Rabiscos
Sobre o amor...
Porque será
que te sinto assim?
Em meio às minhas coisas...
Nas minhas tralhas,
nos meus livros,
nos meus rabiscos,
nos meus sonhos,
nos meus desejos,
nos meus pensamentos?
Sinto até o teu cheiro,
o que me deixa com
uma saudade imensurável,
com uma vontade louca
de estar com você!
Acordei me sentindo livre, a paz me trouxe conforto. Me trouxe esperança e coragem para ser o que sempre quis ser.
Uma garota mulher de saia preta de bolinhas brancas.
Amante de artes e de moda.
Que acha o seu lugar na solidão da caminhada.
Que encontra sua alma no rabisco de um desenho e nas pinceladas na tela.
Nesse outro mundo rabisco pensamentos
questões incógnitas
desejos entranhados
em coração apertado.
Busca ar na lufada de vento
dou um intervalo
repenso em nós
agora
separados.
Machado, Machadinho, o que será que tens escondido?
Dentre estas linhas misteriosas
Melancolias, traços frios ou sentido?
Tão sensato, quanto vil
Alguém viu?
Não, mas é claro que não,
Machadinho explora muito mais que a imensidão
Se supérfluo, comparado ao vazio
Pouco vê o que realmente sentiu
Só enxerga o que o sol lhe brilha
Mas não vê o que ali se esquiva
Amigo íntimo foi o que lhe considerei,
Encontrei em seu discurso,
O que sempre procurei,
Não era conforto, nem carinho ou amor
Buscava acabar-me com a realidade do horror
Mostrar o quão vão é o ser,
Que poucos conseguiram ver,
Com suas metáforas tentava se responsabilizar
Em lhe fazer acordar
Pra ver que a vida não passa de uma gota,
No oceano da doce ilusão,
Momentos são as correntes,
Não as que prendem, mas as que levam
Tudo deve significar, nada deve ser fútil
Saibam que sentir é útil
E sempre foi o que ele dizia
Assim como para muitos,
Meu poema pode significar pouco
Talvez nada,
Machado divide o mesmo gosto comigo,
Será que irão entender?
Mas e a rima cadê?
Não preciso ser métrico, cético
Ou qualquer coisa do tipo
O poema é o peixe e você é o pescador
Basta saber como fisgá-lo
Machadinho tem o dom, que poucos buscam alcançar
Levava a própria certeza a se questionar
E os próprios sábios a se calar.
Meu coração quer amar.
Amar sem reservas, em
meio à brisa ou tempestades.
Apenas amar e ver teu sorriso
brilhar.
Amar sem tempo previsto neste
mundo cheio de riscos, rabiscos
e frases imperfeitas.
Apenas amar teu jeito, teus gestos,
tua alma com ou sem defeitos.
Apenas amar tua presença,tua ausência,
tuas palavras, tua ira ou tuas loucuras.
Amarei o incondicional, basta apenas
teu doce coração querer-me até o final.
Sem preocupações com métrica, rima e ritmo...
vou rabiscando minhas linhas.
Não sou escritor, nem poeta.
Meu compromisso é com o que sinto,
apenas isso.........
O artista se mostra na simplicidade enquanto o vulgar quer só a própria exposição. O artista é reconhecido pelos traços e o exibido grita em rabiscos a sua própria invenção.
GARABATOS ...
Una hoja
En blanco
Un pincel
limpio
Tintas vírgenes
Manos ávidas
Lista para crear:
riesgos
garabatos
asteriscos
alimañas
carriles
sonrisas
indios
pistas
...
El blanco
se convierte
color
cifras
acción
Emoción en color
El creador se vacía
De su creatividad
Y sumergirla en la blancura del papel
Sin límites para la expresión
gratis
Pase el tamaño del papel
Contaminada.
De tudo que é efêmero
O tempo, as estações,
Os sentimentos, a saudade, o gosto do beijo, o calor das mãos,
Há um que vence toda transitoriedade da vida: O abraço.
O abraço guardo o tempo, guarda a saudade, guarda o gosto!
O abraço tem calor.
O abraço tem gosto de eterno.
O abraço, eterniza tudo de melhor que um ser humano pode oferecer.
Fragmentos
Por Jeziel Xavier
Acho alguns papéis, papéis antigos.
Vejo às margens anotações que fiz.
Vejo também rabiscos que refiz
de ideias que trago ainda comigo.
Algumas eu lembro muito bem;
outras, parece que nunca as vi.
Pela caligrafia, sei que as escrevi;
outras, não lembro tão bem.
Sei que são fragmentos de textos,
rascunhos, cheios de anotações,
de advérbios, verbos e orações,
carregados de sonhos e pretextos.
Coloco a eles minha disposição
para serem textos completos.
Mesmo confusos e complexos,
reescreverei com alma e coração.
Um aroma úmido,
um pequeno nada,
exala o singular cheiro de terra molhada.
Composto de chão de terra, britas e
fragmentos do cotidiano.
O perfume da chuva
tem aroma de óleo de sândalo,
restaura lembranças
ao passo que apaga os rabiscos do chão.
Perfuma o vento
no entardecer das cores,
limpa a lousa da calçada e da vida,
hidrata nossa esperança
e restaura nossos sonhos.
Eu não tenho rótulo para o que escrevo,
escrevo e pronto.
Pego a caneta e rabisco no papel
o que me vem, e como me vem.
Sei que penso demais e nesse exato momento
estou pensando que isso não te interessa.
Necessito que não me leia, mas me sinta.
Sou uma maldita escritora amadora,
que não me conformo em
deixar na cabeça tudo o que ela pensa.
Rabisco tudo, e tudo parece tolo demais
para outro ser humano me ler.
E também minha letra é um amontoado de rabiscos
Não sei o que pensaria se visse.
Não tenho a escrita preguiçosa, eu só acho que
minha cabeça é rápido demais para uma mão alcançar.
Sou uma escritora amadora
e por agora não quero mais falar.
Pessoas fictícias em situações reais ou pessoas reais em cenários fictícios: o menor dos prejuízos é a perda de tempo. Salve-se antes que a vida apague esses rabiscos.
PENA que o TEMPO é invisível
e imprevisível,
pois ja tive vontade
de sair na mão
com ele, e pedir uma explicação,
por tantos rabiscos que ele faz a minha pele...🙃😁💭
***
POESIA DA ALMA
Quando a alma tá vazia, saudosa, escrevo uma poesia.
Quando a alma transborda de alegrias faço rascunhos de poemas.
Quando a alma está inquieta e teima, ensaio algumas rimas.
A alma do poeta é papel branco e tinta nanquim. A alma do poeta é feita de rabiscos de gente, rascunhos do mundo.
- Mundos
Rabisco o caos das coisas, com cuidado para não me tornar um prenúncio de infortúnio. Nossa atmosfera está ferida por esse caos de coisas, tudo se tornou uma banalização dos princípios mais básicos, não me considero dono de uma única verdade ou mesmo da unanimidade do olhar crítico que em seu mundo confortável apenas aponta o de outras pessoas defeitos, sou apenas uma semente plantada na terra improdutiva da história.
Os mundos paralelos de distintos universo tangem os céus que pode ser visto de qualquer lugar, mas nunca com o mesmo olhar, e toda cegueira possível é instalada no subconsciente dos mundos, e ainda escravizados no contexto alienante se põe lado a lado, ombro a ombro com algozes e bradam aos seus iguais toda diferença possível do que poderia ser chamado de humano.
E caem como uma avalanche destruidora encima de colheitas futuras e continuamente somos apenas sementes, que crescem e evoluem pouco, mas mesmo nesse caos dão frutos, aprendemos maneiras de nos reproduzirmos nos mundos continuamos nas aberturas feitas pelo aço das enxadas e nas erosões causadas na terra já tão desprovida de arado digno, e vamos ali mesmo nos sobressaindo, sobrevivendo.
Ilusões desgovernadas
Na banheira o sonho acontecendo, champanhe derramando frio no solo quente,
o seu universo frenético agora cabe na minha mão, as cortinas sopram ventos curiosos vindos dos olhares de saturno,
nas batidas quentes dos corpos reluzentes faíscas de prazer iluminam o ambiente,
no mundo das ilusões te vejo como um desenho bem desenhado fazendo vários rabiscos desgovernados.