Racionalidade
Esqueceu de si mesmo o Homem,
Na inteligência a racionalidade,
Na razão fora da razão,
Uma natureza despedaçada.
Tortura a duros golpes, maltrata,
Em volta de si um casulo delineia,
Achando-se rei dono do mundo,
És apenas no campo um grão de areia.
Esqueceu mesmo o Homem de si,
Achando-se rei dono do mundo
De olhos abertos, dorme e se fecha
No egoísmo, o fracasso mudo.
Tomou conta de si a ganância.
Chora a natureza o que é dela reclama,
Busca salvar-se a todo custo,
Como à mostra o velho Chico na lama.
Na sua conjuntura estonteante,
Perece por si mesmo achando-se forte
Oh! Homem abra suas pálpebras,
Do leste a oeste do sul ao norte.
Ao esquecer de si, vem a perecer.
É tempo ainda, antes que seja tarde.
Alternativas existem e são belas,
Saia de si, tenha racionalidade.
O amor não se trata com frieza, distância, silêncio e racionalidade. O amor é irracional, quer ficar perto a qualquer custo, falar de qualquer maneira. Desconsidera tempo e conselhos, não precisa de dúvidas, ele age e até faz papel de bobo muitas vezes, mas não fica parado. O amor se renova a cada dia mesmo tendo terminado toda noite. Amar não é ter certeza, não é equação matemática, notícia de jornal. Não é pensar, refletir, se segurar.É agir de tal forma comandado não pelo que você é, mas sim pelo que você sente. Mesmo com todas as suas imperfeições. mesmo com toda às dúvidas. É fechar os olhos, segurar as mãos e se jogar.
A racionalidade projetual arquitetônica deve adequar-se às legislações específicas, mas não ser dela a verdade incontestável do conceito. Conceito não é técnico científico, e sim observacional sentimental.
A racionalidade é feita de pensamento e ele sempre vem de algo já conhecido. Talvez seja este um dos caminhos para explicar por que só usamos 10% de nosso cérebro. Se permanecermos no "terreno cercado" do que já é conhecido, como poderemos ser originais, criar, inovar, ser outra pessoa, mudar, crescer? Temos muita capacidade, potência, habilidades. Devemos internalizar a resposta a esta pergunta: o que move teu pensamento?
No entanto, por mais potentes que sejam as forças que regem a racionalidade, surgem sinais que revelam a fragilidade de tais forças. A racionalidade certamente tem valor, mas não se pode esquecer seus limites e os limites que ela impõe.
O mal da racionalidade é que ela dá o poder da escolha e do raciocínio pra quem merece apenas o direito de pedir perdão.
O Homem utilizou-se da racionalidade para chegar a animal. O animal irracional renunciou esta pretensão.
Mercado de amores
A paixão e a fome são iguais. Cegam e somem com a racionalidade .Ir a uma padaria com fome é o mesmo que , na carência, sair e encontrar o "verdadeiro amor" uma dezena de vezes no mês. Assim que saciados, ambos perdem a majestosa urgência do querer mais . A grande questão é ter , mesmo abarrotado de comida - ou de carícias - a ultrapassada necessidade de repetir sempre o mesmo prato -ou o mesmo abraço- uma porção de vezes e nunca ficar satisfeito. Aí, só pode ser uma coisa : Lombriga - ou Amor-.
A Racionalidade reduz a capacidade humana de sentir! Os sentimentais sofrem mais, porem vivem melhor aproveitando cada momento!
A vida nada nos ensina contudo, oferece experiências e cabe a nós usarmos a racionalidade para extrairmos o valor objetivo das coisas.
Aquele que foi formado para ser um ser racional nunca viveu sua racionalidade o que de fato deve ser “Ser Pensantes”, analisadores de seus próprios conceitos, pois os atos que o mesmo pratica explica em certos pontos sua irracionalidade e incapacidade. A natureza explica que às vezes o que o homem até hoje nunca explicou, a sabedoria dos animais. Cada um interage de maneira diferente, o amor, a amizade entre se e enfim. Tudo isso explica que o vive preso em si mesmo, pois a intelectualidade que lhe foi dada é soberana, e inexplicável.
Contudo tem suas habilidades, mas o medo e abrange todas sementes de fé, sufocando e matando-as, isso é uma das causas que se torna o homem um galinha. Pois a mesma olha para cima percebe que a tela não está alta, mas tem medo de tentar voar para fora. Por isso, é sublime dizer que, “Quem nunca errou nunca nasceu” (Ralfe Maciel). Por tanto, é compreensível o lado e os sentidos da águia onde desperta em cada um de nós a curiosidade e a persistência da pergunta. Será que existe esse lado galinha e águia no ser humano? É importante considerarmos que o conceito de estado de natureza é também uma construção social e que varia de acordo com a cultura, a época, as vivências. Não há um único estado natural para o ser humano, mas vários princípios construídos ao longo da vida. Por tanto observamos que, galinhas e águias são de diferentes espécies, mas nada impediu a águia de construir sua vida e seus hábitos a partir daquele contexto social, tornando-se galinha.
Quando o naturalista pegou a águia e colocou em posição de vôo vimos que ela tremia , essa é a razão de muitos homens águias não conseguirem conquistar a liberdade, pois tem medo das “alturas” e esse medo impede que o mesmo experimente nova vida. Então, o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, de sorte que seus olhos pudessem se encher de claridade e ganhar as dimensões do vasto horizonte nessa hora a águia pode criar coragem, pois esqueceu da imensa altura e dos riscos, tomando essa atitude pode voar alcançando as seus alvos e desejos. Às vezes o homem tem medo de voar, de ser feliz, de tentar e não consegui, tornando um homem galinha com coisas tão que complexas de ser entendida, mas apesar de tudo é preciso de ajuda como a águia, é preciso que alguém mostre o sol, ou seja, ensina-lhe a direção que deva tomar.
Cada ser humano tem uma estrutura básica que se manifesta mais como águia em alguns, mais como a galinha em outros. Cada um precisa escutar essa natureza interior, captar a águia que se anuncia ou a galinha que emerge. Após escutá-las, importa usar a razão para ver claro e o coração para decidir com inteireza. Somente assim se conquistará a promessa de um equilíbrio dinâmico
A história da águia e da galinha nos evoca o processo de personalização pelo
qual todo ser humano passa. Não recebemos a existência pronta. Devemos
construí-la progressivamente. Há uma larga tradição transcultural que
representa a caminhada do ser humano, homem e mulher, como uma viagem e uma aventura na direção da própria identidade.
O ser-humano so consegue ser feliz quando vive com a alma
e o coraçãoe e sacrifica a racionalidade. Porque é lá onde nasce os sonhos e a vontade de fazer a diferença.