Racismo
É tão grave acusar alguém de ser racista e homofóbico quem não foi julgado, quanto ser uma dessas aberrações.
A cor da pele está no DNA. Não somos mais negros ou brancos. Somos todos mestiços. O único problema é que o ser humano só vai entender isso, quando for perceptível ao olhar.
Quem tem pensamento são, não pratica preconceito, ou simplesmente não tem os pensamentos completamente compreendidos.
Vivemos em um tempo em que vociferar suas convicções é o caminho para a leviandade de suas verdades. A todo momento encontramos com pessoas carentes de expor pensamentos tacanhos em prol das suas mais que absolutas certezas. Não há espaço para dúvida, ou é, ou não é. Fora o tempo em que nossas avós dizem meias verdades, hoje precisamos estar conectados com as verdades absolutas de um grupo que se deixou levar pelo medo, pelas inconsistências semânticas de discursos evasivos. Não há nada a ser dito, somente a ser reproduzido. A intolerância atingiu recônditos inexplorados e apoderouce-se dos discursos efusivos de fundamentalistas defensores da fé cega, de proporções homéricas. Como diria Fernando Pessoa: onde é que há gente nesse mundo? Então sou só eu que sou vil? Esse discurso de ódio nos aduz às mais insandices das hipocrisias humanas, revela-nos a fragilidade de uma cultura insípida, porém com todos os sabores dos pseudos racionais, paladinos de uma razão de proporção bíblica, contudo à margem da pureza do amor verdadeiro. Já dissera o grande mestre: amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Desculpa, mas não temos tempo mais para isso hoje, não com toda essa tecnologia que nos impele a ser nós mesmos, que nos lance ao abismo de nos tormentas e para sobreviver às tortuosas desesperanças, lançamos mão dessa nossa pureza. Afinal, quem vive de migalhas são os porcos e antes de você, existe o eu. Para dar força contrária a esse discurso, muitos dirão que minhas palavras são expressões vazias dentro do mundo de Alice. Não há mais um país das maravilhas. E não há por quê? Por que ao cantarmos nossas diferenças, isso lhe dá o direito de ser rude? Será que ninguém absorveu o que nossos pais viveram com a Woodstock? Onde foi parar aquela liberdade de amar? Vivemos em um tempo de guerra, em que matamos para podermos ser vistos. Sim, matamos não somente os outros, mas a nós mesmos, matamos em nós o nosso direito de ser amável, solidário, afetuoso; porque aprendemos paulatinamente que isso é para os fracos, melhor, para os fracassados. Saramago, brilhantemente, nos confessa (e faço das palavras dele as minhas) que a palavra de que ele mais gosta é o não, há um tempo em que é necessário dizer um não, pois o não é a única coisa verdadeiramente transformadora. Assim, diante de tantas desmesuras, de tanta desumanidade, é essencial que digamos não a tais censuras. Para que não nos acostumemos a essa fria realidade opressora, defensora da falsa moral e dos falsos bons costumes. Entretanto eu sei que a gente se acostuma, mas não devia.
Eu sinto que o Brasil, ele tem uma dívida com a diversidade, mais do que uma vocação por que ele não exerce essa vocação. Ele aplaude a missigenação quando ela clareia, quando ela escurece, ele condena a missigenação. esse é o grande problema, principalmente, do negro do exterior, quando ele vem pro Brasil isso fica mais gritante. Por que essa idéia de democracia racial, que foi construida, de que o Brasil é o paraíso das três raças, isso é uma verdade quando você tem a pele escura.
E a gente tem essa cultura, no Brasil, da opressão gritar, e o oprimido ficar calado, se sentindo errado. Então, a garota foi estuprada, e a culpa é dela por ter usado uma mini-saia, isso é uma doença, isso precisa ser combatido! entendeu?
A pessoa foi descriminada e colocada pra fora de um banco por que a pele dela é preta, e aí vão dizer "aah mas não foi assim, mas porque você tava de boné, mas porque você tava de tênis, é porque você tava com um moletom, é porque você tava com uma mochila". Não, você sabe que o taxi não para pra você, e a viatura para, esse é o problema urgente, do Brasil.
Todo racista que já conheci era de esquerda. Nunca vi tanta discriminação racial quanto num grupinho de progressistas. Há um cuidado, uma cautela, para com o amigo negro, e um medo de tropeçar em seu racismo amordaçado, de tal modo que o tratam sem nenhuma naturalidade, com um zelo forçoso e calculado, mascarando de "dívida histórica", a dívida que ele tem (e esconde) de si próprio.
O sujeito livre de todo e qualquer racismo, passado ou presente, convive naturalmente, e do mesmo modo, com gente de qualquer cor de pele, sem ponderar palavras ou gestos por... cor de pele. Isso é tão óbvio, tão lógico, que dizê-lo, em tempos relativistas, soa absurdo.
Uma das maiores covardias ao negro, foi negar-lhe sua identidade, fazendo com que os próprios refletissem o racismo como uma forma de serem aceitos na sociedade.
Parem, parem de agir como idiotas, pessoas infelizes que criticam a todo momento pessoas, por serem negras, homossexuais, pobres, feias, a beleza mais linda é a do coração, não existe outra a não ser essa, não suporto mais tanta hipocrisia vinda de seres que apenas "são humanos".
AS VEZES PESSOAS DESRESPEITOSAS E MAUS EDUCADAS DEVEM SER COLOCADAS COM MUITA EDUCAÇÃO NO SEU DEVIDO LUGAR PARA APRENDEREM PUBLICAMENTE O VALOR DO RESPEITO!
A discriminação não atinge a quem foi ofendido, mas afeta moralmente a consciência de quem ofendeu, pois a resposta é obtida por sua própria incapacidade de aceitar e conviver em grupo.
A melhor forma de acabar com a guerra é pararmos de priorizarmos alguém segundo a cor da sua pele.
Enquanto vivermos por baixo do mesmo céu, temos mesmos direitos.
ABSOLVIDOS PELO MERCADO
Só tive o meu trabalho escravo
(Sou dono de Trabalho, Escravo)
Lutei e fui alforriado
(Não luto e sou, alforriado)
meu corpo leva o caos a marcado
(Seu corpo leva, ordem, mascavo)
Minha luta gera, corpo lascado
(Sua luta leva o Caos ao Estado)
Com meus barracos edificados
Os seus barrocos, deificados
Suor e Sangue, pauperizados
Absorvidos pelo Mercado
(Vossos meninos, vilões armados)
(De mim distantes, pobres coitados)
(Minha segurança, ter Estudado)
(Absolvidos pelo Mercado)
(Racistas negros, cotistas pardos)
(Nas confrarias, brancos atados)
(Os homens bons escandalizados)
(Orgulho e raça do seu passado)
Cotistas Negros, Racistas Pardos
Entrando em salas, não desejados
Enquanto buscam serem igualados
Aos que não foram "Ventre-Livrados"
(Fui dono de Pobres coitados)
Só tive o meu barroco Lascado
(Não luto pelo seu Caos no Estado)
Cotistas Negros , Ventre-Livrados
Nas confrarias, alforriados
(Racistas Bons , Vilões Escravos)
Absorvidos, Não Igualados
(Absolvidos Pelo Mercado)
(Homem-Bom)
Alforriado
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