Rabiscos
Rabiscos num compasso desatento...
dá se o intervalo interrupto...
vazando o curso do sentimento...
tendo assim o beijo inesperado...
aclamando cada verso...
obtendo o desejo arrebatado,
muitas vezes se querendo a paixão
diante insípido ar inóspito
abraçando a vida num instante,
refere se a conjunção atônita,
a supremacia vital que arremete,
a imersão desagradável da exposição...
vendo se que abrangeu o ato insano.
inimaginável e o impensável passam a ser
a disfunção abrupta na vertente...
repetindo a nudez clara...
na sensação da brisa espalha se a vontade...
acolhedor âmbito da vertente mera ilusão,
descabida sonsa dessa essência,
refuta o senso apropriado,
desenvolvendo o repudio do derradeiro sentimento.
Rabiscos do Amor
Que o brilhar diário do Sol seja para expressar nossos momentos de alegria
Que as chuvas sejam para demonstrar que em todos os dias é possível recomeçar
Que as discussões sejam apenas pretextos para reconciliação
E que o nosso amor seja tão finito quanto a imensidão do universo.
A gente nunca esquece...
São só rabiscos na parede, a luz mansa da tv tocando boyce avenue...
E dias de inverno que ja se foram...
E esquecendo no meu quarto o quente do teu peito...
É só a velocidade da luz que entra pela brecha, e quanto mais aberta estiver a janela mais luz verás...
É só a furia escondida que exala, em um ou dois passos mais...
E a música continua, serena e clara ao cair da chuva calma sob a luz...
São só teus lábios leves e doces a beijar-me de canto, enquanto envolve os meus cabelos em tuas mãos e me faz senti-lo aqui...
São só teus olhos confusos sem entender a situaçao, e pergutando se deve mesmo arriscar...
São só tuas costas nuas para mim, deliradamente nuas sobre o meu cobertor...
É só tua mente perdida, enquanto o coraçao traça os caminhos a mim evitar...
É só o não saber ao certo onde isso vai dar, mas não deixa a minha boca largar a tua...
São só carinhos e boas aventuras, enquanto o sol brilha sobre todos...
É só a maneira como explica-me as coisas, sem se perder na imensidão...
É sobre ouvir-me, mesmo que fale sem parar por horas inteiras...
É sobre idas e vindas sem saber exatamente o que eramos...
É sobre receptividade e borbetas que palpitam nesse estômago adoecido...
É sobre como fomos, cada um a um canto, sem mais, sem uma palavra ou expressão, somente o sabor do último beijo...
É sobre quantas vezes mais passaremos pelos mesmos lugares e pessoas e as mesmas risadas e idiotices...
E continua a ser sobre o que nos tornamos ou tornaremos, ou até quando....
E se a última vez foi deverás a última...
E suma....
Querido Brian
Pense no hoje como sua maior oportunidade, pois os rabiscos passados não podem ser mudados, e as escritas que deles brotaram já são uma realidade em fatos, e não as podemos negar, restando-nos apenas algum aprendizado sobre o que não devemos repetir no agora..
"Meus rabiscos podem se parecer com os teus, minhas palavras podem se parecem com as tuas.
Mas minha alma tem o cheiro dela, e meus sentimentos a cor que eles pintam,
Então não venha confundir minha cara com a sua."
O escritor concebe uma história aeterniza com rabiscos no papel e permanecepara sempre na história.
***
Eu me rio
Do passado
Ele vem tentando
Me rabiscar
E até faz alguns rabiscos
Em mim
Mas mesmo assim
Contínuo a RIR-me dele.
***
Nao escrevo poemas eu faço rabiscos da vida em forma de arte.
O que é arte? Expressão de sentimentos e pensamentos.
A vida é um livro, você é o autor da sua própria história , escreve e apaga quantas vezes sentir vontade, terà a liberdade de se mostrar.
Ninguém pode escrever em seu lugar.
A vida é o livro suas histórias , suas memórias.
Se não fossem palavras, seriam rabiscos, manchas de tinta, o que for
Ela sempre encontraria um jeito de se expressar
E a forma como se expressa
ou o que provoca em si mesma
Não é culpa de ninguém
Não é um peso
Ao contrário, é libertador
É suave como um bálsamo
A sua única busca é
Poder ser quem é
E sentir o que sente
Eu tento fazer um auto retrato em rabiscos, ela já faz em obras de artes, seguimos um diferente do outro, ela toda talentosa eu todo rabiscado.
LEMBRANÇAS
Folheando os meus rabiscos,
Encontrei os traços que desenhei o seu rosto.
Imagem no papel gasto do passado,
Surpresa foi descobrir que ainda não lhe esqueci.
Conceição Pearce
Somos uma ponta solta
De um caderno de histórias
Por entre rasgos e rabiscos
Conta a imperfeita entrelinha
Que a gente chama de nossa
Rabiscos .
Escreve, apaga , reescreve , rasga amassa e joga fora.
Pego outra folha escreva de novo , apaga , reescrevo , sujo , rasgo e jogo fora
Cada instante vivido , cada rabisco inserido em folha em branco, mey pranto.
Desespero , mente acelerada , imipramina és a minha mina que passa comigo a madrugada
Tv , jornal , livros aos sons dos ruidos , barulhos.
Sou Vizinho Sozinho
Jogo fora o lixo , vivo em meu nicho, na dura missão de ser meu proprio patrão.
Desperdicio , a vida é mais que isso. Resquicios ,Meu vicio
Aos meus desejos , lampejos sou submisso
A gente cansa
Se esgota , e se prosta.
Nós não podemos nos perder ...
O destino fugiu de ter lavras
Nos rabiscos de nosso amar
O que ficou em meias palavras
Podemos escolher o recomeçar
Quero ainda de te saber
Tenho fome desta vontade
Satisfação de poder te ter
Por total, não só metade
Se último for este passo
Levando-me ao início do fim
Saudosar-me-ei do teu abraço
Mas antes, brandarei pra valer
Na voz do poetar, a ti saber:
- nós não podemos nos perder!
(é amor! e amor tem que viver!)....
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 de maio de 2010, 10’00” - Rio de janeiro, RJ
Os rabiscos feitos na sua vida não podem ser apagados, contudo os traçados futuros ainda podem ser desenhados...