Racional
SOBRE A JUSTIÇA COMO ANSEIO SOCIAL
O homem é um ser em maior ou menor medida racional, pois procura justificar seu comportamento racionalmente, isto é, pela razão, impelido pelo temor e pelo desejo. É deste modo que seu temor ou seu desejo se relaciona como um meio, através do qual um fim será atingido. A relação entre meio e fim se confunde com a de causa e efeito, de modo que, com base na experimentação e, consequentemente de modo científico-racional, justifica suas ações. Consoante este pensamento, cria-se necessariamente, uma escala de valores que nortearão o que a sociedade chamará de “comportamento justo”. Embora a pergunta sobre o que realmente venha a ser o valor maior não possa ser respondida racionalmente, posto que o valor é um juízo subjetivo-relativo, é necessário ao homem a profunda justificação ou racionalização de seus atos, afim de aplacar sua consciência.
No ambiente corporativo, o racional, a melhor técnica, o maior conhecimento, são essenciais, mas ainda habilidades comuns, por isso continuo acreditando que somente as pessoas, seu lado pessoal e não racional é capaz de fazer a diferença em meio a tantos iguais.
O animal mais racional: o Homem.
Ele é pior que um cão, o cão morde, o homem, mata, constrói, destrói, polui, desmata, e mais, ele mesmo tem conciência disto.
FÉ, EIS A QUESTÃO!
A fé é racional...
Sim! Fé é uma construção de pensamentos, muito mais do que sentimentos. Fé é reflexão, estudo, análise, perguntas, inquietude, decisão.
Fé não é uma coisa que acontece por acaso, do nada, como uma explosão de convicções do subconsciente que surgem na – possível – maturidade espiritual.
Tipo: “Hoje eu acordei meio crente”... (???)
Quem tem fé não se contenta com as conclusões alheias. Quem tem fé não se permite enganar, nem pelos outros, nem tampouco por si próprio. Quem tem fé questiona e questiona-se.
Quem tem fé não anda com fé pelo fato de que a fé não costuma falhar... Isso não é fé, é fideísmo; a fé que cega, que impede o raciocínio, que proíbe o entendimento, que emburrece e escraviza, que acovarda e submete, que joga a responsabilidade para o “universo” na tentativa de se isentar das consequências dos próprios atos ou para culpar alguém que não seja a si mesmo.
Deus não criou fantoches, zumbis ou robôs. Criou seres a sua imagem e semelhança (ou seja, inteligentes, pensantes, proativos, criativos), soprou vida e deu o livre-arbítrio. Nossa escolha é muito importante para Deus, se não fosse assim Ele nos teria feito seres obedientes por natureza e eliminaria do nosso vocabulário os “porquês”; ou melhor, teria colocado arcanjos ao redor da árvore do conhecimento do bem e do mal para que a Eva fosse impedida de xeretar lá... Foi ter fé (sem questionamento) na serpente, olha o que deu...
A obediência pela fé é uma escolha pelo Deus do amor.
A obediência pelo fideísmo é uma imposição de um deus tirano.
Pela fé se perdoa, pelo fideísmo se mata.
O Homem é um animal racional... Leviandade
não deveria fazer parte de seus atos.
Temos que nos responsabilizar por nossas
escolhas, e ser leal as nossas promessas.
Prometer é encher de fé e ilusão alguem...
e quebrar uma promessa é como matar a fé de alguem.
(Aut: Sandra Lima)
Ingratidão! Forma mais fútil de perder a dignidade de ser ser humano e de ser racional doptado de autonomias imensas.
Quando decidimos tirar uma foto com alguém, não se trata de uma escolha racional, mas do coração. É a inconsciente necessidade de congelar o momento, na certeza de que um dia, aquela imagem será o único caminho para voltar no tempo e matar as saudades de quem não estará mais ao seu lado, na incontestável certeza de que fomos felizes!
São tantas dualidades que nem sempre fico com a mais racional... Viver é escolher entre as ilusões que criamos para nos libertar ou acreditar nas ilusões de outras pessoas, mesmo sabendo que tudo não passa de mentiras bem contadas.
E eu que fui tão racional, encontro-me presa na tentativa de um suicídio passional, uma janela de oitavo andar com três lados pra pular.
Um lado eu já não quero mais, fica ao sul e jurei que se fosse pular, não voltaria atrás.
Na frente eu vejo um passado que sempre foi presente, mas se desmotivava ao ver o sul. Mal sabia o poder que tinha, o sul foi ocupado por sua falta de espaço, quer dizer, por ter expandido esse espaço pra tanta gente, tantos lugares... Hoje você faz uma festa interna e me convidou, será que vou?
Ao lado eu vejo a verdade, a própria sinceridade em forma de relevo. Veio no momento em que o sul precisava ser desocupado, de um modo sutil engraçado e com o cheiro da terra muito agradável. Se eu aqui acampar, corro o risco de fazer morada.
Hoje preciso dormir em algum lugar, não sei se é festa ou acampamento, sei que preciso residir, pois essa inconstância nômade emocional já me agonia. Eu quero um terreno pra chamar de meu, pra regar e fazer chover, pra plantar e conhecer até enquanto Deus quiser.
No dia em que eu conseguir colocar a razão na frente da emoção com certeza serei mais racional e terei menos problemas.