eles fazem questão de mostrar que eu não pertenço aquele lugar, eu mostro pra eles que foda-se seus pensamentos eugenistas de supremacia branca... Nunca mais poderão proibir a gente em qualquer lugar.
O que distingue um ser humano de outro não é a cor da sua pele, mas a nobreza da sua alma e a grandeza do seu caráter.
Eu adoro roupas, glamour e ser invejada nas redes, sério. Mas às vezes sinto, como uma mulher não magra e não branca, que tenho que me esforçar em dobro. Tipo: “Sou mulata e curvilínea, mas estou usando um vestido caro e fiz escova, então é seguro! Me aceita!” É exaustivo. E caro.
Não sou a favor de negros, nem de brancos. Sou a favor da justiça, da paz, da união e do amor entre os homens.
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