Quietude
O que você fez comigo?
Por favor, devolva a minha paz
Já não tenho quietude dentro de mim
Há tormentos, ilusões e desespero
E meu coração tem palpitado em latim
Por favor, devolva a minha harmonia
Não quero mais ouvir os menestreis
Cantarolando seu feito em meu ser
Me enroscando em pequenos carreteis
Por favor, devolva a minha tranquilidade
Borboletas parecem habitar meu peito
O coração foi expulso até minha garganta
Percebo que, agir assim, é meu defeito
Por favor, fique com tudo que tomou
Ao escrever estes versos percebi,
Ninguém é feliz tendo amado só uma vez
E amando, vejo que valeu a pena, o que vivi
Nos meus momentos de quietude e solidão eu ouço minha própria voz. Não há como fugir de mim mesma quando estou só. Neste momento tudo faz sentido, tudo se encaixa como num jogo de quebra cabeça com todas as peças.
Nas trilhas solitárias da vida, em momentos de quietude e reflexão, Percebo que a solidão é uma companheira valiosa em minha jornada. Em seus braços, descubro um oásis de autoconhecimento e serenidade, Onde os pensamentos florescem e os sentimentos encontram liberdade.
Há calma. Quietude de dias enlouquecidos por vinho barato. Há desatino. Há de haver sonho depositado num saco a caminho do nada. Há caminho?
O nosso princípio de buscar a quietude no movimento tem uma importância especial. Isto pode afetar sua
vida em geral. Se você não estiver lutando ou competindo, haverá muito pouca coisa que lhe perturbe.
Embora ela quisesse tudo de imediato,
Havia tanta delicadeza na quietude daquele abraço ...
que se tornara facilmente dócil a espera ...
Que seja permamente este conforto ...
QUIETUDE
Tem instantes em que nada me é mais adequado,
que os rumores de um silêncio,acordando certos
sentidos,como um clarão,no obscuro de dentro.
É uma sutileza que me amansa,essa pausa de
nada ouvir,onde tudo me ordena.
QUIETUDE
Está tudo tão quieto!
Tão silente... É a vida da gente
que está se esvaindo na vida dos outros
que indo primeiro, preparando o terreiro.
Não temos escolhas
é a fila que anda
silenciosamente
para não acordar
os que jagem e dormem
na quietude da vida
sem despedida!
Tão silente... É a vida da gente!
Um prelúdio para tristeza
"Na quietude que nos rodeia..
Ondeela se esconde e nos vigias..
De um outono nebuloso e varrido pelo vento..
Ou para as noites mais escuras de inverno..
Se os mortos pudessem sorrir de volta para nós..
Além de suas sepulturas murchas, seus olhos cegos de tristeza, fixos no tempo..
Acompanhará a alma sofrida dos vivos".
Noite de insônia
Na penumbra do quarto, mergulhado na quietude da noite que se estende infinita, encontro-me deitado, imerso na insônia que me visita como uma companheira indesejada. O silêncio que me cerca é quase palpável, preenchendo cada canto do ambiente com uma densidade sufocante, como se fosse possível ouvir o eco dos meus próprios pensamentos reverberando nas paredes.
Meu corpo repousa sobre o colchão macio, mas minha mente se recusa a encontrar o repouso tão desejado. Em vez disso, ela se lança em uma jornada intrincada pelos recantos mais profundos do meu ser, explorando os labirintos da minha alma em busca de respostas que parecem sempre se esquivar de mim.
O amor, esse sentimento complexo e inescrutável, surge como uma miragem no horizonte da minha consciência, evocando uma mistura tumultuosa de emoções que oscilam entre a paixão ardente e a desilusão amarga. É como se estivesse preso em um redemoinho de sentimentos contraditórios, incapaz de encontrar um ponto de equilíbrio entre o desejo avassalador e a frieza da realidade.
E a vida, essa jornada tumultuada e imprevisível, revela-se como um labirinto intrincado de caminhos entrelaçados, onde cada escolha é um passo em direção ao desconhecido. Caminho sem rumo pelas encruzilhadas da existência, sem saber ao certo se estou seguindo o curso certo ou se estou condenado a me perder nas trilhas sombrias da incerteza.
A crença, essa âncora frágil que nos sustenta em meio à tempestade da vida, ergue-se diante de mim como um farol na escuridão da noite. É ela que me dá esperança nos momentos de desespero, que me conforta nas horas de aflição, e que me faz acreditar que há um propósito por trás de cada provação, uma razão para continuar seguindo em frente, mesmo quando tudo parece desmoronar ao meu redor.
Assim, nesta noite de insônia que se estende interminável diante de mim, deixo-me levar pelas correntezas turbulentas dos meus pensamentos, navegando pelos mares tempestuosos da minha mente em busca do sentido que se esconde nas entrelinhas do universo. E enquanto o tempo passa lentamente, como se estivesse se arrastando sob o peso da minha própria angústia, permaneço deitado, contemplando os mistérios da vida, do amor, da crença e de tudo o mais que habita os recantos mais profundos da minha alma.
Para quem quer ter uma vida de aparente paz e quietude, recomendo que seja um tolo e idiota pelo resto de sua vida, celebre a tolice!
A agitação da alma, a recusa à quietude e a incompletude, características inerentes à condição humana, foram amplificadas pela pós-modernidade, através de suas rápidas mudanças sociais, culturais e tecnológicas.
Na quietude da noite o pirilampo brilha
acende e apaga
para fugir dos predadores
a pirilampa velha já viu
de quase tudo nessa vida
mas a lição é diferente para cada um
o que ela pode fazer agora
é ficar quietinha,
se camuflar para os predadores
não a encontrar.
Bjs de Luz!
DEMÊNCIA SENIL (soneto)
Nos fios brancos do silêncio, a quietude
Nubladas recordações, escura solidão
Horas lentas no tempo, e vazia emoção
Que tateiam o que outrora foi plenitude
E nesta distância do devaneio e o são
O mesmo mutando numa outra atitude
Tremulando o olhar numa lacuna rude
Sorrindo sem riso e andando sem chão
E no papel sem margem, a negrutude
Que esgaça a ilusão sem dar demão
Onde tudo é vagar e pouca amplitude
Assim, neste empuxo sem ter tração
Se não reconheço, sabes do que pude
Então, assiste este sóbrio senil coração
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
À meu velho pai
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