Quintal
Abre a porta do quintal podes entrar
Sou fruta de vez no teu pomar
Toma logo esse açaí mata a vontade
Devora esses olhos castanhos do Pará.
no quintal da minha casa
tem um pé de jabuticaba
você é o moço mais lindo
que eu já vi em piracicaba
Vem, filho meu,
Me leva nessa estrada
De anões, dragões e fadas
Que habitam teu quintal.
Vem, filho meu,
Papai está tão sozinho,
Me ensina teu caminho em que o bem
Vence eternamente o mal.
Me dá tua mão,
Me leva passear.
No teu mundo encantado
O bicho papão não vai pegar.
Vem, filho meu,
Vem me fazer contente.
Que a vida raramente
Convida a gente pra brincar.
Meu poema é lixo
É quintal
É sanitário
Tu podes dispensá-lo- eu vou entender
Meu poema é esgoto
Flui restos de mim
Nele coloco o que ninguém sabe
Minhas miudezas de pensamento
O pior que está em mim
Está aqui- e tu o lês
Meu poema é retrato do odor que mora na escuridão da minha alma.
A semelhança entre a música e a vida,
O grupo Fundo de Quintal foi muito feliz ao assemelhar a música com a arte de viver...
A rotina, a correria do dia a dia, desatarraxa nossa conduta harmônica, sabia?
O passado também.
Perder oportunidades por causa de mazelos antigos é tocar aquele instrumento que você gosta de tocar, desafinado.
Perde a graça tentar tocar uma canção com instrumento desafinado.
O medo também desatarraxa a vida.
O artista que não ousa, cái no óbvio.
E o óbvio, nunca combina com a arte.
A arte se assemelha aos valentes.
A vida também.
Portanto, se algo te fez perder o tom, desafinar num dueto (ah...o amor e o desamor... como desafina duetos isso...), perder o tempo certo da batida certa, calma lá, meu camarada.
Retorne.
Retorne do ponto que parou.
A vida é um constante ensaio. E que bom que ainda temos tempo de fazer da nossa vida, a mais bela canção já tocada por nós.
Toque os outros com a sua melodia. E aí os duetos virão, outros instrumentos também.
A sinfonia mais linda é feita com mais de dois!
E só vem quando todos se afinam e se encontram cada um no seu papel. O papel único de viver o melhor de nós... Aqui... agora...
iscuta só eu mando, mando mando contra um bérni, seliga no meu quintal eu não crio nem um vérmi , igual meu rap se não fais dai eu ti pergunto é você satanais ?!!!
Sobre girassóis clandestinos e borboletas sem asas
No quintal dos nossos sonhos, plantamos o que quisermos. Nos meus, moram girassóis clandestinos. São nascidos de sementes especiais que lhes dão o poder de olhar para onde haja luz. Mas, ao contrário do esperado, eles miram para as mais diversas direções. Brilham ao ficar frente a frente com um parceiro, reluzem ao perceber seus próprios movimentos suaves, sorriem para o sol, mas também vibram para a lua.
No quintal dos meus sonhos, moram borboletas sem asas. Elas não têm asas porque sabem que sensibilidade pede casulo e, após breves momentos de realidade, voltam-se para seus espaços, e crescem, amadurecem, num infinito ciclo evolutivo. Suas asas? Ah, essas estão dentro de si.
Dizem que só as veem quem tem olhar encantado e sabe ver beleza de avesso.
No quintal dos meus sonhos, moram crianças sem idade. Elas sabem que a pureza essencial pede a permanência do próprio sonho. Elas rodopiam em rodas de esperança e jogam amarelinha com o vento.
Não querem crescer, pois crescer mata sonhos. Permanecem brincando, alheias ao mundo que está além do quintal.
E é lá, no quintal dos meus sonhos, onde girassol é clandestino, borboleta não tem asas e criança não quer crescer, que
Eu gostaria hoje
de possuir um grande quintal
onde pudesse plantar tomates,
alface e abacates
Um lugar onde a gente pisasse
e isso não fizesse mal
Queria plantar também
Amor, harmonia e perdão
Fidelidade, fé e compaixão
Eu queria semear amor
e poder distribuí-lo
diminuir a dor do Mundo
Queria plantar maçãs
e distribuir a comida
Que alimentasse as almas e os corpos
das pessoas que também quisessem
A todos ver e ser vistas como irmãs
Queria hoje
dividir todas as conquistas
Mas não gostaria de conquistar nada
Que não pudesse ser compartilhado
Ao longo dessa estrada
de onde nada se leva
Queria saber fazer
Brotar a luz
Onde existe apenas treva
Se eu tivesse apenas um quintal
Creio que seria suficiente
desde que houvesse mais gente
Que compartilhasse da vontade
de viver e fazer valer
uma vida onde tudo
Fosse constituído
Pura e simplesmente
da verdade que a tudo supera
E que todos os dias em nossas vidas
Fossem constituídos
Somente de primaveras.
De:Whitney carmo...
..As árvores são que nem as ervas que tenho no quintal...não é que tenha preguiça de as comer é que elas não são de comer ..quanto mais as "aprecio"..mais as sinto..o meu olhar fica turvo ...e sucinto..aos poucos fui amolecendo...a cabeça vazia e o corpo quase adormecendo ' mas vendo....e ai a última erva se desfaz em cinsas..sobre ela cai uma lágrima deixando as fagulhas lentas e quase apagadas,enquanto se desfazia em cinzas a minha "evinha"a minha minha viagem,meu vulto bunito,meu sonho bom!! Meu primeiro voo sem avião e nem paraquedas,..oh!!amparaste sempre às minhas quedas,cai a segunda lágrima acabando com sonho e com os voos mais altos da minha vida..me deixando derrotada...com as minhas lágrimas caídas....no mesmo dia no chão estendida...não abstenho-me..muito pelo contrário até invento..minhas palavras mortas..morrendo de overdose de pensamentos...
Na época eu não sabia, mas desconfiava: um dia eu seria maior do que as paredes do quintal de casa. E foi bem longe dele que eu encontrei o que procurava.
No Quintal do meu Pai
Se me perguntares o que sinto
não minto...
É a vontade de chorar meu anonimato
por meu acto...
Se me perguntares o que choro
é o amor duro...
Que mais bem-querer, quero!
Sonhar, amar e sentir esmero
se me perguntares o que sinto
é vontade de não querer te perder
não...sim preciso te merecer
Para eu não desfalecer
meu sentimento teimoso
se me perguntares o que quero
quero chorar...
Não amar
tantas falacias recaidas no meu ombro
eu quero chorar
não gritar
talvez assim matarei nha ilusão de amar
se me perguntares o que quero
é somonte grito ou choro
entusiaticamente sem sentido
nem moral.
Daniel Perato Furucuto
24-06-2015
Se você acha que a grama do vizinho é mais verde, é porque você esqueceu de cultivar o seu quintal, ou seja, o erro é seu e não o mérito do vizinho.
Sentado lá naquele fundo de quintal algo tirou-me de meu conforto, uma sensação que pra explicar seria necessário sentir novamente, mas já sabia que era por conta daquela gaivota que voava plena em seu planar. Como eu queria voar!
Mas será que minha admiração por tal fato seria válida ao ponto de querer aquilo pra mim?
Acho que não! Quem sabe aquela gaivota lá do alto não me olhava pensando em o quanto me via correr velozmente pelo quintal e subir e descer das árvores agarrado em seus troncos, quem sabe ela não queria ser eu, conseguir articular sua mandíbula e produzir com suas cordas vocais e língua tantos gritos e cantos das minhas brincadeiras de rodas?!
E ali ficávamos eu e a gaivota nos admirando... Talvez é claro!