Quieta
TERESA DEU A ALMA AO CRIADOR
Teresa era a menina mais quieta da turma E, sentava ao meu lado, partilhavamos a mesma carteira e criava um calor imenso para o meu corpo!. Ela era a menina mais encantadora, a feiticeira das mil maravilhas escaldantes e as veses deixava-me boquiaberto sem adjetivos compatíveis para elogiar a sua formosura e a sua pele negra de orgulho. Ela trajava o seu uniforme ajustado azul-verde, com uma mochila Bad Girl e trazia alegria à nossa turma. Uma turma de quase todos os alunos irriquietos, mas ela era a única menina quieta que trocava olhares e sorrisos de um jeito super amistoso.
No tempo de intervalo íamos até a cantina da escola para comprar e manducar doce de coco, bolinhos e pipoca de milho, voltavamos à câmara lenta com passos românticos e outros colegas cobiçavam o nosso jeito de ser, estar e a força da nossa amizade colorida de aventuras escolares. Mas, o tempo sempre voava vertiginosamente como uma carga eléctrica num condutor eléctrico e a escola transformou-se em lugar mais jovial do planeta terra para agente, pois era a entranha da alegria nas nossas vidas de menino-alunos e íamos à casa quando quando o anoitecer pedia licença a luz do dia.
Um dia, inesperadamente ela não veio à escola, toda turma ficou indecisa e na qualidade da minha pessoa fui visitá-la e encontrei-a tremelicando, abraçada com complicações respiratórias, pois padecia de asma, mas o sorriso nunca abandonara o seu rosto com a pele negra de orgulho e mesmo assim sorria para mim!.
Uma semana depois, amargosamente a triste notícia acabou chegando aos meus ouvido, ouvi com os colegas Siquido e Albertina, eles disseram-me que a Teresa deu a alma ao criador vítima de doença respiratória. E quando o fúnebre destino bate a porta não espera alguém para abrir, apenas rompe e entra deixando um eterno vazio, a morte tem inveja.
Teresa, a feiticeira das mil maravilhas escaldantes, pegou no seu passaporte de fúnebre destino e viajou para sempre e para sempre, jamais voltará para estudar e sorrir para mim e alegrar a nossa turma. Denscanse em paz Teresa.
Xadreque Pedro Janasse
Escola Macombe, Gondola 07-08-2009
8ª classe, turma E, curso diurno 2009
Sou muito autocritica , e se ficar quieta ai é pior
começo a pensar nas escolhas que fiz , nos caminhos que tomei ,decidir nem sempre é fácil requer muitas vezes coragem e muita atitude.
As vezes encontramos pessoas em nossas vidas e até achamos que foi Deus quem as colocou , mas com o tempo percebemos que foi simplesmente encontros casuais da vida e que Deus que no inicio achava que tinha posto no meu caminho Ele' mesmo se encarrega de tira-la (livramento).
Até hoje nunca me arrependi de nada em minha vida e até dos erros que cometi , das lutas interiores e exteriores que enfrentei , busquei junto de Deus respostas e como pai amoroso que é me respondeu todas , coube a mim esperar seu tempo apenas .
Estou numa fase da minha vida que para algumas coisas eu simplesmente digo: Não estou para agradar a ninguém se não a Deus que é quem me supre de tudo que preciso para ter paz e equilíbrio (embora as vezes eu o seja totalmente desequilibrada) , mesmo assim me sinto agraciada .
Sei que tenho muito o que aprender e como diz a palavra separar o joio do trigo e isso Deus vai aos poucos nos ensinando e assim nos tornamos mais seletivos ,em relação ao que permitimos entrar em nossa vida .(eu pelo menos me tornei ) mas quanto ao resto só lamento ou melhor não lamento , porque de certo é livramento !
A beleza está na sua alma, embora ainda quieta e solitária, imune como um sorrir, desejável despertar como um câncer.
Mar
Mergulhei-me sobre as ondas da madrugada quieta e solitária.
Consolei - me com um trago do cigarro que queima ininterruptamente.
Vi-me esvaecer assim como a fumaça dança e flutua nesse mar melancólico.
Afoguei-me em sentimentos não expressos e na maré alta de pensamentos existentes só no meu mar.
Tentei remar em direção à não sei onde
Fazendo preces aos deuses até Iemanjá
Procurando por ti nessa imensidão
Fazendo sinais de fogo, procurando por teu olhar.
Afaguei-me na sua ausência.
Tem hora que é melhor ficar quieta mesmo, não vale a pena !
Se afaste de quem te afasta de Deus!
#FlaviaLeticia
sou assim calma quieta,calada,mas não duvide de minha capacidade,pois ate eu mesmo me surpreendo comigo mesmo
Flor que há de estar no jardim
Tão bela, tão quieta
Tão complexa assim...
Vives calada; só observas
O que o destino a reserva,
Nesse mundo sem fim.
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Uma lastima;
Um clima perfeito
Uma ilha triste e quieta
Matas, cachoeiras e Montanhas
Um povo que não briga por nada, submisso
Costumes, festas, natureza, riqueza em abundância
Pobres de espirito sem fé e esperança povoam o paraíso esquecido
É preciso encontrar o mundo perdido, lançar a nau e renovar esperanças;
Baixem as velas grita o timoneiro, o novo capitão olha a direção, não vejo seu rosto
Fica a esperança de que seja um bom marinheiro e que goste de lutas, não sera fácil enfrentar os piratas que escravizam o povo da ilha dos tolos!!!
Nene Policia
Hoje eu fico assim, fingindo que odeio sentir tudo isso, sentindo pena, me deixando quieta, me fazendo de vítima. É essa minha vontade de me sentir viva que me mata todos os dias. Mas, sempre tem um amanhecer, dentro e fora de você.
Só eu sei o quanto já sofri calada, ficava quieta em algum canto olhando pela janela vendo a vida passar fazendo planos e sonhando pra ver se eu acreditava que quando eu levantasse dali e enxugasse minhas lagrimas seria diferente, que tudo ia mudar, mas acho que não adiantou muito pois levantei e sai pela rua a fora e vi as mesmas coisas, os mesmos sorrisos falsos, os mesmos preconceitos, aquele monte de gente hipócrita uma imagem da qual tenho certeza que não quero ser, então dei meia volta e voltei pro meu cantinho pra minhas lagrimas porque eu prefiro viver na solidão do que na hipocrisia.
A pior dor é aquela invisível, quieta, que pinga em conta-gotas, envenenando nosso sangue e nossa alma. E pior, ela grita junto com a alegria.
A lacuna parece romper meu ser,
Sinto sua ausência
Meu coração cala,
Sofro quieta;
Uma lágrima alerta
O aperto na alma
Que sufocada grita,
Chamando pelo tempo
Que não tempo...
A música parou de tocar
O silêncio pulsou
Pensamentos perversos
Confundem meu olhar,
Que te busca na atmosfera
Tentando sentir teu cheiro
Na primavera dos meus sonhos,
Acordando com teu olhar
Estou a te esperar.
Ela era uma menina quieta , na dela. Sempre esteve sozinha , ou no máximo com uma “amiga“ , que nem podia se chamar de amiga , mas emfim. Já a vi chorando várias vezes , muitas vezes no próprio banheiro do colégio , por não ter ninguem,por não ter em quem confiar ou muitas vezes por problemas familiares. Nunca foi bonita para a sociedade , mas sim, ela sempre foi bonita por dentro. Sempre muitosozinha , isso a deixava chata , e penssavamos que esse era o problema de nunca ter dado bem no colégio. Pais separados , a mãe á batia em cada nota baixa que tirava , ou até mesmo nem por isso. Sempre triste ela andava pelos corredores frios do colégio , sendo sempre zuada pelos colegas, com esperanças de que um seria feliz.
Minha ilha é você!
Tão longe, tão deserta, tão linda
Tão quieta, quando no silêncio da saudade que aperta
A ilha eu deixo, para navegar em terras distantes.
Você é minha ilha... Lugar onde guardo meus sonhos
Minhas fantasias, meus tesouros, muito mais
Que potes de ouro, escondidos por piratas do tempo.
Você é tudo pra mim!
Muito mais que o infinito... Você não tem preço
E o apreço que por ti, eu sinto
Não tem fim nem começo.
Você é o sol que brilha em minhas madrugadas
É a lua que inspira meus desejos é a brisa
Que refresca meu corpo,
É a relva delicada... Você é mais terna
Que a ternura de um beijo!
Você é meu chão, meu teto
Em mim, por decerto um amor
Que não tem mais fim...
É a aurora da minha vida, o orvalho
Da flor mais bonita é a fera que quando ferida
Briga, briga... E como briga!!!!
Você é tudo isso e muito mais!
Dos amores, meu melhor pedaço
É a minha mina preferida
Mina de pedras preciosas
Você é a comida mais gostosa, portal
Da minha felicidade, que guardo
A sete chaves... Nas Lagoas
e nos mares de minha vida.
Dizem que eu fico quieta demais estou presente, mas de corpo, de alma não, que vou embora com meus pensamentos, me desligo.
É verdade eu faço isto, e sem me dar conta, é tão fácil para mim, mais do que comer balas que eu não gosto e já fiz isto e faço seguido é muito feio.
Aquela moça:
Sabe aquela moça solitária, quieta de poucas amigas, que não é de puxar o papo com todos, que quando puxam com ela, saem dizendo que é reservada, ou até mesmo que é sistemática.
Então...
Ela luta todos os dias para abrir os olhos, luta para mudar os passos, luta contra seu próprio eu.
Ninguém conhece a sua história, ninguém sabe das suas noites em claro.
Ninguém, só ela...
É que o tempo a fez ver, que nem todos merecem conhecer sua história e que muitos só estão curiosos.
Hoje ela prefere conversar com ela mesma e Deus é seu único aliado.
E isso foi bom, hoje nada a afeta.
Ela percebeu que cresceu, quando não sentiu nada, por falarem do seu corpo.
Aprendeu que sempre terá alguém que não se ama o suficiente e vai procurar defeitos na outra pessoa.
Se está magra demais, vão falar, se ganhou peso, vão falar, se envelheceu, vão falar.
Mas hoje ela aprendeu a se amar e está bem consigo mesma. Hoje ela é só dela e vive no seu mundinho onde se aceita.
E seu amor por si, a transformou numa ótima versão, aprendeu a enxergar cada marca no seu corpo, como um aprendizado.
Aprendeu que a vida passa, que a idade chega para todos que estão vivos e que agradecer faz parte.
E você...
Você, não conhece nem metade da sua história, nem tudo que suportou pra chegar até aqui. Então se não sabe o que dizer, não diga nada.
Ninguém pode dizer onde ela deve estar, nem como se vestir, muito menos como deve ser.
Ela é dona de si, não deve se limitar para ser quem você quer que ela seja, ela é dona do seu próprio vôo.
Essa moça aprendeu, que não existe padrão para se encaixar, seu padrão ela mesma que faz.
E a cura, são os olhos dos outros que precisam, porque ela se curou desse mal da nação.
Quer falar, fale, mas fique tranquila, ela não vai ouvir mais com seu coração.
Seu amor a fez crescer e até o seu olhar está diferente.
Como eu disse antes, hoje ela é só dela, demais ninguém!
#Autora #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados em 01/02/2019 às 17:30
Silenciar
Eu tenho ficado muito quieta. Calada, em silêncio. Silêncio na boca e no corpo. Meu maxilar, acostumado com o tanto dizer, dói por tanto ficar imóvel.
Tenho aprendido muito na quietação:
- É preciso colocar um pano no chão quando for passar roupa, a água do ferro de passar fica pingando.
- É preciso varrer o chão após limpar a caixa de areia porque os farelos da areia se espalham por todo lado.
- É preciso secar a bancada depois da tampa da panela ser colocada lá, o vapor molha.
- É preciso ouvir mais os outros, e somente ouvir. (Muitas vezes as pessoas não precisam de respostas, somente de ouvidos atentos)
Quando silencia-se a boca, a mente começa a trabalhar mais e mais depressa. O coração sente mais e bombeia melhor o sangue. O corpo aprende a ouvir o próprio corpo e a consciência desata os nós das suas asas.
Os poemas passam a fazer sentido.
A música toca o sistema nervoso.
Com muita calma, antes de dizer bobagens, a boca - que antes era órgão auto-suficiente - agora concilia seus desejos faláticos com a língua, com os dentes, gengiva e cérebro.
Minha boca, de fato, nunca foi boca de dizeres bons. Aproveitava-se da carência, e lá deixava seu sermão, sem ao menos ser convidada para tal.
Meu músculo mais forte sempre foi a língua que em um complô envenenava cabeças, olhos e aortas.
A mão tentava escrever, mas a boca falava, não deixava calar a voz, nunca! E os textos, todos pequenos, com cara de mal acabados ou mal pensados, eram só uma pequena amostra do que a mão podia fazer.
A boca não se abre. O maxilar ainda dói severamente, mas a alma agora respira, agora permite a manifestação da existência, silenciosamente.
A boca agora só diz o pontual, somente diz o que o coração e a mente aprovam ser dito.
Há muita clareza nos sentimentos e no mundo exterior. Há compressão no mundo dos outros. Muda, a boca sabe se expressar melhor quando diz.
O que há boca? Tem medo do mudo? Tem medo da compreensão, restauração, modificação, rotação, translação e emudamento completo? Tem medo que os lábios se colem e nunca mais se abram por falta de exercícios?
Você não vai morrer ou atrofiar, você apenas está aprendendo a lidar com uma faceta sua que você mesma escondia; continue fechada, calada.
Você ainda pode cantar, mas somente boas canções, caso contrário, vai se manter fechada!
Você boca, é mais um pedaço meu que preciso controlar, assim como controlo meus sentimentos.
Controlo minha mente pra poder controlar você. Controlo minha carência, minhas vontades e receios.
Controlo todos os meus recheios para que você não seja leviana, abusada, indiscreta, indecente e folgada.
Você quer parecer que sofre com a mudisse obrigatória, mas a mudança tem libertado você. Os ossos da face andam menos desgastados.
Eu, realmente, tenho adorado a experiência do silenciar.
Muda eu mudo.
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