Quietude
Tantas coisas me deste,
a fundamental: o Amor.
Num legado de ternura,
o dom maior: a Vida.
Ah! Mas que doce palavra.
Eleita a fonte do equilíbrio essencial,
portadora de atributos tão só seus,
que meu peito a canoniza num altar.
Bendita és, e sempre serás,
em lugar cativo bem junto a Deus.
Impera em teu ser tão somente amor.
És pura, és bela, és santa... és mãe.
Aquela que está sempre a seguir
as pegadas da Virgem Maria.
Afagando teus cabelos viajo para um mundo bonito. É delicioso sentir a calmaria do teu abraço, o sabor do teu beijo... Na quietude do teu amor encontro aconchego e meus sonhos criam asas e voam delicadamente para um mundo só meu, só teu, onde reside a esperança, onde tudo se entrosa e vira prosa.
Mesmo quando estamos "parados", inertes, estamos buscando algo, nem que seja apenas a quietude de um momento apenas nosso. Mesmo que seja buscando não buscar. Vivemos respirando
um querer constante.
SILÊNCIO
No silêncio tudo se ouve. Os pensamentos, os sentimentos, o medo, o coração. De olhos fechados, o bafo da morte ressoa por perto. Também os passos no assoalho, os latidos caninos e o vento pavoroso que não vem de lugar algum.
No silêncio a ansiedade cede espaço à calmaria, virtude quase sem voz durante o dia. Nela sossegam-se os ânimos, intensificam-se os cheiros, percebem-se os detalhes em pequeno, médio e grande plano. Silêncio é lugar de pensar antes de falar, se arrepender e confessar, sorrir sem se orgulhar. É nele que a culpa fala mais alto e a humildade ocupa seu lugar de dever.
No silêncio nós nos recuperamos após a morte de um amor. E reencontramos o pouco de nós que se perdeu com o outro que saiu pela porta. Vemos e ouvimos o que requer apreciação: uma flor, o mar, um gesto, uma ruga, um olhar. Somente no ato de não manifestar pensamentos é que olhamos de verdade. Olhamos sem falar nem julgar.
O silêncio é uma barreira invisível, atrás da qual nos escondemos. Nós nos ocupamos com ruídos a todos os momentos por medo de cair no vazio. Escutamos os barulhos sem ouvi-los, tratando tudo e todos como trilha sonora de um universo que nos rodeia. Aumentamos o volume da playlist, ligamos a tevê, entramos no Youtube, tudo porque quietude demais nos assusta.
No silêncio dois olhos se encontram para ver além dos olhos. Olham para um lugar dentro do outro onde há ternura, apatia ou desprezo. Também a pele ganha outro sentir no silêncio. Um toque de mãos muda de nome e um beijo... ah, um beijo são mil palavras não ditas.
No silêncio não falamos besteiras das quais nos arrependemos, mas refletimos sobre arrependimentos que não tivemos coragem de falar. Também nos constrangemos, irritamos, nos entediamos com a ausência de som. Isso porque confundimos a abundância da respiração, do fundo dos mares e do interior de nós mesmos, com o que chamamos de nada.
O silêncio é deus.
Silêncio é tudo.
Certas coisas só enxergamos ao apagar as luzes, como o brilho das estrelas. Na escuridão existe luz. No silêncio tranquilo, as respostas para aquele que passou a ver e a ouvir com o coração. Muitas vezes, as palavras não são necessárias: basta o sentir.
"Quem deseja viajar e conhecer o tempo.
Antes, porém, é preciso se assentar sobre a sombra do silêncio".
TIPOS DE ALMAS HUMANAS SEGUNDO OS PADRÕES DE CONSCIÊNCIA
A Consciência pode Quieta ou Irrequieta, Benéfica ou Maléfica e Espiritual ou Corporal.
A organização sequencial variável dessas Consciências possibilita formar vários padrões de Consciência ou padrões de tendência de uma Alma Humana.
Por sua vez, o Padrão de Consciência possibilita a existência de vários tipos de Almas Humanas, por exemplo:
1. Alma Quieta, Benéfica e Espiritual.
2. Alma Irrequieta, Benéfica e Espiritual.
3. Alma Quieta, Benéfica e Corporal.
4. Alma Irrequieta, Benéfica e Corporal.
5. Alma Quieta, Maléfica e Corporal.
6. Alma Irrequieta, Maléfica e Corporal.
O que realmente conta é o que fica quando tudo o mais se desfaz. As palavras dos outros, os títulos que nos dão, são sombras de um jogo que o tempo apaga sem esforço. No fim, o que sobra é o que sempre foi, aquela parte de nós que não se altera com as mudanças do mundo. E eu permaneço. Não sou moldado pelos nomes que me impõem, nem pelos olhares que me pesam. Sou aquilo que sou, e isso basta.
Não é teimosia manter-me assim. É antes uma certeza, uma verdade silenciosa que dispensa aplausos. Não preciso de aprovação, de ser mais ou parecer outro. Ser é o suficiente. Ser, sem procurar adornos, sem correr atrás de uma imagem que não me pertence, é a única coisa que faz sentido. O resto são máscaras que o vento leva, sem deixar rastro.
A constância em mim não é imobilidade. É uma firmeza tranquila, a tranquilidade de quem não se aflige com o que é transitório. O que sou já me basta, porque conheço a minha essência, e nada fora de mim a pode mudar. Nessa simplicidade, encontro liberdade. Não há pressa, não há necessidade de ser mais. Ser, só ser, já é uma plenitude. O que sou é completo por si só, sem precisar de artifícios, porque a maior liberdade é não precisar de nada para ser quem sou.
O que conta de verdade é o que permanece quando os rótulos se desfazem — e eu permaneço, igual, inalterado. Não preciso de nada além do que sou.
O que conta de verdade é o que permanece quando os rótulos se desfazem — e eu permaneço, igual a mim mesmo. A única certeza que tenho é a essência do que sou.
Ser, só ser, já é uma plenitude, porque a maior liberdade é não precisar de nada para ser quem sou.
"...Tenho alguns saberes, que me fazem apreendedor.
Uma arquitetura de razões pronunciadas.
Das mais súbitas, como aquelas a se moldar na quietude,
Como as derradeiras, que se pungem na pele na alma..."
In Do Aprender
solidão
das companhias, a mais essencial
quietação
das atitudes, a mais racional
reflexão
dos remédios, o mais curável
abstração
das distrações, a mais indispensável
resignação
das virtudes, a mais sagaz
erudição
dos resultados, o mais eficaz
contemplação
das precauções, a mais benigna
flutuação
das transformações, a mais digna
experimentação
das tentativas, a mais sucedida
circunspecção
das prudências, a mais medida
percepção
das compreensões, a mais absorvível
auscultação
das urgências, a mais inadiável
SÓ POR HOJE, viva em Paz!
Feche os olhos e, por um momento, sinta o que está ao seu redor.
Sinta sua respiração, sinta seu corpo.
Descubra a quietude de seu coração, perceba o sorriso brotar em seus lábios.
Sinta a paz em seu corpo, em seu ser...
Viva a Paz em si e ao seu redor!
Sônia Balmani
A verdade habita onde o silêncio se esconde, porque o tumulto jamais acolhe o sussurro. Por isso, é na quietude da alma que ocorrem as grandes conversações.
Existem pessoas que são atores no grande palco da vida, enquanto outras são como reatores nucleares, prontas para explodir a qualquer momento. Mas, acima de tudo, existem aquelas, mais raras, que são motores, capazes de inspirar mudanças profundas na quietude de sua presença.
Nota sobre ela:
Gostava de ficar ali quietinha, sozinha, misturada aos elementos da paisagem, até que um dia tornou-se parte integrante dela.
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