Quimera
Dei forma à minha quimera
E nela vi cores, transformações
Fui um pouco Morfeu e quis metamorfosear
a sensação de uma ação que só um sonho sabe contar!
"UM SÓ"
Quero perder-me em ti
Envolver-me na tua quimera
Somos uma só carne, uma só alma, um só corpo
Rompeste em mim todos os medos, onde eu residi
Habitaste no meu peito; no tempo certo
Enlaço-me nos teus braços; sem negar que te amo
Aprendi a sonhar
Depois em ti na conjugação de nós
Devolveste-me a vida
Que as mágoas me prendiam ao chão
Saborear o teu aroma, é perder-me no teu sabor
Sentir-te junto de mim, como se fôssemos um só
Quero-te muito meu amor
Como o perfume das acácias
Derreter-me no calor do teu corpo
As nossas mãos dadas com os dedos entrelaçados
Que nos tornam num só
Um só coração, uma só alma, um só corpo!
O Ultimo Poema ( Sandra Lima)
Quimera! sonhar-te anjo, criatura vil.
Te vestes de sol pra esconder as trevas do teu coração.
Tens a missão de causar dor, e aversão, anjo das trevas
tenebrosa figura.
Deixa chagas em almas puras, devoras a fé, destroi as
esperanças , sujas o sagrado, e profanas o divino.
Tua teia enternece e fascina, presa cativa, fome
saciada, morte é tua empreitada.
Pensei morrer em tuas teias, pelo veneno
que corre de tuas veias, mas te afastastes a tempo
de me desvencilhar , bendito tempo que impussesse
entre nós, libertou minha vida, calou minha voz.
Quimera
Sucção, gana.
Gosto, luxúria e ânsia.
Efêmera infinita...
Mentira! vontade mal dita.
Este sentimento ao avesso
Que corre dentro do peito,
Grita por desapego
Não! não há como tê-lo.
Debaixo dum sereno,
Chuvas de verão
Gotejam minha pele.
No vazio que restou,
Há um peito cheio de dor
E de amor, inundada minh'alma ficou.
MINHA PESSOA (soneto )
Eu sou o do fio da meada perdido
O que poeta devaneio e quimera
Verão ou inverno é só primavera
Neste fado, sonhar, é permitido
Emaranhado, pensado, eu quisera
Em exequível gratulação ter vivido
Mas olhar amargo me foi servido
E tal refutado, tive sorte megera
Aos olhares um quase despercebido
Impelido pra muito além da biosfera
Espírito enlutado, dum senso sofrido
Nas tiranias, choro, sou pessoa sincera
Áspero, sem ser, de amor sou provido
E no querer mais, me tenho em espera
Novembro, 2016
Cerrado goiano
Quimera
Aí amigo quem me dera
Ter tudo o que sonhei
Naveguei nessa quimera
Às vezes até me atrapalhei
Como é bom ter sonhos
Viajar na maionese
Todos têm eu suponho
Vontades e interesses
Sonhar faz bem a saúde
Eleva em alguns quesitos
Desta vida de inquietude
Quem não sonha sempre perde
O grande prazer de viver
Já sonhar eleva a vida e enaltece
ALGO MAIS (soneto)
Eu queria ir além, algo mais que quimera
algo que me abrase, que me punge, arda
e não só consuma o íntimo que acovarda
mas que tirasse o desejo da eterna espera
Queria deixar a alma no tempo acordada
Para ter vivido algo mais, mais primavera
Sem amargar solidão, sem poesia parda
Ou tão pouco, a alegria em uma cratera
Eu queria ter algo mais que um lamento
Queria lembrança de um beijo tatuado
Um olhar eternizado e não de momento
Com tão pouco de mim, e o poetar calado
Eu queria algo mais, sem um sangramento
Dum amor que não tenho... e não só desejado!
Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano
A linha da vida, na vida é sinuosa
Da partida a emaranhada chegada
Quimera criada e felicidade caçada
Já a morte... Ah! A morte é teimosa
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Minha quimera é mais real do que desejo, um realejo que impregna meus ouvidos. O mais ácido que se finge sutileza
é a beleza camuflada de inimigo.
Aguda sapiência
Destrua os grilhões que te prendem
Plenamente estás liberto da quimera
Os impostores finalmente se rendem
Ao teu gênio impetuoso de pantera
Romance sem as luzes apagadas
Pois não há nada para esconder
Casais andando de mãos dadas
Para que todo mundo possa ver
Fale em público em alto e bom tom
Assim serás por uns quantos notado
Não se esqueça de aumentar o som
Quando o teu hino de vida for tocado
Boa ação sem exigir dividendos
Afinal o caráter é o maior lucro
Distribuir sinceros cumprimentos
Sendo a humildade um invólucro
Atire o projétil da aguda sapiência
De modo que finde a ignorância
Combata a popular maledicência
Proferindo discursos de relevância.
Acredito piamente que o nome dela é primavera...
Quimera? Não, não, se for, é o absurdo mais lindo, mais forte, ao mesmo tempo mais doce que minha vida já viveu para ver...
Quem?
Aquela mulher? Sim, ela mesma!
Que passa o ano inteiro segurando as pontas daqui, dali...
E ainda assim, está sempre a sorrir,
E ainda assim, está sempre a florir,
Cuja flor, a mais valiosa que já vi...
Cuja cor, é furta cor...
A cor de todas as mulheres!
Amor de primavera
(Marcel Sena)
Amor de primavera
Lembranças de uma triste quimera
Amor que vem, amor que vai
Num cuspido estranho logo se desfaz
Tórrido amor sarcástico
Amor desenfreado,
Um híbrido bastardo.
Agora despenca outrora capenga.
Hoje é luz, seduz.
Amanha destoa numa névoa repousa
Esbraveje, pestaneje se chicotei.
Ignore, finge que adora.
Minta, iluda, coma a carne crua
Amor de primavera, flutuando num barco a vela
Destino destemido, buraco negro, algo desconhecido.
Serão os elísios? ou Aqueronte?
Moeda de ouro, leve no bolso.
Lembranças o barqueiro não carrega
Então esqueça... Beba... se drogue
Pegue seu chicote
Amor de primavera s... La ele repousa
Lugar inóspito, gélido e quente.
Sereno e estridente
Descanse já é tarde
Congelado e queimado pra eternidade.
by: Marcel Sena
Quimera
Eu quero minha vida
Eu quero minha alma
Eu quero meu eu
Eu quero a ilusão
Que me alentava.
Eu quero. Agora.
Eu quero a quimera.
Minha vida. Sem saída.
Eu quero.Agora.
Quem me dera a imaginação navegar uma quimera flamejante sobre o turbilhão do céu de ouro. Das iscas, as redes gravitacionais, pélago céu bem-aventurado aos sopros das velas aformoseia o rosto ouro e nuvens alegres que entorna do céu à terra.
" Pessoas abastadas ou não intelectualmente vivem da quimera no poço escuro e fundo do abismo no orgulho torcendo para que os fatos não passem de invencionismos. "
...Há entre mim e o tempo, uma refazença.
Uma compreensão de que quimera serei,
Um tão só colhedor de caminhos...
PROSA DE AMOR
O amor é uma linda inspiração torrente
Poético, doce quimera, sedução inteira
Que um dia se encontra tão de repente
No vínculo, no olhar, na afeição fagueira
Para uns ele é de maneira surpreendente
Brando, de agrado, uma paixão primeira
Outros, porém, de sua vida lhe é ausente
Cativo duma solidão. Nem eira nem beira
E o tempo andeja, seja. E acaso, quando
O toque, o cheiro, assim, tão enamorado
Basta, então, sensações vai provocando
Ah! o amor, emoção na vereda percorrida
Aquele sentido, um sentimento ao lado...
É sempre a suave poesia em nossa vida!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09 junho de 2022, 17’17” - Araguari, MG