Quimera
De louco eu me fiz, da loucura me refiz.
Sou eu o surreal da minha quimera ou utopia, me leva para um mundo que os loucos dizia.
Quimera e sentimentos,
imaginários ou reais.
quero que meus versos
- sejam apenas linhas -
em bandeiras brancas ao vento,
tremulando em busca da paz
Publicado no meu livro - Janelas
Quimera Dominical
Qualquer instante e hora tu entras pela porta.
Já estou ali a te esperar e tua beleza flora.
A esperança de um toque, orvalho com aurora.
O amanhã chega com o sol e a tristeza vai embora.
Menina dos dentes perfeitos
Seu sorriso é puro molejo
Seu corpo é bonito meu puro desejo
E para sua beleza sempre estou de joelho.
Esse outono ainda vai dar lugar a primavera.
O amor que queima e arranha feito fera.
Ele vem de dentro maior que quimera.
Tu chega e o seu olhar é a alma mais sincera.
Você me inspira do entardecer até a manhãzinha.
Assim tento tocar as suas estrelinhas,
Colocando os lábios no céu de sua boca.
Fazendo música com seu corpo guitarra louca.
Essa sua cintura de roupa branca e verde
Que passou quente nos meus olhos deixando a sede.
De beber todo teu suor em um longo banquete.
Nosso amor vai cortando o céu como foguete...
Eu desejo seu perfume de flores .
As cores dessa noites de sonhos e amores...
Eu te desejo um pouco de fantasia se acaso sonhar...
Eu desejo tudo que sua alma puder desejar...
Se ela quiser me visitar eu deixo a janela aberta...
Para que como uma adorável flexa
E seria com orgulho seu nobre alvo, vem e acerta.
Para nas curvas da vida a alma ser a doce reta...
Para pisar fundo e tocar seu horizonte.
Ver nos seus olhos o por do sol e os montes.
Toda essa colina de seios doce e vibrantes
A parar o relógios somente por um instante.
Esse estante magnifico parado dentro do sentimento.
De não deixar a vida acelerar o próprio tempo.
Segurar suas mãos olhar nas janelas de seus olhos e ver...
A morte desejando me roubar de você.
Quimera insistente, fuga de um axioma, ansia uma certeza neste mundo aquém. É dura a verdade, lutamos para mudar, buscar um novo sentido, a nossa realidade.
Soneto à Diana
O sabor tão amargo de uma vida,
não me privou desta quimera doce,
uma jarra de crítica ferida
que hoje brinda uma paixão precoce...
Cativo desta saudade regida,
fenecer na clausura achei que fosse,
barganhei com teus seios a saída,
tornei-me mais ainda tua posse...
Tocaste-me, anjo, a carne consentida
na compulsão por ti só requerida,
domaste-me, lasciva, em sedução...
Com suas cifras vivas e fundidas,
maestrina destas notas tão ardidas,
soubeste me tornar composição.
A felicidade é uma busca incessante, uma quimera elusiva que se revela na medida em que a alma humana compreende a complexidade da existência e encontra sentido no eterno movimento da vida.
Senhor, estas rosas que vos trago
são 'inda espasmos de quimera!
Saudade tão profunda,
feita de fria espera,
intima cera ...
Derretei-a Senhor, derretei-a!
Queimai-a neste altar!
Sequem-se as rosas,
rosas nascidas do meu penar ...
São Rosas, Senhor,
simples rosas, bem o sei!
Vermelhas, escarnecidas
ensanguentadas ...
Rosas que vos trago,
'inda presas-entre-silvas,
por tristes caules,
à brancura do luar!
Colhei-as Senhor!
Colhei-as ao passar!
Mas cuidai,
cuidai que são pejadas
de picos-d'ilusão!
Minha fria-e-funda ilusão ...
E mais do que minh'Alma vos diz,
só o que vós sentis
em meu peito sem chama.
Porem,
já ardem em mim as rosas, Senhor,
ardem, ardem mas não queimam
meu intimo chorar ...
Guardai Senhor, eternamente,
a prece das rosas que vos trago, a sangrar,
junto aos pés da Cruz do Vosso Altar!
(Prece ao Senhor Jesus dos Passos da Igreja da Graça em Lisboa onde deixei um molho de Rosas encarnadas sobre o Altar ...)
O meu mundo era
Só eu e apenas eu
Até que a Quimera
Apareceu...
Mistura tal
De olhar sedutor,
Com um charme letal
Encantando o gladiador
Dono do coração
Quanto te vejo
Prendo a respiração
E só te desejo...
SABER DE AMOR
De afeto avassalante a união com quimera
Nada há que vete, paixão é paixão, e amor
Intenções sinceras e uma sensação sincera
Amor com amor dissolve qualquer temor...
Amor é de uma poética eterna, dominante
É o desejo e a determinação com bravura
É um olhar terminante e o coração amante
É aquele sentimento que vive com ternura
O amor não teme o outro, muito embora
Brade e chora, mas, vive na sua santidade
Não é carrilhão que toca de hora em hora
É voto que se sustenta para a eternidade
Dá a alma ardor. Feliz aquele que provou
Pois, amor só sabe quem um dia já amou
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16, junho, 2021, 08’42” – Araguari, MG
SONETO DO PERDÃO
O teu não, vergasta a minha fé
Dá-me o perdão como veredito
És a quimera de que necessito
Refreai-me da cilada do mundé
Do coração, o dito não é escrito
O teu fascínio embarga-me até
Eu sou só pra ti e ti pra mim, é
Vou além. Tu me levas ao infinito
E nesta de alma perdida, sofrida
Rasga-me o peito a tua partida
Se, só queria alegria e não dor
Então, aqui na sobra repartida
Lágrimas da saudade escorrida
Murcham com mágoas, o amor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Abril de 2017 - cerrado goiano
Há qualquer coisa -
Há qualquer coisa d'infinito
nas vagas linhas do horizonte
uma quimera sem sentido
ou uma saudade sem fonte ...
Há qualquer coisa que nos negam
os olhos fechados de quem parte
um não sei quê d'águas sem arte
onde os barcos não navegam ...
Há qualquer coisa permanente
que nos injecta mágoa e solidão
uma visão errante, um senão
ou uma vontade de ser diferente ...
Há qualquer coisa dita em vão
nas bocas que maldizem o amor
inveja, dor, mágoa e solidão
que vai matando sem pena nem pudor ...
Há qualquer coisa que não sabemos
oculta no tempo que nos castra
talvez seja a distância que nos arrasta
da juventude que perdemos ...
Há qualquer coisa, muita, tanta coisa
inerente à vida sobre a Terra
a ausência de paz é guerra
mas o destino é a pedra de uma lousa.
Seu dia, ou, a vida é uma quimera. (Poeta Brasileiro Sidarta Martins)
Abrimos a janela e olhamos para o novo dia
Dia a dia fazemos a mesma coisa, sempre a mesma coisa
Faça sol ou faça chuva
Cada dia em nossas vidas tem sido mais do mesmo
“Olhar para o novo dia”
Mudemos!
Olhemos para o outro lado
O lado desconhecido que a janela nos apresenta
De outra forma, com outro olhar
Façamos valer o novo!
Acreditemos no novo!
Construamos o novo!
A mudança é possível!
O novo é uma realidade construída a cada novo dia
E só depende de nós, de mais ninguém
Por mais que queiramos passar a responsabilidade a outrem
Depende, única e exclusivamente, de nós
De cada um de nós
O novo está à porta, nos convidando
Nos chamando, pedindo para entrar
Adentrar nossas portas e janelas e fazer parte de nosso ser...
Pois que assim seja!
Que se renovem nossas esperanças, auê se renovem nossos atos
Que se renovem nossos passos na direção da luz
Que, apesar das tantas e quantas surpresas da existência
Possamos olhar para fora, e para dentro, de nossas janelas
De forma diferente, com um olhar diferente, com a alma diferente
Com disposição para aceitarmos o novo em nossas vidas
E fazermos, assim, valer o novo, de fato e de direito
- NÃO BASTA QUERERMOS O NOVO, É PRECISO RENOVARMOS, DE FATO
NOSSOS CONCEITOS, NOS LIVRARMOS DE NOSSAS MAZELAS E
PICUINHAS...
A vida é uma quimera!
Ao entrarmos no avião, não sabemos como sairemos dele...
Então que prevaleça o amor, a compreensão...
Um novo dia, cada novo dia, depende de nós, somente de nós mesmos.
Abra as janelas, da casa e da alma, deixa entrar a luz do novo dia....
Quem semeiaalguma coisa espera
Certamente já preparou o terreno
Se for o amorisso não é quimera
Deseja-se ter um romance pleno
Imagine estas coisas todas quimera, se os animais falassem com as pessoas, será que poderiam explicar a razão de tudo?
Mas os animais não falam quimera, e se as pessoas morresse e vivessem em outro lugar, isso também seria muito interessante quimera.
QUIMERA Por mais que as pessoas tenham olhos pra ver, elas nunca viram o ar nem o vento desde a existência das coisa
E eu as vezes tenho aquela vontade de ser uma montanha, para puder estar em um lugar calmo, bem firme e insubstituível sem esperar nada da vida mesmo ouvindo sobre a morte.
Porque se eu fosse como uma montanha não morreria, teria anos de existência e se calhar seria eterno.
Mas pensando bem a vontade de ser uma montanha me desaparece bem mais rápido que a velocidade da luz, só de saber que se eu fosse como uma montanha, não teria nada na vida,
Nenhum privilégio de sorrir e chorar, sonhar e realizar e nem de escrever, talvez terei o único privilégio de estar como ali alegoricamente.
Não teria pernas para andar e nem boca para dizer tudo isso que estou aqui a dizer. Não teria pai, mãe, irmãos e amigos.
É daí que me ponho a pensar escolher ser a sereia na próxima reencarnação, a outra obra linda de Deus que vive como sabe, no seu silêncio a beira-mar.
Porque se eu fosse como a seria poderia respirar em qualquer lugar mesmo nas águas do Índico, o mar seria o meu melhor santuário se todos os dias fosse a mesma coisa.
Imagine estas coisas todas quimera, se os animais falassem com as pessoas, será que poderiam explicar a razão de tudo?
Mas os animais não falam quimera, e se as pessoas morresse e vivessem em outro lugar, isso também seria muito interessante quimera.
Imagine se as pessoas tivessem asas para voar e se no mundo tivessem lacunas, a maioria voava e saia pelo mundo fora. Mas o mundo nem portão de saída tem.
Poema de Rosário Bissueque
QUIMERA
Que a poesia continue a ser um meio de libertação
Dizem muitos que o amor é um devaneio, uma quimera repousada nos corações daqueles que sonham, uma mera loucura que balburdia a mente dos mais fracos. Com isso, como poderia eu descrever o que sinto por você? se o amor é irreal e meus sentimentos são regados pela mais linda e sincera verdade, quais termos relevantes seriam capazes de evidenciar o meu condoimento?
Diante dos meus mais proeminentes devaneios, minha axioma é você, todo o entorpecimento que carcomiam minha mente foram levados de mim pela veras de teus olhos. Não duvides da força do meu eros por ti, nunca situei-me tão apaixonada por alguém.
Sob a casca polida
do cepo pútrido
da nossa sofisticação,
a equidade é uma quimera.
Há virtudes suspeitadas
e verdades renegadas.
Entre os triviais disfarces,
versões da cada razão,
é a consciência lícita
uma subordinação.
Eis a civilização !
AS FLORES DA VIDA
Em Toda primavera
Nos sonhos de quimera
Nos jardins da vida
Trazendo poesia
Nascem lindas flores
De belas cores
Por todos lados
Neste mundo atribulado...
A natureza de Deus é perfeita,
Não tem como a desditar,
Com alegria seguir a feita,
E na vida,um pouco mais acreditar.
Então vamos seguir com fé,
Seguindo os mandamentos
Do Senhor de Nazaré !
Maria Francisca Leite
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