Quimera
Quimera
Ahhh Morpheu... Que me embriaga com teus encantos, juntamente com Hipnos, assim como quando me rendo a Dionísio e seu inebriante odor etílico. É um dos poucos - e se não o único - a quem não consigo deixar de me render prazerosamente. Por mais que eu lute contra a tua presença, por mais que eu fuja de tua magia, sempre me carrega em teus braços. E me traz belíssimos sonhos, alguns deles em singelas noites de verão.
E como é agradável esperar o ser amado todas as noites - ou todos os dias - ou ainda no momento oportuno. Enquanto preparas a sege para levar-me ao Olimpo, Morpheu, te aguardo avidamente.
Sigo com meus pensamentos e filosofias, centelha de Hipátia.
Fábulas... Como me encantam! Mas como diria Teseu: "Amantes e loucos têm cérebros tão fervilhantes, e fantasias tão bem concebidas, que percebem mais do que a fria razão pode compreender"
Existem tantas pessoas que vivem em uma QUIMERA" realidade, chamadas "PESSOAS SENSATAS", ou, "PÉS NO CHÃO, em pleno curso da nave terra via espaço sideral, onde nada se sabe. Quem dirá da realidade!
Coração
Sidney Santos
Voa em teu sonho encantado
Viva quimera de amor
Viagem com Anjos ao lado
Sublime arco multicor
Voa nas asas do vento
Mundo mágico da ilusão
Parando neste momento
Pra ouvir teu coração
Santos 1/6/2012 as 00:01h
Quimera
Sou toda quimera,
Do sonho não sonhado
Nem manso, nem fera...
Entre opções : negado
O tempo muda,
O mundo se afasta.
Quem não presisa de ajuda?
Nesta terra tão vasta
Quisera eu não ver,
Este rumo kamikaze.
Muito menos saber
Que nem tudo é uma fase.
Ao roubar meu coração
Cortara minha asa.
Sem calor, nem afeição.
Impedido de voltar para casa
Viva de emoções;
Viva plenamente;
Pois quem vive de ilusões...
Não se aprisiona na mente
Quimera Matinal
Deixa-me sonhar...
Deixa-me divagar
Nas asas da ilusão,
Enquanto posso...
Deixa-me que eu coma as manhãs
Nesta ceia matinal
Com sabor de vida fresca.
Deixa-me mergulhar
Neste azul de mar
Que invade minha janela
E que este vento
Possa passear todas manhãs
Na minha face
E beijar toda a manhã
Com essa ternura infinda
Que a natureza premia.
Deixa que eu esqueça as dores,
O sofrer, as agonias, os dissabores
E me derrame nesta “doce poesia
De cada amanhecer.”
Ai! que não quero esquecer jamais...
Este azul (quase violeta),
Que desta paisagem brota.
Das águas doces da lagoa,
Possa eu sempre me banhar.
Que eu deixe neste mergulho
Qualquer desconforto
Da minha carne sofrida.
Deixa-me, mãe natureza,
Que em teus braços,
Assim como um pássaro, eu cante
Sem me queixar... Do que não tive
Ou do que não tenho.
Leva-me, terno sonhar...
Para teus bosques distantes...
Faz de mim flor,
Flor brejeira, flor do campo.
Que eu me sinta feliz
Como orquídea em Primavera,
Enfeitando a vida
Que há na morte e na dor.
Mas não me deixe
Vagar sem sonho,
Sem verde, sem o canto das aves
E sem versejar o amor que canto,
Sem a água deste mar...
Não me deixes.
Quero morar nas frias tardes
E dormir serena e morna nas noites,
No balançar destes ventos,
Nesta rede de contentamentos,
Refrescar meu coração cansado.
Beijar meus netos
E com eles dormir
Um sono sossegado...
“Quimera”
A noite passada eu sonhei,
Com um mundo diferente
Com a paz mundial
Utopias inexistentes
Com uma terra sem igual.
A noite passada eu sonhei,
Com pessoas radiantes
Com crianças a correr
Com a natureza exuberante
Num jardim a florescer.
A noite passada eu sonhei,
No sonho você surgia
Como que instantaneamente
E vi que era você que me fazia
Sonhar com um mundo diferente.
No sonho que sonhei,
Quando você me deixava
Tudo voltava ao que era
O dia amanhecia eu acordava
Do sonho acordei...
Foi tudo uma quimera.
11/07/2010
À vida
Oceano de oportunidades.Quimera de sonhos.
Não há erro, apenas ansiedade. Mas para quê ansiedade se estamos justamente onde todos gostariam de estar, de voltar, de ir? Por que ansiedade se a vida é uma, mais rápida do que se pensa?
Ah, mas a grande jogada da vida é que só sabemos disso quando sentimos o gosto amargo do pavio queimado.
Cada aprendizado contra a natureza do ser, ineficaz. Ora, no fundo, depois que o tempo apaga as dores, nos resta a grande máxima do ser: projetamos um futuro melhor do que temos. Subestimamos nossas chances reais.
Queremos o que não temos e desdenhamos do que temos.
Nossos corpos em contínua decomposição. Carros e ferrugem. O corpo uma vez belo torna-se amassado, retalhado. O que achávamos feio em nossos corpos agora é nada.
Amamos amar quem nos quer deixar e desdenhar de quem sempre nos quis bem. Temos medo da solidão: amamos amar para não morrermos sós. Alguém tem que estar lá quando acontecer. Alguém tem que segurar nossa mão.
Mas nascemos e morremos sós. Acima de tudo, a solidão é o grande desespero do ser.
Não tenho certeza de muitas certezas...
"Quimera, sorriso, fada."
Atmosfera sem muito sentido,
Primavera fora de época,
Triste sem preconceito de ser...
Idealista sem inquisição,
Nômade com endereço certo.
Eu que busco a felicidade em uma quimera, não imaginava que ela se escondia na folha mais seca de outras primaveras...
Procure sorrir, mesmo quando difícil for...pois em teus domínios, a tristeza é meramente uma quimera...
Um poema inacabado
este é minha quimera mitológica
ou
a quimera que devaneia
e
quem sabe acabe no leito derradeiro.
o mundo mostra,
talvez não seja tarde para ler
quando abro a janela,quimera;
nadam nas profundezas,
criaturas hibridas,bipolarizadas.
De fato inebriadas,alienadas como mostra a ficção,
Se decifrar é uma tarefa fácil só os leitores saberão.
Afogados
A quimera está em chamas
Nas decadências rubras
Nada se afaga
Nada é inevitável
Mundo injustiçado
Pessoas afogadas
Relampeja ilusões
Nada explicável
"E viva a quimera dos renascentes da revolução, na ambiguidade da sua realidade uivam sofismas, embriagados por próprio desencanto"
CADÊ VOCÊ.
Te esperei na primavera
prá regar minha plantação
já se foi outra quimera
não ouvi um só trovão
e a chuva quem me dera
dê um banho nessa fera
que maltrata o meu sertão.
60 anos!
É incrível como a vida passa rápido, como a existência é uma quimera.
Lá se foram 60 anos desde que o pequeno filho do velho cabideiro Francisco Martins Jr., e da Dona Sebastiana, nasceu, em uma pequena casa, no quintal da Casa da Marquesa de Santos, em Brigadeiro Tobias.
O pai foi a “parteira”, alguns dos irmãos mais velhos, testemunhas.
A irmã Alcione, um ano e tal mais velha, bateu palmas, jogou uma chupeta para o menino e falou: “Pelé veio!”, antes mesmo de surgir nosso querido jogador santista.
60 anos!
Lá se vai uma existência, e lá se vão centenas de estórias e histórias que encantam a alma, se constituindo de mola propulsora para o futuro.
Vieram as mudanças. Primeiro de Escola, quando o “pequetucho” com apenas 9 (nove!) anos de idade “peitou” o pai e disse que não estudava mais em Brigadeiro, queria estudar em Sorocaba, no Visconde de Porto Seguro.
De onde tirou esta ideia, não se sabe ao certo, mas o fato é que, ao receber, sozinho, em uma tarde de sábado, seu “diploma escolar”, descobriu que existia o Ginásio, nome do curso para quem continuava os estudos, da quinta à oitava séries.
A mudança para Itu.
Nos dias de semana, sorveteiro no Quartel; Nos finais de semana, baleiro no Cine Marrocos. À noite o Ginásio, feito no querido Colégio Regente Feijó, uma das mais incríveis Escolas então existentes no Brasil, com um nível cultural e intelectual elevadíssimo, e a nobreza do Professor João dos Santos Bispo impregnando os corredores, os pátios, e iluminando a Cidade de Itu.
Os concursos públicos e a mudança para a Capital.
O trabalho na CEF por treze anos. Um tempo de incrível felicidade, conquistas e realizações, até a entrada do Brasil na década perdida de 1980, quando o país descobriu a corrupção pesada, o jogo duro dos incompetentes. A CEF, então uma ilha de dignidade e atenção ao público, deixou para trás os princípios que a norteavam, por mais de cem anos, para compactuar com o jogo em vigor, até permitir que o dinheiro do FGTS fosse usado para os devaneios de poder de uma certa primeira dama.
A escolha pela educação dos filhos, e a própria, nos Estados Unidos, depois na Europa. Um tempo de descoberta da base de nossa civilização, do mundo tecnológico, e da disciplina. Sim, da disciplina. A percepção de que só com disciplina se consegue um desenvolvimento sustentável, interior e exteriormente.
Incrível como o Ser Humano pode “ser humano” quando deseja sê-lo!
Incrível como se pode mudar a história, como se pode alterar o curso dos acontecimentos, se o desejamos de fato.
E o curso dos acontecimentos foi alterado, com certeza.
O “pequetucho” descobriu que, sendo uma célula social, poderia, e deveria influenciar as células ao redor, e não só ser influenciado por elas.
A chegada de Itamar Franco à presidência. Um dos mais humildes, dignos e competentes presidentes que este país conheceu.
O “Plano Brasil” e a formação da “Equipe do Real”, comandada pelo Professor Fernando Henrique Cardoso, com o início do retorno do país à realidade, e o retorno da família ao Brasil.
Vieram as pesquisas, a Metodologia dos Sons, os congressos e mais descobertas, sendo que a principal delas foi a percepção do “ser universal” responsável por ensinar a “condição humana” do E. Morin, e por perceber-se como humano, portador das cegueiras do conhecimento, que nos levam, a todos, e principalmente àqueles que se auto proclamam “intelectuais”, ao erro e à ilusão. Conduzem-nos e nos induzem aos erros mentais, intelectuais e da própria razão.
“Nossos sistemas de ideias (teorias, doutrinas, ideologias) estão,
não apenas sujeitos ao erro, mas também protegem os erros e
ilusões neles inscritos. Está na lógica organizadora de qualquer
sistema de ideias resistir à informação que não lhe convém ou
que não pode assimilar. As teorias resistem à agressão das teorias
inimigas ou dos argumentos contrários.”
Esta percepção é belíssima no sentido de que nos mostra o quanto há, ainda, a ser descoberto, e o quanto pode, ainda, ser visto e revisto.
“A verdadeira racionalidade, aberta por natureza, dialoga com
o real que lhe resiste. É o fruto do debate argumentado
das ideias, e não a propriedade de um sistema de ideias. O
racionalismo que ignora os seres, a subjetividade, a afetividade e
a vida é irracional. A racionalidade deve reconhecer a parte de
afeto, de amor e de arrependimento. A verdadeira racionalidade
conhece os limites da lógica, do determinismo e do mecanicismo;
sabe que a mente humana não poderia ser onisciente, que a
realidade comporta mistério.”
60 anos!
O término de uma fase e o início de outra, mais tranquila, mais serena, porque assentada na compreensão de que nada há a reclamar ou blasfemar, mas tudo há a se encantar e agradecer.
Acredito que esta seja a chave, o segredo, o ponto principal: A gratidão!
Quando mais gratos, mais saudáveis, mais perceptivos ao mundo incrível que nos cerca, mais abertos estarão nossos olhos para a infinita avenida florida à nossa frente.
Disse uma vez, e repito aqui, se tivesse que fazer tudo de novo, reescrever a história, seria exatamente como foi, pois só desta forma pude encontrar pela vida pessoas tão maravilhosas, tão incríveis, tão humanas, que encantaram e encantam minha alma, e encantarão pela eternidade.
Só tenho que ser grato por tudo e por todos que me trouxeram até aqui, porque sozinho não teria chegado.
Há sessenta anos nascia o “pequetucho”.
A mãe, ligada visceralmente à espiritualidade, pede a Nossa Senhora Aparecida que seja madrinha da criança. Parece que Ela ouviu.
Madrinha, não permita que o frio tome conta de meu coração, de minha alma.
Por favor, não permita que o lume se apague e continue aquecendo, com seu manto sagrado, a esta criança que aceitastes como afilhado.