Textos sobre crescer na vida
A gente cresce e algumas perspectivas e modos de pensar não mudam. Recordo-me daquela menina frágil mas que ao mesmo tempo sempre foi dura e agiu friamente perante as dificuldades da vida.
Hoje, observo a essência ainda dentro de mim. Continuo fria. É difícil o apego com as pessoas. Priorizo a mim mesma, por mais difícil que seja tomar decisões que fazem pessoas saírem da minha vida.
Não suporto ninguém me controlando, faço o que eu quero. Ajo do jeito que eu acho o correto. Odeio injustiças, gosto de tudo o mais certo possível.
Planejo com cautela, mas mudo quantas vezes for necessário. Sou uma metamorfose ambulante.
Sei que tudo o que eu quiser na vida eu consigo, mas não confio em mim mesma. Diante de todas as dificuldades que passei mudei muito, talvez já não sei mais do que sou capaz.
Sou impulsiva e isso me mata. Tento esconder os sentimentos mas no fim eu não consigo. Muitas vezes a forma de colocar para fora é o desprezo. No fundo dá certo, e por incrível que pareça, consigo seguir sem as pessoas e esqueço que existiram.
Entretanto acho uma característica ruim. Tenho certeza que já perdi pessoas excelentes por conta do meu individualismo, frieza e pela forma de não saber conversar.
Sou espiritualista. Acredito em um mundo além desse mas tenho as minhas convicções próprias. Gosto de observar a realidade e tirar minhas próprias conclusões. Sou adepta a subjetividade.
Amo estar sozinha. Gosto da minha própria companhia. Pessoas não fazem parte dos meus planos.
A lei da vida
Nascer, crescer, amadurecer;
Procriar, morrer
E finalmente renascer de novo!
"Essa é a lei da vida"
" Quem cresce na vida construindo sua própria escada, poderá olhar para baixo e ver quem verdadeiramente o apoiou, pois os mais seguros degraus são construídos quando não estamos sozinhos"
Gilanio Calixto
"Persista, mesmo diante das dificuldades, pois é através dos obstáculos que crescemos e nos fortalecemos."
Nunca chegaremos à sustentabilidade com população crescente, nem mesmo conseguiremos proporcionar qualidade de vida e outros bens essenciais, pois quando se consegue chegar aos mais necessitados já há outros necessitados que nasceram dos primeiros, numa sequência sem fim que caminha para a total destruição dos recursos naturais e da biosfera.
A idade do fim
À medida em que a gente cresce ganha e perde algo,sentimos vontade de reviver os bons momentos,mas nao è possivel porque estamos perto da idade do fim
Há um certo tempo, descobri que nunca olhei para vida. Ela, diante de mim, crescia tímida, temerosa que seus encantos pudessem me afugentar e, por isso, inerte, absorta em seu escaninho, olhava-me com olhos de ternura. Com a paciência de Jó que lhe impunha a fim de ver desabrochar o oportuno instante de não ter seus abraços partidos por minha desfatez. Ela sempre me olhando como sou, eu olhando-a como eu imaginava vê-la. Aos poucos, entre tantos dissabores e do fel da fria concretude da realidade, nós dois nos tocamos. A pele logo se ouriçou, aquele frio na espinha desceu até os calcanhares e nós nos olhamos. Notei que aquela não era a vida que há anos observava, chorei ao ver as marcas dos fulcros que as lágrimas deixavam por onde escorriam em seu rosto, a aspereza das mãos, os pés descalços, a boca seca, os cabelos desgrenhados... eram tantas as marcas que era difícil, ao primeiro encontro, apaixonar-se por tal criatura. Entretanto o brilho angustiado de seu olhar ainda era vivo e senti-me convidado a contemplar a visão que dali a vida tinha. As pessoas que eu acreditei enxergar, aos poucos se desvaneceram, feito fumaça, daquele ponto em que eu podia olhar, outras que nunca tinha visto, agora se mostravam em cada gesto, em cada jeito singular de se movimentar. Naquele instante, senti as lágrimas sulfúricas abrir caminhos por cada expressar deste rosto que nunca estivera cá. Olhei a minha volta e já não vi mais a vida. Percorri os espaços ao redor buscando, procurando saber onde estaria a vida, mas não voltei mais a enxergá-la. Hoje, caminhando entre meus achados e perdidos, vi que muito do que achei que fosse nunca estivera lá ou cá, vi que havia coisas de mais em todos os recantos que não deveriam estar. Vi pessoas durante o caminho que não eram as mesmas que imaginei que fossem estar lá. O susto foi grande, pensei: o que eu fiz com o resto de mim? Quando a vida se apresentou, pude perceber que as pessoas que imaginei, que um dia enxerguei não eram bem aquilo que avistei. A miopia é um mal que carregamos para não enxergar a vida.
Hoje infelizmente cresci, minha vida mudou, minha inocência acabou. Não consigo sorrir sem saber o que vim fazer aqui.
Cada vez mais o individual cresce e o todo diminui, o individualismo misturado pelo desejo de ser apreciado, tememos os outros pois os outros se temem, estamos doentes, buscando felicidade no vago. Fotos com sorrisos forçados demonstrando uma máscara de felicidade, a busca cega de felicidade se torna o sofrimento deste mundo hoje, saciando com o material devido o prazer de se ter, mas que logo some desejando mais, com a aparência saciando o que devo ser mas que com o tempo deixa de ser.
A raiva se tornou escudo, o individualismo a armadura e a frieza a espada.
A felicidade não vem do prazer momentâneo, a paz não pode existir com a raiva, sem paz não
há amor, sem amor não há felicidade.
O medo se torna agora parte de nós, tememos nós mesmos.
Pois não nos conhecemos a si mesmos.
A felicidade vem de dentro de você não de fora.
Temos que ser fortes todos os dias , aceitar as injustiças como provas de crescimento, permanecer sempre firme ao contato e ao tempo , e acreditar que no fundo o que levamos são nossas ações .
Não. Eu não aprendi a ser mocinha, gostar de rosa e passar batom. Não cresci aprendendo a gostar de maquiagem, moda e nem sapatos. Não fui criada pra ser doce, mulherzinha mesmo e nem frágil. Nunca fui incentivada a ser menina a ser mulher de verdade. Nunca fui de arrumar os cabelos, brincar de ser princesa, ter paciência pra viver em salão de beleza. Nunca aprendi a ser uma menina normal. O que fazem as meninas normais? Nunca consegui ser uma menina normal. Meninas normais gostam de rosa, de laços, de fitas, de bonecas, de maquiagem, de cabelo arrumadinho, de sapatos. Meninas normais são sensíveis, delicadas, femininas. Nunca me vi assim. Não aprendi a ser assim. Meninas normais namoram, ficam noivas, casam, constroem famílias, cuidam dos seus. Meninas normais vivem vidas normais. Meninas normais fazem coisas de meninas normais. Meninas normais aprendem desde cedo a dar carinho, a receber carinho, a se dar aos amigos à recebê-los. Meninas normais têm manias, frescuras, sentimentos. Não aprendi a ser e nem a fazer nada disso. Meninas normais são incentivadas, encorajadas, apoiadas, cuidadas. Meninas normais são instigadas a buscarem seus sonhos. Tanto faz se os sonhos são de casar ou se ter uma profissão. Mas, são acolhidas e orientadas. Meninas normais tem dúvidas, receios, fraquezas. Mas geralmente, essas meninas, tem ombros para chorar, mãos para segurar e palavras carinhosas para ouvir. Alguém que as proteja, não critique, que as encoraje. Acho que estou longe de ter sido uma menina normal. Gostaria de ter sido uma menina normal. Meninas normais, quando caem, quando erram, só querem que alguém olhe em seus olhos e diga: - Isso já aconteceu comigo. Vai passar. Estou aqui. As que não foram meninas normais também.
08/06/16 - 22:48
As feridas que o "outro" deixar em você serão as marcas da tua vitória, pois só crescemos apanhando, só amadurecemos nos decepcionando e só nascemos de novo quando tocarmos o fundo do poço. Mas, cuidado, quando nascemos de novo somos como a Fênix, renascemos das cinzas e voltamos mais fortes do que nunca!!!
Priscilla Rodighiero