Rabiscos
E de onde vem a inspiração dos poetas e escritores? Riscos e rabiscos, lápis e borrachas, canetas e borrões e um outro tanto de anotações.
E entre riscos e rabiscos eis que surge um coração.
Um coração bobo, que se alegra ao te ver , e que sofre quando sente saudades.
A minha paisagem interna são rabiscos.
Transfixa o que sinto e o que esqueço;
Inaudíveis lamentos imprecisos.
Sigo inerte. Encontro-me e me perco!
Sou como uma bússola sem eixo Norte-Sul.
Um livro não escrito, uma dor não sentida.
Algo intangível, inacessível azul
Do além, do aquém. Ventura sonhada e não vivida.
Perplexo sorrio no meu desalinho.
Torpor constante e involuntário;
Disperso de tudo, sinto o teu carinho
No esquecido templo mortuário.
Meus rabiscos não são pretensiosos, possuem apenas um forte apelo ao encontro a si mesmo...
“Nosce te ipsum”
''Aquele medo te domina , os rabiscos vermelho, a mente começa a gritar... Por que?. As gostas limpa o suor vermelho mas as lagrimas não apaga o sentimento verdadeiro...''
Era!
O tempo é a enciclopédia
dos rabiscos da saudade
entre o choro e a comédia
a mentira e a verdade
são e salvos da tragédia
mas a vida puxa a rédia
do corcel da liberdade.
Rabiscos
Entre rabiscos vejo meu mundo fluir
o céu se abrir,
o horizonte surgir.
A escrita me faz sentir viva,
pois assim, posso mostrar ao mundo
meus pensamentos, sentimentos...
Posso fazer do certo, o errado
do meio termo, algo preciso.
Do finito, o infinito
da tristeza, alegria
da decepção, satisfação.
Escrever é sonhar, é amar, viajar...
Ultrapassar barreiras,
viver de emoções
fazer dos personagens vilões.
Mas, é com tristeza que digo, que sinto
que não posso mais esse caminho trilhar.
Quem sabe eu dê um tempo e volte com tudo novamente,
ou talvez eu deixe de lado,
esse meu sonho e enterre de vez essa vontade.
Vontade de ver as pessoas sorrirem,
quando algumas linhas as fazerem usufruírem
de momentos nunca vividos,
Apenas criados por mim nesses escritos desmedidos.
Mas, quem sabe eu continue a divagar
e pequenos versos, irei criar.
Um poema através de um desafio
para um amigo ou talvez para o vazio.
Rabiscos .
Escreve, apaga , reescreve , rasga amassa e joga fora.
Pego outra folha escreva de novo , apaga , reescrevo , sujo , rasgo e jogo fora
Cada instante vivido , cada rabisco inserido em folha em branco, mey pranto.
Desespero , mente acelerada , imipramina és a minha mina que passa comigo a madrugada
Tv , jornal , livros aos sons dos ruidos , barulhos.
Sou Vizinho Sozinho
Jogo fora o lixo , vivo em meu nicho, na dura missão de ser meu proprio patrão.
Desperdicio , a vida é mais que isso. Resquicios ,Meu vicio
Aos meus desejos , lampejos sou submisso
A gente cansa
Se esgota , e se prosta.
Nós não podemos nos perder ...
O destino fugiu de ter lavras
Nos rabiscos de nosso amar
O que ficou em meias palavras
Podemos escolher o recomeçar
Quero ainda de te saber
Tenho fome desta vontade
Satisfação de poder te ter
Por total, não só metade
Se último for este passo
Levando-me ao início do fim
Saudosar-me-ei do teu abraço
Mas antes, brandarei pra valer
Na voz do poetar, a ti saber:
- nós não podemos nos perder!
(é amor! e amor tem que viver!)....
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 de maio de 2010, 10’00” - Rio de janeiro, RJ
Escrever e uma arte, pintamos uma tela com palavras, muitas vezes deixamos rabiscos, acentos e pontos fora do lugar.
Entre rabiscos e traços poéticos a alma fala o que o coração quer pronunciar.
Uma canção nasce de forma harmônica.
Sem dúvidas, a perfeição melódica está interligada a inspiração poetica.