Rabiscos
Adeus medo.
Escrevi tudo numa folha qualquer, deixei vários rabiscos. Entre linhas tortas, continha palavras sem nenhum sentido para você, mas com muito significado para mim.
Fechava e abri o caderno, no fundo da minha mente cantava uma música alegre, dançante, eu sorria pro nada, mas dentro de mim...todos estavam rindo.
Depois desse dia nunca fui à mesma, mas se você achar que sou louca, não se desespere, estou vivendo a minha vida do jeito que sempre quis.
Aquela mulher que sempre teve medo de correr riscos, está livre agora e feliz.
A vida tem a cor que eu pintar, quero de agora para frente o mundo multicolorido ,de rabiscos e gravuras de todo dia que eu olhar a mesma pintura eu possa ver um angulo diferente!!!
E de onde vem a inspiração dos poetas e escritores? Riscos e rabiscos, lápis e borrachas, canetas e borrões e um outro tanto de anotações.
E entre riscos e rabiscos eis que surge um coração.
Um coração bobo, que se alegra ao te ver , e que sofre quando sente saudades.
O amor tem que ser simples e leve
Como rabiscos na pele,
Que te arrancam bobos e sinceros sorrisos,
Mas se por acaso, perderem o encanto
E for preciso esquecer, apagar,
Eles somem deixando boas lembranças
E não cicatrizes e marcas.
Um jogo de luzes
rabiscos verticais e horizontais
Vamos lá fora hoje é dia de chuva
mas mal não tem, pois lá fora é verão...
Vamos correr através desses pingos
vamos pular algumas poças
Façamos uma roda e giremos
Aproveitaremos mais um dia de verão
Somos livres hoje
Livres para se prender.
Estava agoniada tentando escrever alguma coisa. Alguns rabiscos, e nada. Fiquei horas olhando pra tela do computador. Mil pensamentos, e ainda assim, nada concreto. Tentei, tentei e nada. E foi aí que eu percebi, que quando tento fazer algo forçado ao invés de fazer por prazer, a coisa não flui. E parando pra pensar, não é que é verdade? Não só com os textos, mas com a vida mesmo. Não adianta você se torturar, cismar com uma coisa se não tá fluindo, não tá se encaixando. As coisas são como tem que ser, do jeito e na hora certa. Não adianta forçar a barra. Não adianta bater ou ficar apanhando, porque bem ou mal, uma hora a dor ganha anestesia própria. Não adianta esperar por ligações que você no fundo sabe que não vão acontecer, não adianta esperar que se mude tudo o que já poderia ter sido mudado. É igual num relacionamento. Não adianta mudar sozinho. Não adianta ser paciente, tolerar coisas e passar por cima de outras enquanto o outro permanece no mesmo lugar. Se a gente tá com alguém, a gente pensa por dois, sente por dois. Se é pra evoluir, que evoluam juntos, que cresçam juntos, que tenham a sede de aprender e de melhorar. Mas nunca deixando todo o trabalho pra apenas uma pessoa, porque embora não pareça, é trabalho pesado. Dói. O mesmo acontece com a amizade. Tem que haver troca, a gente dá esperando receber, caso contrário é caridade. E sinceramente, não acho nada mais justo. Quem oferece muito tem todo o direito de querer o mesmo. Mas não se esqueça, querer é diferente de ter. Cuidado com o que se cobra e de quem se cobra. Tenha sempre na mente que nem todos são como você.
"Em meio aos rabiscos de minhas partituras e canções inacabadas, reina teu sorriso, transformando em som o que antes silenciava meu coração".
25/06/12. p/Lais
Vou errando entre meus rabiscos, escrevendo meus contos e fábulas e errando novamente, porém um dia meus erros serão vistos como inspiração de jovens mentes em busca da fantasia e de um mundo o qual eles possam se perder por algum tempo.
Aprendendo a escrever
Em meio a tantos rabiscos, vamos aprendendo a escrever. Vamos rabiscando até sair uma imagem, um símbolo, uma letra que se possa compreender. Formando palavras e desvendando esses códigos que passam a ser mais fáceis ao longo da tarefa. Buscando sempre coisas novas, porque a curiosidade humana não tem limites. E quando começa a escrever não se quer mais parar - bom, pelo menos é assim comigo. É como se a cada dia tivéssemos à nossa mão uma folha em branco, lápis, caneta, borracha, corretivo, canetinhas coloridas, lápis de cor... O que se escreve com o lápis são os nossos planos, as vezes erramos e passamos a borracha. Depois quando temos a certeza do que queremos, quando estamos a ponto de colocar nossos planos em prática, usamos a caneta para fixar nossa história à realidade. E mesmo assim, depois de ter feito planos, erramos. Aí entra o corretivo, queremos concertar o que deu errado e acabamos piorando a situação, deixando aquele espaço em branco e tentando escrever por cima. Mesmo após os borrões, temos as canetinhas coloridas e os lápis de cor para colorir tudo o que deu errado. E ter a certeza que mais uma folha em branco estará por vir.
O papel não tem culpa daquilo que nele se escreve. Os rabiscos serão rabiscos se nele não são colocados sentimentos.
Tramela poética
Poeta rabisca o que pensa
E não pensa pra rabiscar
Seus rabiscos aas vezes encanta
E outras faz chorar
Poeta é pensador
Que as vezes perde seu teor
Suas rimas as vezes magoam
Dependendo de como soam
E se se retratam nos rabiscos
Como é que eu, poeta, fico?
Pois jamais tive a intenção
De ferir a ninguém no coração
Uma tramela é preciso
Para não mais olvidar
Rabiscar conciso
E a ninguém...magoar
Horas soltas…
Relógio descontrolado…
No chão um porta retrato quebrado.
Sobre a mesa rabiscos amassados…
Versos soltos ao vento.
Sentimento soterrado.
Coração quebrado.
Um desiludido!
Li e rasguei
As cartas e rabiscos
Bem feitos, que fiz
Depois queimei
Joguei fora
Sendo levados pela brisa
Pequena, segue
Sua trajetória
Então depois me lembrei
A falta do que fez
Os pensamentos
Marcados a tinta
Fizeram em papeis
Retorcidos e envoltos
Em poucas palavras
Descrevendo um adeus
Que não teve
O motivo certo
Pra falar
Por que um dia
Alguém dirá
A presença que se foi
Não vira
O pensamento que se deu
Desaparecerá
E o que foi sentido ficara
Lembrança pequena
Relevante, e digna
De sentimento
Que se foi mais permanecera.
LAMÚRIAS
Quando o sol se por no longínqüo horizonte,
Desenhando nas nuvens os rubros rabiscos,
Talvéz um pouco de paz junto a este monte
Console meu ser, livre de riscos.
Assim esperarei eterno o momento,
tão alviverde é a infame grama!
Que nos meus olhos sinto o nobre vento,
Vivenciando muito mais o meu drama.
O sinal dos tempos se dá nas horas,
perdido nos atos, me controlo e penso,
Tu noite, por que demoras?
Mas no semblante o incalto senso
Te desfigura... e por que choras?
Pergunto a mim mesmo no entardecer denso.
Eu posso ir onde eu quiser
Rabiscos em algum papel
Chegar bem perto das estrelas e tocar o céu
Eu posso tudo o que eu quiser
É só querer e acreditar
Se eu fechar bem forte os olhos
E quiser sonhar!