Quintal
Numa madrugada qualquer, um ladrão entra pelo quintal de uma casa e começa, em silêncio a arrombar a porta dos fundos....
Logo no início, escuta uma voz sussurrando:
- Jesus tá te olhando! O ladrão se assusta, olha para os lados (na penumbra), mas não vê nada..... Segue tentando arrombar a porta e escuta novamente a voz:
- Jesus tá te olhando!
Meio incrédulo, mas com a certeza de ter escutado a frase, olha novamente ao seu redor e nada...
Quando reinicia sua "tarefa", ouve novamente a voz:
- Jesus tá te olhando!!!
Desta vez, ele percebe de onde vem a voz e acende a lanterna, iluminando um canto da área de serviço...
Nisso, ele vê um papagaio na gaiola e já aliviado, pergunta:
- Ah... é você o Jesus? E o papagaio responde:
- Não. Eu sou o Judas.
- Judas??? E quem é o louco que bota o nome de Judas em um papagaio?
- O mesmo que botou o nome de Jesus no Pitbull.
Para além do quintal...
Para além do quintal dos meus olhos há varais que dançam ao sabor do vento,há janelas que se abrem sobre prados ,há balanços e risos de alma,há borboletas que nunca se vão,uma criança que não cresce, bolhas de sabão refletidas nos olhos... cheiro de vento que me traz esperança,néctar de alegria a me escorrer pelos lábios...Onde o arco-iris tem mais cores ...lá há um céu só meu,repleto de estrelas que se tornam cadentes,que se tornam desejos, que viram realidade...redes onde me deito para tecer meus sonhos...No tempo que me foi dado fiz essa casa,com caramanchões onde plantei flores que dão as boas vindas a quem chegar com saudade de amar,beirais que abrigam sonhos que despertem e façam meus verões mais brilhantes, meus céus mais azuis,minhas nuvens mais preguiçosas,morada vizinha da paz, porta-a porta com o amor,de altos platibandas onde se lê:"Minha Vida!"
As vezes fico ouvindo o chilreio dos grilos pela manhã em meio ao quintal e nas andanças de uma observação notei o quanto nos acostumamos com as coisas. Notei o quanto nos acostumamos a odiar o despertador, a não olhar pela janela, a passar um final todo de semana em casa e ainda nos sentimos bem, pois temos muito sono acumulado. Fui revendo algumas experiências e vi o quanto perdemos de viver. Aceitamos passar a vida estagnados por medo de sofrer, por medo de arriscar, de tentar, de buscar algo melhor com medo de perder o pouco que nos resta. A gente se acostuma a não sofrer, a ter pequenas doses de sofrimentos, para não percebê-la, assim não aprendemos a suportar a baioneta do destino, do desgosto, da tristeza. Trocamos a luz do sol que brilha radiante pelo dia e lhe contempla pela janela, mas o seu brilho ofusca os olhos, por isso fechamos as janelas, cortinas e ligamos as luzes. Fechamos as portas, nos cercamos de grades e nem conhecemos nossos vizinhos, esquecemos que viver é trocar. É troca experiências, alegrias, histórias, é olhar para as pessoas e sorrir. Nenhuma conversa começa sozinho, nenhum beijo acontece sozinho, precisamos de gente, muita gente, somos sociais e esquecemos disso. Tentamos poupar a vida, poupar o tempo e isso não é possível, o tempo é o agora, o ontem passou e o depois é muito incerto para esperá-lo chegar. Decidimos não gastar o tempo em vão, esperamos tanto algo que valha a pena, que nos acostumamos a esperar, e que acaba gastando de tanto se acostumar a esperá-lo, quando vê ele se perde de si mesmo... Assim a vida passou, a barba cresceu, o sorriso amarelou, as costas doem, os pulmões fadigam, os cabelos tornaram-se longo, calvos e brancos e você compreende que ficou velho, triste, sem história e fez da sua vida exatamente o que temia que acontecesse.
Meu pai quando chega no quintal ele grita assim: " filho voce esta ai?... Pena que nunca mais vou ouvir sua voz, me chamando
Fugir dos problemas é como se estivesse encarando um pitbull no quintal de alguem, é melhor permanecer onde esta, enfrentar o problema, assim ele não mordera o seu traseiro.
"Os artistas e os políticos, estão fazendo do mundo um quintal onde eles jogam todo os seus lixos e a grande massa vai lá e faz a coleta!"
☆ Haredita Angel
BOM DIA MEUS BONS AMIGOS!!!
Acordar... avistar o meu quintal...tão familiar...
Algumas plantas abrindo seus primeiros botões
É um sensação tão agradável...
Um agradecimento de poder novamente em casa estar...
Lar....doce lar!!!
mel - ((*_*))
Da forma como precisamos apara a grama de nosso quintal, também é uma necessidade estarmos com o nosso jardim interior aparado
BOM DIA MEUS BONS AMIGOS!!!
Neste dia claro e agradável
Já tem passarinho pelo quintal
Vem a sensação saudável
De que estão adorando o local...
E pelo gorjear diferente
Tem algum ninho não aparente...
mel - ((*_*))
Eu plantei uma flor no meu quintal, Perto do pé de laranjeira, Mas quase nunca paro em casa.... E depois de uma semana e três dias eu cheguei a uma conclusão sobre as flores.
Se você não cuidar, se você não regar, ela mucha, Mucha e morre !. Acho que deve ser assim com o amor, Se você não cuidar, Regar e dar carinho ele acaba murchando, E morrendo aos poucos de tédio e solidão.
BOM DIA MEUS BONS AMIGOS!!!
Vamos acordar...acordar...
Já tem pardalzinho no quintal
Tem gente varrendo as calçadas
O cafezinho vai esfriar
Se mexer é fundamental
E de mangas arregaçadas...
mel - ((*_*))
Existem 4 tipos de janelas: para o quintal (lar); para a estrada (viagem); para o universo (céu); e para a alma (olhos).
Muita das vezes vivemos como patos domésticos vivemos em um charco de lodo em algum quintal, olhamos para cima e apreciamos o voo dos nossos parentes selvagem e falamos em nossos corações nascemos pra isso pra voar, naquele momento sabemos se quisermos pode fazer o mesmo , logo nossos parentes some no horizonte e voltamos ao nosso lago de lodo, conformamos com a vida que levamos
O Menino e o Jardineiro
O menino corria pelo quintal contemplando os pássaros, as borboletas, as flores do jardim e um pequeno lago com peixes dourados, em frente da sua casa tinha muitas árvores, pé de frutas silvestres o qual os passarinhos, abelhas e o menino desfrutavam, sua mãe costumava pagar alguém para capinar o quintal e o jardim o qual o menino adorava plantar cravos, margaridas, palmas e onze horas, ficava ansioso esperando dar onze horas para ver a flor abrir, no fundo do quintal também tinha cana de açúcar, um pé de ameixas e girassóis, o qual ficava se perguntando o porquê do girassol estar sempre olhando para o sol, aquilo tudo era sua floresta o qual brincava de índio e outras vezes de filmes de faroeste o qual costumava assistir, a mãe do menino contrata um homem baixinho, meio corcunda pelo peso da vida, com os olhos azulados pelo desgaste do tempo, a mãe ficou sabendo que se tratava de uma pessoa muito pobre, mas que fazia questão de trabalhar para se sustentar e assim o fez, o homem começou ao amanhecer, o menino estava na escola o qual adorava desenhar escutar as histórias do bairro em que vivem, seus professores eram todos moradores do bairro, assim que o menino chegou a casa, sua mãe preparou um prato de comida e uma jarra com água fresca pediu que o levasse para o jardineiro, ele aproveitou e sentou se no chão perto daquele homem com o rosto tão enrugado as mãos tremula, ele pegou o prato de comida, tirou o chapéu preto desbotado ou talvez fosse cinza, agradeceu e começou a comer, o menino então pergunta qual era o seu nome, ele com uma voz roca e pausando diz Picidone, o menino achou estranho e disse que nunca tinha conhecido ninguém com este nome e perguntou o porquê da sua mãe dar este nome, o jardineiro então com uma lagrima nos olhos respondeu que não sabia o porquê deste nome, o menino viu as lagrimas em seus olhos azulados pelo tempo, mas nada falou o menino então pergunta por que ele era corcunda e andava com aquela bengala feita de um galho de árvore, o menino na sua inocência não entendia que as pessoas envelhecem para ele as pessoas nasciam como ele (Criança) ou como o senhor Picidone, antes que ele respondesse, a mãe chama o menino e diz para ele deixar o jardineiro almoçar sossegado, o menino pergunta a mãe se ele mora perto, se era o homem corcunda do filme, ele é rico ou pobre, o menino não entendia o porque tinha pobres e ricos, na escola a Professora explicava que no mundo existiam pessoas ricas e pessoas pobres, o menino indagou a Professora porque não pegava o dinheiro de todo mundo e depois dividia igual para todos, assim ninguém seria pobre, esta indagação lhe custou um bilhete no caderno pedindo para sua mãe ir até a escola falar com a Professora (estava em plena Ditadura e a Professora queria saber onde o menino tirou aquela ideia), o menino então retornou para o quintal onde o senhor Picidone trabalhava, mostrou algumas plantas e flores que ele teria que tomar cuidado para não cortar, ficou mais um pouco por ali mexendo nas minhocas que saiam da terra misturada nos matos, o sol começa a se recolher o menino leva o senhor Picidone até o portão e diz até amanhã, ao entrar em casa começa a fazer perguntas a sua mãe e ela com toda paciência explica que o senhor Picidone era muito pobre, um homem da roça muito sofrido e que precisava trabalhar para poder comer e ter um lugar para dormir, o menino não entendia o porque, o porque ele era pobre, o porque ele era corcunda, o porque ele andava com uma bengala, o porque ele tinha a pele escura, o menino fora criado respeitando todas as pessoas, raças, religiões sem se importar com a cor da pele e se era rico ou pobre e assim ele foi dormir cheio de duvidas e inconformado porque a vida era assim tão desigual, no dia seguinte na escola ele contou para os amiguinhos sobre o jardineiro Picidone, que ele era igual o homem do filme (corcunda de notre dame), o menino era muito atento, se preocupava com as injustiças da vida, assim que chegou em casa correu para o fundo do quintal para ver o jardineiro, novamente ao se sentar para almoçar o menino começa a perguntar e o senhor Picidone lhe conta que nasceu na Bahia e seus pais eram escravos em uma fazenda, ele nasceu na lei do Ventre Livre, mas teve que esperar completar dezoito anos para vir trabalhar com seu tio que já estava aqui trabalhando na fazenda, ele dizia que tudo ali era uma grande fazenda que com o passar dos anos foi transformada em chácaras e depois em lotes e que ali as margens do córrego onde o menino morava era uma plantação de algodão feita por arrendatários, uma família de japoneses que plantou bambus nas margens esquerda do córrego, onde o menino costumava brincar se pendurando nos bambus e envergando o até a outra margem do córrego, contou lhe também que todas as ruas eram de terra e só existia uma trilha de carroças, sobre a primeira construção de dois andares ( a casa do português Sr. Antônio), a construção da linha do trem, a construção da principal Avenida que cortou o bairro no meio, a primeira igreja e assim muitas coisas que serviram para o menino tanto na escola como em sua vida, e assim foi por uma semana as conversas com o jardineiro, mas não só um jardineiro, o Senhor Picidone, um homem que não sabia ler e escrever, más que tinha uma grande sabedoria e que dera grande contribuição na formação do menino e daquele dia em diante passou a ver com frequência aquele homem franzino, curvado pelo tempo, olhos azulados pelo desgaste da vida com seu terninho e chapéu desbotados e sua bengala feita de um galho de árvore, foi doloroso pro menino quando o Senhor Picidone aos cento e três anos de idade partiu deste mundo, então o menino chorou, mas nunca esqueceu as histórias daquele jardineiro com o nome de Picidone...
(Ricardo Cardoso)
Redoma
Hoje acordei com o raiar do sol ,
a me ofuscar abri a porta ,
adentrei ao quintal e sob intensa
luz do sol , olhei para o alto e
me dei por falta da luz que
me ilumina ; mais sei que ira
voltar ,pois no universo tudo
é uma redoma .