Quietude
MUDEZ
O silêncio, o silêncio
Onde terá ido parar
A tranquilidade, a quietude
Sinto falta, verdadeira saudade
O silêncio, o silêncio
Onde terá ido amar
Deixa-me no obscuro
Das palavras a gritar
O silêncio, o silêncio
Onde terá ido sonhar
Deixou-me acordado
Em memórias e recordações
O silêncio, o silêncio
Das más intenções no varal á quarar
No agitado sopro de final assombrado
Imagens passadas
O silêncio, o silêncio
Grita o corvo bobo, o cantarolar
Imagens de frases soltas no telhado
Que frágil parte-se
O silêncio, o silêncio
Ao fechar a torneira, a água á escoar
Em um riso tristonho
Que grita memórias rudes
O silêncio, o silêncio
Os olhos á piscar
Rapidamente, tristemente
Sorrateira a alma mente.
O comum enoja...
O bizarro excita...
As críticas fortificam...
A quietude inquieta-me e a insanidade me faz pensar tudo isso.
Busco a quietude da alma no vazio de uma mente confusa onde a natureza me acalma e por instantes o meu olhar perdido consegue ver esse mundo que desconheço.
"Amar alguém que nos completa é sentir-se na leveza do outono.
Na mente - momentos de quietude, de renovação interior;
No corpo - a inquietude desfolhando-se para os desejos;
No coração - a magia do encanto e da ternura que se entrelaçam com outro coração." Luiza Gosuen
há um silêncio no ar
uma quietude avassaladora
tão inquietante, que as nuvens de temor extinguiram-se, deixando um azul celeste apavorante.
emitindo sons inaudíveis,ensurdecedores, congelando os corpos no concreto rarefeito, que se desfazia tacitamente na mudez dos corações um dia aflitos.
desapareceu toda cólera que o rubor do versos marginais declamados numa noite agoniante, acalentava os fluidos despejados por entre, súplicas e angustias, nunca revelados.
restou...
um certo gosto, insalubre e deletério no limiar da insanidade do humano que fomos.
''Na rua do meu silêncio''
Canto já só em minha solidão,
Na quietude desta minha rua,
Onde amores passam corridos
Como pássaros perdidos,
Acalentados pelo brilho da lua
Que os abraça em nuvens d'algodão
Na rua do meu silêncio,
Passam figuras risonhas
Do passado à que pertenço,
Contando histórias tristonhas.
Conservo no olhar uma tristeza incomum
Que veio de não sei de onde,
Mas que me é um grande tormento,
Sento-me nas calçadas do sofrimento,
Procurando a minha sombra que se esconde
Dentro de mim não indo a lugar nenhum.
Na rua do meu silêncio,
Há vozes que ecoam pelo ar,
Pensando que me convenço
De que devo um dia falar.
Quietude
Hoje, aqui tudo é silêncio,
Apenas me permito à voz do coração!
Bem longe do disse e me disse,
Os pássaros cantam e recantam em um som divinal,
Cá prevalecem as estrelas, cintilando no azul mais profundo.
Oram os homens, as mulheres também as crianças,
Em prece profunda e luz.
Um passo tranquilo, exposto, e mui belo,
Bailando em dança que seduz,
Em um monólogo de ilusões,
Cochichando, as invencíveis, e eternais paixões,
Que acossam a pura glória no porvir,
Vindo em ondas sobre o mar,
Visitando as salas das virtudes,
Entre bandejas bem ornadas e bem postas,
Como se fossem lágrimas despejadas pelos destinos,
Então, se abre a flor,
Em vitória-régia,
Em um beijo de hálito legítimo de amor.
Jmal
2014-02-14
Paciência é uma daquelas virtudes que pode transformar um momento de grande ansiedade em quietude, uma rápida agitação mental no fluir suave de um rio. Na presença de uma pessoa paciente somos envoltos por uma aura de calma como se entrássemos na luz tranquila da ausência de pressa dela. Mesmo quando ela está ocupada, a qualidade da sua ocupação irradia paciência. Para ser paciente, observe a natureza. A natureza é sempre pacientemente ocupada.
Inquieta-me o alvoroço de vozes
aglomeradas durante o dia...
Salva-me a quietude da noite
que as minhas tensões alivia...
mel - ((*_*))
Em silêncio... Na quietude de um abraço... Sem deixar espaço, corações que se abraçam e almas que se beijam.
SOLIDÃO - "Em minha quietude, quando os olhos rasos d'água cerram de cansaço, de saudade e adormecem... Os olhos da minh'alma contemplam a tua e com ela me acalmo." (Jorge Luiz Vargas)
Pra Cama Antes das 10
.
Estava pensando na quietude
Na falta de determinação
Perseverança
Para eu ficar
Parada
Deitada
Estava ali
Lá
Em quase todo lugar
Acompanhava quem avisava
Ligava
Chamava
Ficava sorrindo
Em pé
Sentada
Sem comer
Sem dormir
Cansei
Desisti
Me entreguei
Ao sono
A mim
Não aguento mais
Mesmos bares
Repetidos lugares
Com o mesmo recheio
As mesmas caras forçadas
Com expectativas pro nada
Acho que a solução é me retirar antes das 10
Escuridão
E nestes dias de quietude
Meu coração se agita, minha mente suplica
Toda imensidão que nos é vedada
Aos poucos, posso ver-lhe desmascarada
E naquela noite ao adentrar-me pude sentir
A tristeza, o calafrio e um poder vieram me induzir
A sair daquele lugar que insana me mantém
A deixar de fingir que estou vivendo e ir além
Preciso me livrar desta angústia
Estão acabando comigo
A cada momento, a cada ato, não me sinto, não respiro
Tento não absorver tão grande mal
Mas como vencer? Como superar e elevar o astral?
E nesta confusão meus planos se dissipam
Toda esperança e serenidade se anulam
Como se nunca houvessem existido.
A vizinha
Na minha quietude me perco no andar de cima
Na portaria passa todo dia a bela
De cabelos pretos subiu muitas vezes
Em cima de mim vive a bela.
A noite desce alegre, perfumada,
Passa sorrindo, como é linda!
A vizinha do andar de cima é proibida
Se está acompanhada o olhar é disfarçado.
Eu queria topá-la em noite escura no corredor
Para protegê-la na noite do medo
Envolvida nos meus desejos, que prazer!
Vi ela com ele, quem nunca imaginei existir
O sangue fervente salta das veias, meu Deus!
Estive com ela! Que sonho bom!
(Nelson Locatelli, escritor)